Apresentamos aqui o que pode eventualmente vir a ser uma
série de entrevistas com Damas. O assunto é o que Todo Mundo deseja ouvir e
saber, ou melhor: o que todo Homem gostaria de saber das Mulheres, dando espaço
ao que toda Mulher teria a dizer a estes pobres Manés.
As indagações são indisfarçadamente indiscretas, existindo
no entanto diversas alternativas para as respostas: podem ser opiniões ou
experiências pessoais, podem ser o que pensam as Amigas ou o que se tenha
reparado nelas, ou mesmo no Universo Feminino; talvez um devaneio sobre o Mundo
Ideal, talvez uma mentira encabulada ou escancarada. Nunca saberemos o que
realmente estava na cabeça da Dama quando ela disse aquilo, mas na verdade nós
efetivamente nunca sabemos o que realmente estava na cabeça de uma Mulher
quando ela disse qualquer coisa.
Ao longo do Carnaval 2015 em uma Fazenda em no Sul de
Minas Gerais, Renata S. topou ser a primeira inquirida. Ao longo de 4 dias
respondeu a perguntas em momentos distintos, algumas vezes (que serão
indicadas) com platéia.
A primeira pergunta foi algo confusa, mas ela se saiu
com brilhantismo – como aliás em todas as respostas.
1) Os Homens falam alguma coisa às Mulheres que não
deveriam falar, ou deixam de perguntar algo que deveriam?
- “Ótimo! Diga aí para os seus Leitores: ao invés de
perguntar ‘foi bom para você?’, vocês deveriam perguntar ‘como seria bom para
você?’”
2) Uma cantada indesejada é um incômodo ou uma lisonja?
A resposta veio imediata, e acompanhada de uma mesura:
- “Estamos aqui para isto...”
3) Segundo dia.
Alguma cantada é mais eficiente?
- “Nada agressivo ou excessivamente objetivo, perde
ponto. Uma coisa boa de dizer: ‘você mexe comigo!’. Fazendo assim...”
O que se seguiu foi uma irrepreensível demonstração.
Estávamos tomando drinks à beira de uma piscina à noite, ela se afastou um
pouco do Entrevistador e da Prima Laura (que chegara a tempo de ouvir a
pergunta), se aproximou andando e passou com um movimento natural, como se eu
estivesse no balcão de um Bar, deixando no ar uma brisa e um som:
- “Você mexe comigo.”
Fiquei aturdido. Foi como se um vento passasse e
deixasse uma mensagem no ar. Ela voltou e disse:
- “A Mulher vai ficar pensando nisto a noite toda!”
A Prima Laura se entusiasmou:
- “É isto mesmo! Mulher fica sim, a noite toda
pensando!”
4) Terceira noite, no Salão de Jogos. Maridão presente,
as regras lhe foram explicadas. Question:
Sexo anal: prazeroso, sofrido, é prêmio, é o quê???
O próprio Maridão tomou a frente:
- “Esta resposta se encaixa no caso ‘ela tem uma Amiga’:
ela tem uma Amiga que prefere o anal ao... ‘habitual’.”
Perguntei:
- “Sim, mas... e as demais? Qual é a opinião feminina?”
Ele mesmo respondeu novamente:
- “Esta resposta está nas regras. Você já teve sua
resposta, e é tudo o que terá.”
(*)
5) Quarta noite; na presença de Mlle. François.
Mulher dá em cima? Dá cantada? Homem resiste, ou a
Mulher determinada sempre consegue o que quer (significando que os Homens são
meros capachos)?
- “Mulher não dá cantada, não telefona. Ela dá mole, dá
uma leve e sutil mole, mas se o cara ignorar (ou fingir ignorar), tchau. Não
vamos atrás e muito menos telefonamos. Não, a Mulher não fica com todo mundo
que gostaria.”
6) A última indagação foi apresentada na 5ª feira de
Cinzas por whatsapp; a troca de mensagens segue abaixo.
Interviewee:
|
Nosso
intrépido Reporter e A Gata Em Questão |
- “Estou com amigas “gatas”.”
- “Falando do Panda que entrevista Gatas.”
- “Estão interessadíssimas!”
Interviewer:
- “Falta falar sobre um assunto: Homens Casados.”
- “Mais interessantes? Menos interessantes? Menor
comprometimento? Desafio? Fáceis ou Difíceis? Interessantes? Nem pensar?”
A resposta chegou 41 minutos depois, e não sei dizer se
houve algum debate.
- “Ser casado ou não não interfere no interesse. O que
vale é o HOMEM.”
- “Respondido?”
A entrevista estava acabada. Thank you, Renata S.!
(*) Posteriormente ela respondeu à pergunta:
- “Apesar de conhecer mulheres que gostam e liberam com
prazer, eu diria que a maioria sente tesão no tesão que provocam no homem.
Enquanto isso, mordem o travesseiro. E
rezam pra ser uma rapidinha!”
(Sul de Minas, Carnaval 2015)