DinossAldo, meu único Amigo que gosta de Rock Progressivo
(felizmente tenho ao menos um!) envia uma matéria com o ex-Baterista do DREAM
THEATER Mike Portnoy: “The 10 Albums That Changed My Life”.
Efetivamente é muito mais fácil listar tais Álbuns do que
“os Melhores Discos”, o que seria absolutamente impossível. Minha Lista pessoal
jorra de imediato, nem é preciso pensar muito. Seguem abaixo, sem qualquer
ordem de importância ou o que quer que seja; mas não consegui limitar a menos
do que uma dúzia – o que chega a ser uma façanha, uma vez que tenho mais de mil
CDs!
T.REX “Electric Warrior” (1971)
Em uma época em que todos os Músicos tinham longos
cabelos lisos, sendo eu um Pixaim terminal, Marc Bolan surgiu como um Ídolo
irresistível.
T.Rex é a Banda que me mostrou como sou obsessivo:
- “Me dê uma Nota, e componho uma Ópera” (Bolan)
“Electric Warrior” é o Disco que tem “Cosmic Dancer”
(tenho um CD “Acoustic Bolan” onde ele a apresenta como “a Song about
reincarnation”); evidentemente não preciso falar a respeito de “Get it On”!
LED ZEPPELIN “III” (1970)
Quase furei meu vinil de tanto ouvir “Bron-Y-Aur Stomp”,
que costumo mencionar como “a Música que me fez gostar de Música” (embora isto
seja uma injustiça para com os Discos dos BEATLES e de ROBERTO CARLOS nos anos
60).
E que Capa inacreditável, carérrima, com um móbile jamais
igualado!
ALICE COOPER “Killer” (1971)
Brilhante e obrigatório.
Além de ser espetacular, ainda
por cima tem a inacreditável e obrigatória “Halo of Flies”!
GENESIS “Nursery Cryme” (1971)
Basta dizer que foi o Disco que me fez ser Progressivo.
Como cereja do bolo ainda tem “Harold the Barrel”, a
melhor Música sobre Suicídio de todos os tempos!
Nota: fico transtornado quando alguém fala “Genesis” se
referindo à Banda sem Peter Gabriel, com Phil Collins cantando. Deveriam ter
tido a hombridade de mudar o nome para “Gêneso”, ou coisa parecida.
EMERSON, LAKE & PALMER “Pictures
at an Exhibition”
(1971)
Progressivo tomando conta. O único “Disco de Música
Clássica” que gosto. Considero o Rock Progressivo a evolução da Música
Clássica, e se os grandes Compositores clássicos da História (Wagner, Bach,
Beethoven, usw) tivessem nascido nos dias atuais, seriam Músicos Progressivos
como Tony Banks, Mark Kelly, Richard Wright, Rick Wakeman, até mesmo Christian
Lorenz. Infelizmente os Apreciadores de Música Clássica não me escutam, e com
isto perdem o melhor da Música. Sobra portanto para mim, para o
DinossAldo e para alguns poucos iluminados.
YES “Fragile” (1971)
Gravei “Roundabout” em Fita Cassete com microfone quando
tocou no Rádio. Fiquei enlouquecido com a Música, e mais ainda com a capa do
Roger Dean que tinha um libreto multicolor dentro. Nesta época eu precisava
aguardar as viagens internacionais de P&M ou de meus Tios & Mirian, que
sempre me traziam toneladas de Discos que eu encomendava e que eram impossíveis
de se conseguir de outra forma. Imagine a excitação do Adolescente na véspera
das chegadas; não dos Parentes, mas dos Discos!!!
DEEP PURPLE “Machine Head” (1971)
“O hobby de todo Progressivo é o Metal, e o hobby de todo
Metaleiro é o Progressivo.”
Sou a encarnação desta frase: durante décadas fui
Progressivo, tendo o Metal como hobby; há alguns anos me tornei Metaleiro,
ficando o Progressivo como hobby (isto talvez se deva ao fato de ser dificílimo
surgirem novas Bandas Progressivas realmente boas, mas existem muitas ótimas Bandas de Metal – RAMSTEEEEEIN!!!).
“Highway Star” é uma das 10 maiores Músicas da História,
é lindo ver como a Platéia sempre “canta” o solo de Blackmore junto com o
Guitarrista que o estiver executando (este foi o grande problema de Tommy Bolin
no PURPLE, mas esta é outra história). “Never Before” foi a Música que me fez
aprender inglês. E ainda tem “Smoke on the Water”, “Lazy”, “Space Truckin’”,
etc.
MADE IN BRAZIL “Jack o Estripador” (1975)
Dias de glória. Assistíamos a todos os shows, aprendemos
a tomar Champanhe (“é fácil ter / a felicidade da espuma”), íamos aos camarins.
