quarta-feira, 25 de abril de 2012

Belated Birthday


Sou partidário de parabenizar pelo aniversário no dia seguinte à data.

Você realmente acredita que certas empresas liberam seus funcionários no dia do aniversário por “bondade”? Tolinho!!!

O aniversariante passa seu dia ensandecido recebendo telefonemas, visitas, abraços, confortos e afagos. Não consegue prestar atenção decente a absolutamente nada, vive um turbilhão. É exatamente por isto que muitas empresas liberam o aniversariante: não por bondade, pelo contrário – já sabendo que ele será um completo inútil nesta data, ao menos salvam a produtividade dos demais!

Já o dia seguinte é o oposto: passado o fuzuê, a pessoa é abandonada, esquecida e ignorada. A agitação da véspera se esvanece em fumaça... e o ex-aniversariante também. É a ressaca de seus 15 minutos de fama.

imagem de: gracomonline 
Daí... chega um telefonema de parabéns atrasado. Delícia! Você ainda é importante, afinal! Pode então conversar com calma, ouvir o interlocutor com atenção e prestar atenção no que fala sem se preocupar com cem mil outras coisas em paralelo. Um diálogo exclusivo entre o parabenizado e o atrasado, e mais nada. E o outro ainda se desculpa! Pelo contrário, o aniversariante é que deveria agradecer...

Portanto, não peça desculpas se eventualmente vier a me telefonar no dia seguinte a meu aniversário. Igualmente, quando eu te ligar para dar os parabéns no dia seguinte ao seu aniversário também não vou te pedir desculpas – você é quem deve me agradecer. E principalmente não estranhe se ao te ligar no dia seguinte eu der esta explicação toda: não é uma desculpa, é só a verdade.

Ou ao menos, “se non è vero, è ben trovato”!


(Nota - o grande risco deste raciocínio é você perder a Festa...)


(ago/2011)

terça-feira, 24 de abril de 2012

Loco Mosquito


Sugestão de videogame: o avatar do Jogador é um Pernilongo. O joystick controla o vôo, direção, altitude, pousos... e principalmente a chupação de sangue!

A pontuação (e conseqüente quantidade de vidas) é função da dificuldade de acesso ao sangue sugado: braços, peitos do pé, coxas e nucas são “standard”; mas nádegas, seios e órgãos sexuais pontuam muito mais! Da mesma forma, chupar o sangue de gente acordada é mais perigoso – e portanto vale mais – do que o sangue de gente dormindo. E invadir cama com mosquiteiro vale bônus! (Mas cuidado, você pode ficar preso lá dentro.)

O cenário é um apartamento ou casa, e o Jogador pode se ocultar em banheiros, atrás do bidê ou do espaldar da cama, na moldura de um quadro, nas frestas de uma cortina. E os inimigos – dos quais você passa a vida fugindo e se escondendo – são raquetes elétricas, jornais enrolados, mãos espalmadas, toalhadas, etc.

Bônus blaster para quem conseguir acordar a vítima na madrugada e mantê-la desperta, te procurando furiosamente!


(abr/2012)

sábado, 21 de abril de 2012

Cuidado, Homens!!!


O maior e melhor exemplo de como as Mulheres são observadoras e detalhistas (e ferinas) me foi dado por duas grandes Amigas no Mestrado.

Tínhamos duas aulas por noite. Eu conversava, estudava e saía sempre com as duas, e já era considerado por elas quase como uma Amiga  e ouvia portanto várias inconfidências. Entre todos os comentários, o que mais me impressionou foi no final de uma noite em que tínhamos tido aulas com os Professores Fulano e Sicrano:
- “Você viu que o Professor Fulano trocou a dentadura?”

Fiquei estarrecido: eu jamais notara que Fulano usava dentadura, e muito menos tinha capacidade de observar que ele tinha trocado!

Mas pior ainda foi a resposta da outra:
- “Vi sim! E, sinceramente falando, o Professor Sicrano também está precisando trocar a dele...”

Portanto, Amigos, cuidado. Elas reparam em tudo. Tudo tudo tudo TUDO. Principalmente naquilo que você não repara...

(abr/2012)

terça-feira, 17 de abril de 2012

Lima Barreto



“Quando me julgo, nada valho;
quando me comparo, sou grande.”

