quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

O Segredo


Uma situação na qual você será forçosa e inevitávelmente criticado/a será quando contar alguma coisa a alguém e em seguida complementar:
-”Olha, não é para comentar com ninguém!”
Invariavelmente você ouvirá:
- “Mas é CLARO que eu não iria comentar com ninguém, o quê você acha que eu sou?”

Poderia então parecer ser desnecessária tal recomendação de não comentar com ninguém. Só que neste caso ocorrerá o inverso: em alguns dias alguém virá te questionar a respeito daquele seu comentário. E quando retorquir seu/sua interlocutor/a original, você ouvirá:
-“Mas você não disse que não era para comentar!...”

É uma situação sem saída. O melhor a fazer é portanto não contar NADA para NINGUÉM. Como diz o mui antigo e mui sábio ditado, “em boca fechada não entra mosca”.

Ou então, “um segredo entre três pessoas só está bem guardado quando duas delas estão mortas”.

(RJ, jan/2015)

domingo, 25 de janeiro de 2015

Marcio Getty


Algum Rockefeller ou similar define que:
  • quem tem suas iniciais bordadas na camisa é POBRE;
  • quem tem seu nome na porta do Escritório é um REMEDIADO;
  • só está realmente BEM quem tem seu nome na porta do Prédio.

Nota-se portanto pela foto ao lado que: EU CHEGUEI LÁ!!!

(RJ, jan/2015)

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Último Desejo


O Falecimento de Familiar bastante próxima e as cerimônias que se seguem nos levam a algumas considerações íntimas;

Para início de conversa, MUITO CUIDADO com a roupa que você vai usar no velório. Em uma cerimônia bastante reservada, tivemos a presença de uma Senhora (com a melhor das intenções!) vestindo uma camiseta com os dizeres “QUEM SERÁ O PRÓXIMO?” estampando suas preces. Em tal situação, com a presença de diversos octogenários e outros quase, por mais inevitável que seja a existência de um próximo (e de muitos outros mais, na verdade todos nós), não é exatamente o ápice do bom-tom alardear tal conjectura (mesmo que nas costas da camiseta ficasse esclarecido tratar-se de pregação religiosa, com outras frases como “cuidemos do Próximo”, “o Próximo precisa de nós”, etc.)

Uma cremação envolve diversas burocracias, pois implica a completa destruição do DNA de quem se vai. Desta forma, se não ficar muito direta e explicitamente clara a vontade do/a ex-dono/a do Corpo de que deseja ser cremado/a, todos os Filhos & Filhas deverão assinar um documento reconhecido em Cartório concordando com tal destinação. Ora, me escapa a compreensão de tal lógica: afinal, os Descendentes já reconhecidos nada terão a opor à destruição definitiva do DNA, mas sim aqueles que porventura ainda não tenham sido reconhecidos! E ainda, se tal destruição é tão incontornável e definitiva, não seria melhor, mais fácil e garantido deixar um tufo de células ou mesmo um exame do DNA pronto para uma eventual necessidade? (Posso estar falando caca.)

Passa-se a seguir ao inevitável questionamento “o que você quer que façam com seu corpo depois de você morrer?” A pergunta me soa estúpida: ora, eu estarei MORTO, portanto não me faz A MENOR DIFERENÇA o que será feito com meus carbonos. Mas uma vez que tal pergunta deve ser respondida, com o objetivo de simplificar a vida de quem continua por aqui eu manifesto oficialmente meu Desejo Final do que deve ser feito com este corpitcho que foi tão útil para mim (e também para algumas outras pessoas). São duas as alternativas.

UMA, jogar meus restos no Triângulo das Bermudas. Virar alimento para a mais eficiente raça que habita este Planeta, os Tubarões. De quebra, a oportunidade de assombrar alguns incautos.

OU ENTÃO doar o corpo para um bando de necrófilos homossexuais tarados. Já que tenho sangue ruim e não há como aproveitar meus órgãos, ao menos poderei ser útil e dar prazer a alguém mesmo depois de despachado.

Enjoy!

(Rio, jan/2015)

sábado, 17 de janeiro de 2015

Citações no Estadão


Adoro citações, e se uma revista CARAS me cai às mãos eu imediatamente as procuro. Sempre tem ao menos uma coisa muito boa, em geral mais.