Tirei fotos antológicas desta excursão (inclusive subi ao Palco para fotografar
Percy, naquela que Ele considerava ser “a melhor foto de minha Vida”) e da
excursão seguinte “Massacre”. Todas as estrelas do então ainda imberbe Rock
Nacional participavam, além da Banda fotografei também Ney Matogrosso, Zeca “Jagger”
Neves, Wanderley (depois Wander Taffo), Lúcia Turnbull, Roberto de Carvalho
(que tocava teclados com o Made). Top 3 na História do Rock Brasileiro.
GOLDEN EARRING “Live” (1977)
A Banda De Minha Vida, há mais de 50 anos com a mesma
formação, até hoje (2020) ainda lançando Discos e fazendo Shows regularmente ao
longo de todos os anos; cheguei até mesmo a ir à Holanda em 2008 para assistis a 3 Gigs
do EARRING.
Apesar do sucesso de “Moontan” (1973, disco que tinha a
eterna “Radar Love”) e de ter gostado do álbum seguinte “Switch” (1975), foi
somente com “Live” que o GOLDEN EARRING subiu ao Altar para mim. Sei que é
atrevimento dizer isto, mas... “Golden Earring Live” é O Melhor Disco Ao
Vivo Da História.
MARILLION “Script for a Jester’s Tear” (1983)
Inacreditável e inseperadamente, passados 10 anos surgia
uma Banda Progressiva tão boa quanto o GENESIS com Peter Gabriel. Infelizmente
o MARILLION veio a seguir o mesmo caminho, e após 4 Discos de estúdio o
“obscure Scottish Poet” Fish deixou a Banda, entrando em seu lugar um Vocalista
tão ruim quando os que substituíram Peter Gabriel no GENESIS ou Cazuza no BARÃO
VERMELHO.
“Script” foi o Disco de estréia, mas todos (com Fish) são
fenomenais.
JETHRO TULL “A Passion Play” (1973)
O grande problema deste Disco foi ter sido lançado em
seguida a “Thick as a Brick”. O Jethro Tull tinha devastado o Planeta com
“Aqualung”, e eu seguida lançou “Thick as a Brick”, que com uma única Música ocupando
os dois lados do Disco (e uma capa fenomenal, o disco se abria em um jornal com
8 páginas) também fez enorme sucesso. Quando surgiu “A Passion Play”, novamente
com uma única Música ocupando os 2 lados, boa parte da Audiência cativa se
cansou. Uma pena, pois o Disco é brilhante, muitíssimo superior aos dois que o
antecederam. Progressivo até o último acorde, talvez tenha sido este o seu
grande problema. A capa continha um libreto-Programa como os de Peças de Teatro,
e o “intervalo” apresenta uma pequeno interlúdio genial: “The Story of the Hare
who lost his Spectacles”. Nota 10 com louvor: passados 47 anos, na semana em
curso já o ouvi duas vezes na íntegra!
BARÃO VERMELHO “2” (1983)
Cazuza sempre foi meu porta-voz. Para um Carioca morando
havia 1 ano em SP, este Disco era um estandarte. Assisti a cerca de 20 shows do
Barão com ele, fosse no Rio ou em São Paulo. Além das Gigs serem ótimas, ainda
traziam o fringe benefit de deixar de quatro (literalmente) a Dama que
eventualmente estivesse me acompanhando. “Menina Mimada” foi claramente feita
para um “affair” que tive. Meus Vizinhos não deviam agüentar mais ouvir nem o
Disco nem... o resto.
Menção Honrosa:
VAN DER GRAAF GENERATOR “Pawn Hearts” (1971)
O Disco que me fez entender que Marcio é Louco. Ter todos os
Discos do VAN DER GRAAF GENERATOR e todos os Discos de seu mentor PETER
HAMMILL mostra que a coisa só está piorando!
Hors Concours:
BEATLES “Help”
(1965) e
ROBERTO CARLOS “Em Ritmo de Aventura” (1967)
Meu gênesis. Você pode imaginar o que é ter 9 ou 10 anos
de idade e acompanhar o lançamento destas Obras? Apresento aqui apenas 2 discos
deles como amostra; não há como mensurar a importância de ROBERTO CARLOS (nos
anos 60) e dos BEATLES em minha formação musical.
Summary:
- 6 Progressivos + 5 Rock + 2 Brasileiros (incluíveis em “Rock”)
- (c)
1970 / 1971 (7) / 1973 / 1975 / 1977 / 1983 (2)
- Lembrando
que nasci em 1956, e portanto o período aqui compreendido é de meus 14 aos 27
anos; que privilégio ter crescido acompanhando o lançamento destas preciosidades!
(Lagoa, 20200510)