(Lima Barreto, citado por Antonio Arnoni Prado no caderno “Sabático” d’O Estado de São Paulo de 14/abr/2012)

sábado, 14 de abril de 2012

O Elixir Sesquicentenário

Ao completar 40 anos, um Jovem e Decidido Executivo marca uma consulta com seu Médico adepto de linha chinesa (“Medicina Interna”), e dispara:
- “Doutor, vou viver até 150 anos. Vim aqui buscar o elixir para isto.”

O Médico o encara com surpresa e admiração, e rebate:
- “Parabéns pelo projeto! Eu posso, sim, te dar a resposta imediamente – e não é um elixir. São quatro as atitudes essenciais para a sua longevidade:
  • curtir as coisas boas, e administrar as ruins;
  • comer pouco;
  • exercitar-se todos os dias, sete dias por semana; e
  • rotina! O corpo gosta de rotina. Fazer tudo sempre nos mesmos horários: dormir, comer, se exercitar; enfim, programar sistematicamente suas atividades orgânicas.”

Fica portanto a orientação. Em 2122, o Ainda Jovem e Decidido Executivo nos dará um retorno!

Nota: o segundo conselho remete ao ditado “comer pouco para viver muito”!

(14/abr/2012)

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Welcome Kit

Impressões no 1º dia de trabalho.

1. 
Ele furou a orelha em Berlin em janeiro de 1986. Um mês depois estava morando em London, e conseguiu um bico como garçom no Pizza Hut em Oxford Street (exatamente em frente à Virgin Megastore; ele sabia de antemão onde iriam parar todas as suas “tips”...).

No discurso introdutório o manager do restaurante explicou as regras de comportamento e conduta, horários, os atendimentos no salão principal, a administração da fila de espera, como lidar com o “salad bar”, cuidados com o uniforme, o que podiam e não podiam fazer, o que podiam e não podiam comer, o que podiam e não podiam beber, etc.

Ao final do speech o manager olhou para ele, e disse:
- “No earrings allowed for male personnel.”

Ele nunca se esqueceu daquilo. Concordava que não tinha nada a ver, e jamais usou brinco em ambiente de trabalho.


2. 
Ele respondeu a um anúncio de jornal, e enviou um currículo para a grande e famosa  Administradora. Neste CV fazia questão de manter registradas peculiaridades como “garçom no Pizza Hut em Londres” e “tradutor de histórias em quadrinhos” na rúbrica “Outras Atividades” (*). Acabou sendo contratado (**) em um processo seletivo onde fez uma enorme bateria de testes, incluindo uma análise grafológica.

O primeiro dia consistia em um treinamento do modus operandi da Administradora, suas diversas Áreas e a integração entre elas, o funcionamento de RH, o detalhamento dos benefícios, e muitos et coeteras. Eram mais de 40 pessoas sendo admitidas naquele dia, e a maior parte das palestas era no Auditório da Empresa, na esquina da Avenida São João com a Avenida Ipiranga em São Paulo.

O que mais o marcou naquele evento foi a observação de uma Gerente do RH:
- “Muitas Empresas têm reservas quanto a funcionários terem relacionamentos com colegas de trabalho. Este não é o nosso caso: não temos nada contra envolvimento entre nossos funcionários. Somos uma Empresa enorme, de pessoas jovens e bonitas, que passam a maior parte dos dias juntos e saem após o expediente; é natural que surjam envolvimentos e relacionamentos. Só não queremos que isto influa no trabalho; não queremos brigas nem favorecimentos. Preferencialmente nada entre Chefes e Subordinados. Fora isto, vocês são totalmente livres.”

Ele também nunca se esqueceu daquilo. E adotou a mesma postura pessoal em todos os lugares onde trabalhou. Nunca criticou nada.

E nem se furtou...
  

(*) O objetivo original de manter estas duas atividades no CV eram:
- garçom: demonstrar versatilidade, falta de frescura e “morei em Londres” (para ser garçom lá tinha que falar inglês muitíssimo bem)
- histórias em quadrinhos: para ser tradutor de histórias em quadrinhos você tem que entender MUITO inglês! É tudo gíria, duplo sentido, frases incompletas, significados bifurcados, etc. “Demolidor” e “Monstro do Pântano” foram até razoavelmente fáceis; já “Sobrinhos do Capitão” era gíria interiorana pura e ininterrupta, e portanto impossível.