O Estadão publica uma citação a cada dia, e nesta segunda semana de 2015 tivemos três que me tocaram bastante.

“Ter razão é fácil. Perceber que os outros a têm – eis o problema.”
(Mário da Silva Brito)

“São poucos os que vivem o Presente; a maioria aguarda para viver mais tarde.”
(Jonathan Swift)

“Os Gênios são aqueles que dizem muito antes o que se dirá muito depois.”
(R. Gómez de la Serna)

(SP, 17/jan/2015)

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Horas Devidas de Sono


Subtítulo: Um cálculo estarrecedor!

Intro: Apresentamos a seguir um exemplo de procedimento de cálculo que pode ser reproduzido por qualquer um, evidentemente adaptando os valores de cada variável a sua história pessoal.

Pergunta I: “Quantas horas de sono eu estou devendo para meu corpo?”

Enquanto morava com seus Pais eu dormia muito bem, porém desde jun/1982 quando fui morar sozinho, durmo pouco, pouco, muito pouco, pouco mesmo! (Creio que só os cariocas conheçam esta expressão.)

Várias vezes jazo apenas 3 ou 4 horas por dia, em geral são 5, no final de semana tento recuperar alguma coisa mas há tempos não chego nem perto. E não é por falta de sono, adormeço imediatamente ao fechar os olhos, durmo até de pé no Metrô.

Cálculo I: débito semanal de horas de sono
- 5 dias ‘úteis’ na semana: cerca de 25 horas de sono (5+5+4+6+5)
- sábado: 6 horas de sono
- domingo: 8 horas (há tempo não consigo tanto...)
- total por semana: 39 horas de sono.
- Horas devidas por semana: 7 x 8 = 56 horas
- Débito semanal: 56 – 39 = 17 horas de sono devidas a cada semana desde jun/1982

Cálculo II: período da dívida
jan/2015 (-) jun/1982 = 1700 semanas

Cáculo III: período total de sono devido
1700 (x) 17 (=) 28.900 horas (=) 1.200 dias (=) 3, 3 anos de sono devido.

Considerações: estou portanto devendo a meu organismo 3, 3 anos de sono. Mas adicionalmente a regra diz que devemos ficar acordados 2/3 de nossas vidas, e dormir 1/3 (pessoalmente sou de opinião que o tempo que passamos dormindo não é descontado do tempo que nos foi determinado; temos um “allowance de vida” para X horas ACORDADOS, e o tempo que passamos dormindo não é descontado.)

Chegamos então à Pergunta II:
“Quantos anos preciso passar dormindo para pagar esta minha dívida?”

Cálculo IV: quantos anos preciso passar dormindo para pagar minha dívida
3,3 *3/2 = 4,95 = 5 anos

CINCO ANOS ININTERRUPTOS EU PRECISO PASSAR DORMINDO para pagar minha dívida com meu corpo!

Pergunta III, Cruel e Definitiva:
“Qual é então a minha idade real?”

Em outras palavras: eu não tenho 58,5 anos, mas sim já passei desperto o tempo de quem tem 63,5 anos de idade e dorme direito. This is my REAL age.

Acabo de GANHAR portanto 5 anos.

That’s good.

Tenho que dar 5 Festas!!!!!

(SP, jan/2015)

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Por Exemplo


Existe um típo de raciocínio que poder levar à DEMÊNCIA uma Pessoa Lógica.

O Elemento (ou a Elementa) apresenta o encadeamento, e o coroa com “(...) por exemplo... “ e então cita uma exceção:
“(...) por exemplo, o time do Barcelona...”
“(...) por exemplo, o Pelé...”
“(...) por exemplo, o Michael Jackson...”

Porra, desde quando o Pelé é um exemplo estatístico???

Para quem não conhece,
Long John Holmes!
Imagino a Esposa de um destes mentecaptos falando para o Maridão:
- “Por exemplo, o Long John Holmes...”
Ele merece ouvir isto!

Quando para um raciocínio ser defendido é necessária  a citação de uma exceção, não estamos diante de uma regra. Trata-se no máximo de um devaneio. Uma regra decente JAMAIS exige que seja citada uma exceção para ilustrá-la.

Como diria James Carville, “é o Raciocínio Lógico, estúpidos!”

(SP, jan/2015)

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Aprovação


Possivelmente a principal busca dos Serumanos ao longo de suas existências seja a procura de Aprovação. Aprovação de seus semelhantes, de seus vizinhos, sua Família, do sexo oposto, do mesmo sexo, de sua gangue, até mesmo de desconhecidos.

Serumanos fazem de tudo para obtê-la, até mesmo através de atitudes contrárias a sua índole, à moral da comunidade, ao senso de justiça. Subtraem posses de terceiros; enganam, mentem, adulteram, escondem, tudo em busca de algo que lhes parece ainda mais importante do que o auto-reconhecimento: o reconhecimento dos demais, dos outros, a aprovação de terceiros. A lógica parece ser: eu sei que não valho tanto, mas se os outros acham que sou “importante”, que sou “o bom”, se consigo enganá-los, se consigo sua aprovação... então valeu a falcatrua.

Eventualmente até mesmo tal beneplácito dos demais pode ser claramente fingido, mas isto não inibe nosso carente aspirador de aprovação.

O curioso é que satisfazer a necessidade alheia de reconhecimento está ao alcance de cada um de nós, e é banal, ou poderia ser. Diversas vezes ao longo de cada dia temos a oportunidade de manifestar aprovação a atitudes daqueles que nos cercam, mesmo que desconhecidos. É possível melhorar a vida de nossos semelhantes através de algo tão banal como um elogio que seja sincero e merecido.

Um serviço bem prestado; um café bem tirado; uma roupa bem escolhida; um cuidado que extrapola o convencional; uma cortesia, uma elegância, uma delicadeza. Aquela Senhora que vai sempre à Missa das 19 horas do sábado, e que se esmera em aprumar-se. Aquele desconhecido parado na rua vestindo uma belíssima camisa da seleção holandesa. Ao longo do dia tempos diversos motivos simples para elogios simples aos outros, e diversas oportunidades de fazer-lhes a vida um pouquinho mais sorridente. Este seu café está muito bem tirado. Já reparei que a Senhora sempre está muito bem vestida nas Missas. Esta camisa azul da Holanda é espetacular!

Um sopro repentino e inesperado de aprovação, então um sorriso e alguns segundos de alívio: o dia ficou mais feliz, a Pessoa ficou mais leve. Elogiar e aprovar não nos custa nada, e certamente faz alguma diferença, e certamente para melhor.

Outra forma simples de melhorar a vida dos Companheiros de Jornada menos favorecidos é a gorjeta. Não precisa ser milionária, seu impacto está na surpresa. Junto ao elogio ao café, uma caixinha ao barista! O guardador de motos no estacionamento do Shopping, que passa a vida naquele inferno calorento e jamais recebe um agrado, ficará feliz e sorridente se você lhe destinar parte do troco. Uma gorjeta para o garçon que te atendeu no restaurante, um cash por fora além dos 10% - afinal, se estivesse na Europa você pagaria 15% sem bufar, porque seus compatriotas não merecem o mesmo tratamento? Always tip!

Porque temos tamanha dificuldade em melhorar minimamente a vida de nossos Companheiros de Jornada? Qual o motivo de tanta economia com elogios?

Nota: existe uma dificuldade maior se o incentivo for para alguém que possa interpretá-lo como cantada. A menina é linda, e está com uma roupa maravilhosa; ou então recheia espetacularmente uma camisa do Vasco. Nosso abnegado altruísta deverá tomar um cuidado infinito com o louvor; a deusa pode achar que é mero xaveco. Pessoas muito atrativas já recebem aprovação suficiente, e não necessitam seu “empurrãozinho” para se sentirem melhor. Elogie alguma outra coisa – mas que seja merecida, o que é diferente de um pretexto para xavecar!

(Itaim Bibi, jan/2015)

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Sinal Piscante


Há alguns meses alguma “inteligência rara” entre os responsáveis pela sinalização das ruas de São Paulo City teve a “brilhante idéia” de aumentar o tempo em que o sinal para pedestres fica piscando, avisando que vai fechar para os transeuntes e abrir para os carros.