(**) Posteriormente o Chefe que o contratou comentou tê-lo chamado para a entrevista (entre centenas de outros currículos) exatamente por causa daquelas duas peculiaridades:
- “Eu vi aquilo e pensei: no mínimo vou me divertir com este cara!”


3. 
O primeiro dia de trabalho dela na grande e famosa Administradora. Área de Finanças, segunda-feira pela manhã. A nova Analista chega nervosa e ansiosa. Atravessa o enorme andar e passa na mesa de seu novo Chefe, a única pessoa que conhece naquele ambiente desconhecido.
- “Bom dia, Chefe!”

O Chefe não levanta a cabeça dos papéis que estuda, e responde com a cara fechada e sem olhar para ela:
- “Só se for para você...”

Meses depois, ambos contavam esta história: ela atônita; o Chefe às gargalhadas!


(abr/2012)

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Os Emos


Alguém com boas intenções me tacha de "emocional". Mas 'boas intenções pavimentam a entrada do Inferno', e me sinto extremamente ofendido. Aproveito portanto para revolver o assunto.

"Emocional" é aquele que deixa que as emoções definam suas decisões. Quando estamos em dúvida entre duas coisas, em geral o Racional está puxando para um lado e o Emocional para outro. Normalmente o Coração quer, mas a Cabeça diz: - “Não! É cagada!”. Alguns demagogos gostam de apregoar a solução facinha e piegas: “faça o que seu coração mandar”. Este é o caminho do comodismo e da ruína: o Coração não é bom para tomar decisões, mas sim a Cabeça. “Siga seu coração” significa: “faça a merda”! A decisão Emocional é uma decisão preguiçosa, fácil de tomar e que não causa sacrifício dolorido a curto prazo – mas é uma catástrofe a longo. Faça, isto sim, o que o seu Cérebro mandar; em pouco tempo seu Coração vai te agradecer.

Já ser "Emotivo" é completamente diferente: é alguém que se emociona com as coisas, mas não se deixando dominar ou levar por elas. Existem e acontecem muitos eventos de fortíssimo conteúdo emocional ao longo de nossas vidas, e se deixar sensibilizar e emocionar por eles nos enriquece e colore. Mas isto é ser Emotivo, e não Emocional.

Cabe ainda espaço para analisarmos o que vem a ser “Emo”. O termo é originário de uma linha musical (“emocore”), mas atualmente no Brasil se refere a uma postura de vida. Em minha forma pessoalíssima de ver, “Emo” caracteriza o visual de todos os Adolescentes nos últimos anos. Embora a maioria rechace o rótulo, dizendo que “emos são os outros”, o visual e as roupas – e principalmente o cabelito cuidadosamente escovado cobrindo generosas partes do rosto – são praticamente iguais para todos: é o look emo. Vão te xingar se você os chamar assim (o termo deriva de ‘emotivos’, que neste caso significa ‘aquele-que-chora-à-toa’), mas que são, são. É tudo igual.

Conclusão: não sou ‘Emocional’, sou ‘Emotivo’.

Portanto, sou Emo!

Piorou!


(abr/2012)

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Uma Pizza Em Saturno


Recomendação culinária pessoal: para minhas papilas gustativas, a melhor pizza possível é de CATUPIRY com PRESUNTO PARMA.

Imbatível!

É raríssimo encontrar alguma Pizzaria que tenha no cardápio. Sempre preciso pedir para fazerem, e acabo tendo que repartir com todo mundo na mesa.

 (Nota: se a pizza vier com azeitonas, mande enfiá-las... em algum lugar onde caibam as azeitonas!)


(abr/2012)

terça-feira, 10 de abril de 2012

Três Fatores de Desempenho


São 3 os fatores que interferem no desempenho de um time de futebol:
- qualidade técnica;
- sorte; e
- influência da arbitragem.

O peso de cada um destes fatores pode variar ao longo de uma competição ou de uma partida, mas será seu balanço que definirá o resultado final.

O fator Sorte aparece aqui e ali, tanto favorável quanto desfavorávelmente. Pode ser em algumas bolas na trave, em um chute que desvia em outro jogador e entra ou sai, em um quique falso que atrapalha uma finalização ou engana o goleiro. A Sorte pode influenciar o resultado de alguns jogos, mas sozinha é praticamente impossível que leve uma equipe a ser campeã em um torneio em pontos corridos.