Tínhamos antes disto um tempo bem ajustado e adequado deste sinal piscante. Caso o tempo médio de travessia de uma rua fosse de (digamos) 8 segundos, o sinal começava a piscar cerca de (digamos) 8 ou 10 segundos antes de fechar para o pedestre e abrir para os carros. Isto era informação útil: quem chegasse à beira de uma rua, estando a ponto de atravessá-la porém o sinal de pedestres começasse a piscar, SABIA que tinha o tempo justo para seguir para o outro lado, sem remanchar. Igualmente – e mais importante: se ao chegar a um cruzamento o Pedestre encontrasse um sinal de pedestres já piscando, ele sabia que não daria tempo de atravessar, e portanto esperava a oportunidade seguinte.

E então, isto mudou.

A partir daí reduziu-se o tempo de sinal verde para o Pedestre e aumentou o piscante para algo como 16 segundos ou coisa que o valha, mantendo-se o mesmo total. Mas o que aconteceu a partir daí? A pessoa mal começa a atravessar e o sinal já está piscando! A maioria sai correndo.

Ou então quando o Pedestre se aproxima do cruzamento e encontra o sinal piscando, ele NÃO SABE se ainda tem um loooongo tempo pela frente ou se está perto do fim de seu intervalo. Se ficar parado pode fazer papel de idiota, e se tentar atravessar pode ser buzinado, xingado ou atropelado.

Acabou a informação útil. “Pensaram”, e a transformaram em inútil!

E o pior de tudo: alguns sinais são assim, mas outros não. O Pedestre nunca sabe qual o comportamento que aquele sinal terá, e conseqüentemente qual comportamento ele deverá assumir. Começou a piscar: e agora, me apresso ou não há pressa?

Seria bem mais racional colocar sinais de pedestre com contagem regressiva, não?
Mas talvez seja exatamente por isto que não o fazem.

Dumb and Dumber!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Leap of Faith


Pelo amor de deus, gente, será que nunca na vida eu vou encontrar uma tradução da expressão “leap of faith” que NÃO SEJA “salto de fé”?

Não é nem uma questão de quem faz a tradução ‘ter aprendido’, mas de mero bom senso. Afinal, what the hell “salto de fé” poderia significar???

Já cansei de ver a expressão em filmes, sempre com a mesma legenda preguiçosa: “salto de fé”. My God!

A expressão em nossa língua equivalente a “leap of faith” é “voto de confiança”. Um pouco mais de conhecimento de português, e atenção e carinho com o que se faz, seria pedir muito?

God me free...
(“Deus me livre!”)

(SP, jan/2015)

domingo, 11 de janeiro de 2015

Dois Ingredientes


Li certa vez nas páginas amarelas da VEJA uma entrevista com algum destes ultra-renomados Chefs de Cuisine. Admiro tremendamente quem sabe cozinhar; sou de opinião que para cozinhar bem é necessário ter três braços – e eu só tenho um...

Naquela entrevista, a resposta que me marcou foi à pergunta:
- “Se você só pudesse ter um único ingrediente em sua Cozinha, qual seria?
E o ultra-renomado Chef:
- “Seriam dois: manteiga e batata.”

Maria José trabalha com meus Pais há quase uma década, cozinhando divinamente. Em um ritualístico almoço de sábado (sempre precedido por doses CAVALARES de champanhe), contei a ela a história acima, culminando com uma personalização da pergunta:
- “E você? Se tivesse somente um ou dois ingredientes em sua Cozinha, qual seria ou quais seriam?”
Ela respondeu de imediato:
- “Seriam dois: cebola e alho!” 

(Acho que meus dois ingredientes seriam vodka e champanhe...)

(RJ, maio/2014)

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Hidratação na Terceira Idade


Nossa Nutricionista favorita publicou em 2010 uma Dissertação sobre “Alimentação na Terceira Idade”.

Lá são abordados diversos fatores que levam os mais idosos a terem sua alimentação prejudicada. Tratam-se de circunstâncias que jamais teriam passado por minha tosca cabeça. Sem nos determos nos mais dramáticos, tais como dependência econômica, saúde física ou saúde mental, listamos a seguir alguns de tais aspectos.

Por exemplo a perda de Amigos, com conseqüente solidão durante o comer.
(De minha parte, como gosto de ruminar na companhia de Daniel Pennac, Carlos Ruiz Zafón, Dennis Lehane, Milan Kundera e Umberto Eco entre tantos outros, não devo vir a ter tal dificuldade.)

Desgaste dos dentes e das gengivas, levando a dores e incômodo na mastigação.

Desgaste das papilas gustativas, que não mais percebem os paladares ou suas sutilezas como outrora.