A Qualidade Técnica é (ou deveria ser) o fator mais importante, pois é o resultado de trabalho, investimento, empenho, inteligência. É um fator que entra em campo em todos os jogos de uma equipe – e que portanto deveria levar um time ao sucesso ou fracasso em uma competição bem pensada e corretamente administrada.

Infelizmente temos testemunhado o fator que deveria ser neutro influir cada vez mais nos resultados. Pode ser infelicidade, como pode ser má-fé; cada um chegue à conclusão ditada por sua observação e consciência. Para meu modo pessoal de ver o Mundo e a Vida, o Futebol vai se tornando uma usina de decepções com esta Raça na qual fui jogado. Um constante estilhaçar da confiança na pureza, honestidade, respeito e grandeza de “meus semelhantes”.

Fico impressionado que pessoas possam se orgulhar por conquistas claramente dirigidas e imerecidas. Quando vejo pessoas considerarem as vitórias mais importantes do que a honestidade, concluo que este comportamento diz mais a seu respeito do que qualquer outra coisa.

Jogadores que simulam penalties ou que cavam expulsões de atletas inocentes são louvados. Vozes covardes se elevam em favor de arbitragens pérfidas, defendendo-as com argumentos rasteiros somente por terem favorecido equipes de grande penetração política, social ou financeira. Reclamar de político desonesto é “ter espírito cívico”, mas de juiz ladrão é “choro”.

Vivemos uma Sociedade baseada em “vencer, não importa a que custo”. Pelo jeito, a Honra anda com custo baixo.

Se é que vale alguma coisa.


(abr/2012)

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Come Together

 
Perguntaram a John Lennon porquê os Beatles tinham acabado.

Ele respondeu:

- “Estranho não é os Beatles terem acabado. Estranho é os Stones ainda estarem juntos!”


(abr/2012)

domingo, 8 de abril de 2012

É só um Jogo


Toda vez que vejo torcedores se esganiçando, jurando amor eterno a seus Clubes de coração, urrando “é raça!!!” com olhos esbugalhados e o rosto vermelho e inchado de sangue, querendo tatuar o escudo de seu time no peito ou – pior de tudo – brigando por causa de futebol, me lembro de “Fever Pitch”.

Este filme de 2005 com Jimmy Fallon e Drew Barrymore, chamado “Amor em Jogo” no Brasil, traz uma das cenas mais racionais e maduras a respeito dos esportes de competição – e, por isto mesmo, uma das mais ignoradas.

Jimmy Fallon faz o papel de um torcedor completamente alucinado pelo Boston Red Sox, time americano de baseball.

A cena que me marcou se passa após uma derrota de sua equipe. Ele está completamente devastado em um bar, sem fome e sem ânimo, arrasado e se lamuriando com um amigo. De repente nota que alguns jogadores do time estão em uma mesa próxima, comendo e conversando animadamente. Ele fica completamente transtornado – “como é possível que estejam assim, como se nada tivesse acontecido?!?” – e vai se levantando furioso para interpelá-los e tirar satisfações.

O Amigo o segura e interrompe o movimento, e faz a constatação definitiva:
- “Porque tudo isto? It’s just a game!”

É isto, galera. It’s just a game. Infelizmente as torcidas perderam este (bom) senso de leveza, de inconseqüência, de espírito esportivo. Só me resta especular que isto talvez seja reflexo de vidas vazias, de falta de objetivos concretos, de coisas realmente importantes na existência do elemento. É uma pena ver tamanho dispêndio de energia por algo que, no limite, não faz a menor diferença.

It’s just a game...


(abr/2012)

sábado, 7 de abril de 2012

Pai Profissional


Um dos mais fundamentais ativos em nossa formação é o Pai Profissional. Tive a felicidade de ter um dos mais espetaculares deste Planeta: FTB, também conhecido como FB.

Iniciei minha carreira profissional como Estagiário de Manutenção em uma enorme fábrica de latas, baldes e tambores metálicos em São Critóvão, no Rio de Janeiro. Após 1 ano fui efetivado como Engenheiro Mecânico responsável pela Oficina Mecânica; e após 1 ano mais fui chamado a ser Assessor do Presidente da Companhia – que tinha 5 fábricas no Brasil – na Matriz, em São Paulo. Considero interessantíssima a história deste convite, mas não irei descrevê-la aqui, devido a minhas características modéstia e humildade. (Sugiro no entanto que você – principalmente em início de carreira – pergunte pessoalmente, pois pode ser bastante útil.)

Nasci para ser Assessor. E lidar diretamente com o Presidente de uma mega-multinacional foi um dos maiores aprendizados de minha vida, pois seu tempo era absurdamente precioso. Eu fazia extremamente complexos e intrincados estudos financeiros de budget, planejamento, projeções, investimentos em novos produtos e linhas de montagem, payback (retorno), capital de giro, etc; mas todas as minhas apresentações a ele começavam pela conclusão. A partir daí, dependendo de seu interesse e disponibilidade eu ia retrocedendo no raciocínio, ampliando-lhe as explicações e a complexidade, até FB se dar por satisfeito (creio que às vezes ele fazia isto apenas para verificar se eu me assenhoreara do assunto). Até hoje acho curiosas e incompreensíveis as apresentações-calhamaço que são feitas aos CEOs atuais: não sei como eles têm tempo e muito menos paciência para assistir àquelas resmas que dissecam com detalhada microscopia os desenvolvimentos dos raciocínios que só interessam aos próprios autores. Não à toa, ao receberem antecipadamente os “prints” de apresentações, muitos Executivos pulam diretamente para as páginas finais, onde estão os “financials”: o nome técnico deste procedimento é “cut the crap”. Ao invés de reclamar, aprenda que 84 telas ultra-sofisticadas de power point não são do interesse do Chefe de seu Chefe (e de ninguém). Isto se estivermos falando de um executivo realmente top, of course.

Sempre me orgulhei enormemente de meus trabalhos. Certa vez apresentei algum mega-complexo estudo cujo sumário estava sintetizado em uma planilha de uma única página com todos os dados que interessavam, elegantemente dispostos e correlacionados. Ele olhou a página por alguns segundos, me devolveu e sentenciou:
- “Falta um dado essencial.”
Com poucos segundos de análise! Voltei para minha sala e passei mais de 2 horas revendo todo o trabalho e principalmente a página de face, mas nada descobri. Voltei à sala dele (envidraçada de cima a baixo e com vista para o enorme pátio ajardinado da Fábrica) e anunciei minha desistência.
- “A data!”, me disse FB. “Falta a data. Sem ela, dentro de algum tempo vou olhar este estudo e não saberei se ele é recente e ainda válido, ou ao menos o quanto ele é atual.”
É claro que jamais esqueci esta lição.

Como minha formação era Engenharia, a Empresa me financiou diversos cursos de Finanças, Contabilidade, Administração, Área Comercial, Inflação e outros. A cereja do bolo seria uma Pós-Graduação com duração de 2 anos. Como se tratava de um curso top extremamente disputado, freqüentei um cursinho preparatório. Fiz os testes de adimssão, e passei para a Pós em 2º lugar entre muitas centenas de candidatos. Orgulhoso, fui dar a boa notícia a FB. Ele viu meu entusiasmo, refletiu... e indagou:
- “E você está satisfeito?”
Depois me parabenizou efusivamente. Mas a lição foi clara e igualmente inesquecível: você pode até estar satisfeito, mas sempre dá para melhorar.

Tive outras grandes influências na vida Profissional, e felizmente ainda mantenho contato com um ou outro guru iluminado. Em comum, a extrema dedicação, a visão filosófica, o altíssimo nível de exigência, o pensamento estratégico e a visão do todo. Além de inteligência superb, mas isto é um pré-requisito mínimo. Mas sempre com uma diferença fundamental: o contato muito menor. Eu praticamente convivi direta e diariamente com FB por 4 anos, e em início de carreira.

Desejo que você tenha a felicidade de ter um fenomenal Pai Profissional. Que aprenda com ele. Ou que, estando do outro lado, se preocupe em transmitir conhecimento, orientação, rumo e visão filosófica aos padawans que te cercam.

Minha gratidão ao fundamental FTB.


(abr/2012)

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Ouvidos Moucos

 
Dizem que os homens fazem qualquer coisa para ouvir “o tilintar das moedas, as palmas de seus semelhantes e os gemidos das Mulheres”.

De minha parte, estou pouco me lixando para o tilintar das moedas ou as palmas de meus semelhantes!

(abr/2012)

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Apelidos Genéricos


Confesso minha enorme dificuldade com apelidos genéricos, ou seja: aqueles que são usados por todos, indiscriminadamente e sem a menor criatividade. Entendo um apelido com origem pessoal ou particular, como por exemplo alguém chamar um Pedro de “Potamus”. Mas daí a todo mundo passar a chamá-lo de Potamus, não me faz o menor sentido.

O pior é quando somos apresentados a um apelido:
- “Este é o Lico.”
Porra, eu nem conheço o cara e já vou ter que chamá-lo de “Lico”?!? Tenha paciência!

Ou então em sérias reuniões de trabalho, onde ficam todos se chamando de Cadu, Jô, Má, Vi ou que outros raios os partam. Reunião de trabalho, galera! Não é rodinha de biriba no Clube!

Ainda por cima eu gosto dos nomes próprios, que sempre são bem mais bonitos do que os apelidos. Em São Paulo há um pieguíssimo hábito de chamar as pessoas pela primeira sílaba de seus nomes: Rosana vira “Rô”, e Juliana se transforma em “Jú”. Você está em um ambiente de trabalho e ouve alguém chamando “Má”, e não sabe se estão convocando o Marcos, o Marcio, o Marcelo, a Marcela ou a Macaca. Os Pais passam meses quebrando a cabeça escolhendo um nome, para ele virar uma sílaba???

Alessandra sempre me dava carona tarde da noite, após as aulas de Mestrado. Certa vez ela desabafou:
- “Só existem duas pessoas no Mundo que me chamam de ‘Alessandra’: Mamãe quando está brava; e você!”


(05/abril/2012)

terça-feira, 3 de abril de 2012

Os Táxis e o Ar Condicionado


Depoimento de um usuário freqüente de táxis tanto no Rio como em São Paulo: ao menos uma diferença é escancaradamente evidente entre os motoristas das duas cidades (além dos preços, é claro).

No Rio você entra em um carro de praça e nem precisa perguntar ou solicitar: o ar condicionado já está ligado.

Em São Paulo, mesmo no ápice do verão está sempre aquele calor monstruoso e abafamento terrível dentro do carro, o que leva nosso depoente a indagar ainda antes de indicar o destino:
- “Tem ar condicionado?”
Se não tiver – ou se estiver quebrado, uma desculpa bastante comum – ele nem mesmo chega a sentar, e se retira do veículo no mesmo instante.

O passageiro costuma inclusive manifestar sua incredulidade para alguns motoristas: não é pelo cliente, que passa apenas 10 ou 15 minutos dentro do carro; é pelo conforto de vocês mesmos! Passar o dia inteiro dentro daquela fornalha???

Certa vez um taxista contou que quando fica com o ar condicionado ligado recebe críticas de seus colegas:
- “Está acostumando mal os passageiros!”

Então é isto! Uma economia de 10% é mais importante do que 100% de conforto!

Mas talvez isto não seja uma exclusividade dos motoristas de táxi. Afinal, a vida em SP tem se tornado cada vez mais estressada, engarrafada, angustiante, insegura, desrespeitosa.

Porquê então insistimos tanto em manter nossos ares-condicionados pessoais desligados? O que nos leva a ficar presos a um aglomerado assim?

É claro que cada um tem o seu motivo.

Assim como os motoristas de táxi.


(mar/2012)

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Matusa


Um Amigo comenta existir um ditado chinês que sentencia que “a idade de um homem é a idade de sua coluna vertebral”.

Neste caso, neste final de semana pulei de 55 para 712 anos de idade!

(abr/2012)

domingo, 1 de abril de 2012

Eu quero este problema!

Eles estavam em Rotorua (NZ), e encontraram uma grande loja de graciosas roupitchas femininas para uso doméstico. Era tudo de extremo bom gosto: peças leves de toque agradabilíssimo com criatividade e ótimos preços; um sonho. Ela pegou uma dúzia de ítens e os experimentou, depois mais uma dezena, depois mais alguns e então outros mais; porém até mesmo as peças pequenas eram grandes, e todas ficavam folgadas nela.

Ele ficou algo constrangido com a quantidade de peças que ela pegava (todas lindas!) e experimentava sem eleger nada, devolvendo tudo no atacado. E foi se desculpar com a Vendedora:
- “There is a problem... all of them are big for her!”

A simpática Vendedora retrucou com um sorriso:
- “I wish I had this problem!”


(mar/2012)