Dificuldade de digestão, aumento da intolerância ou suscetibilidade a determinados alimentos.

Cansaço da comida: após décadas mastigando um cardápio variado mas não infinito, o pobre degustador acaba por ficar de saco cheio daqueles paladares, e daí a perder a vontade de ingerir alimento é só mais um pequeno passo.

Este último ponto me chamou a atenção. Não por causa da comida, mas sim pela água. Ora, se um cardápio variado já arrisca nos levar a enjoar de comer a longo prazo, o que dizer da água? Diversas vezes por dia, a vida inteira, sempre a mesma coisa! A mesmíssima coisa, ainda por cima sem cheiro, sem cor, até sem paladar!!!

Brother Gloug se hidrata
Sou alucinado por água, mas reconheço que mesmo carregando garrafinha o tempo todo, não bebo tanto quanto deveria. Pareceu-me portanto ser possível que eu estivesse simplesmente me cansando de beber tanta água. Convenhamos, quase 6 décadas bebendo aquele goró, dá mesmo para encher o saco... Com base nisto parti então para uma solução pessoal, que se mantém desde então.

Água Mineral Gasosa, de preferência (se possível, sempre) a São Lourenço. What a wonderful world! Passei a tomar muito mais água, e também a ouvir diversas e repetidas recomendações quanto a pedras no rim proferidas invariavelmente por pessoas que não têm a menor idéia se há alguma interferência direta ou não; falam por falar, por “boa intenção” (odeio!), por puro pitaco. Se não for informação balizada, por favor não me apresente, ou no máximo submeta como especulação; não tente me confundir.

Fica portanto uma sugestão / recomendação. Você bebe pouca água? São Lourenço gasosa.

Vai querer beber até se estiver sem sede...

(SP, jan/2015)


quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Eu sou Deus


E Você também é.

Só há uma única diferença.

Eu Sei.

Mas Você não sabe...


(Via Dutra, 07/jan/2015)

sábado, 3 de janeiro de 2015

Na Cama com uma Dona


Poucas coisas – se alguma – podem ser mais prazerosas e emocionantes para um Homem do que uma Mulher nua em sua cama.

Finalmente livre de máscaras, disfarces, artifícios e defesas, só resta a ela ser ela mesma, solta, entregue e espontânea. É quando uma Mulher está nua em seus braços que um Homem verdadeiramente a conhece.

Mas... algumas Mulheres de corpos impecavelmente espetaculares, e que os utilizam como única arma de atração e sedução, acabam por se verem reféns de suas próprias armadilhas. E quando estão nuas na cama necessitam ainda “entregar” o que se espera delas, “mostrar serviço”. E acabam por não se entregarem completamente sequer neste momento, pelo contrário: se preocupam com a imagem, em impressionar ainda mais.

Curioso como diversas de tais ‘performers’ têm exatamente o mesmo comportamento naquela situação: incansáveis, insaciáveis, explosivas, bombshells inesquecíveis, panteras endiabradas que acabam sendo meros pastiches do que se imagina que um Homem espere de uma Mulher daquelas. Não sendo espontâneas, se tornam caricaturas, não entendendo que estão sendo simplesmente... cansativas.

E desta forma acabam não representando sequer uma fração da emoção que uma Mulher sinceramente entregue propicia.

Nada mais prazeroso para um Homem do que uma Mulher nua... e sincera.


(Disclaimer: este texto pode se basear em experiências pessoais ou em relatos de Amigo(s), ou pode ser uma peça especulativa e divagante, ou pode advir de uma situação que não será apresentada aqui porque seria demasiadamente evidente, ou talvez resulte de um ‘composé’ de duas ou mais alternativas anteriores. Qualquer semelhança com a sua realidade, portanto, é problema seu!)


(Rio, jan/2015)

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Sinuca de Bico


Eu não o encontrava há uma dúzia de anos, e eis que ressurge às vésperas do Reveillon 2015.

Entre uma cerveja e uma vodka, me apresentou uma situação de difícil solução.

-“Sou apaixonado por ela, mas ela não é por mim. Se fosse, teríamos uma história intensa e bela. Como não é, ficamos ambos na merda: eu apaixonado por ela que não é apaixonada por mim, e ela procurando a vida toda pelo Cara certo que nunca aparece, pois sou eu e ela não vê!”

O quê responder a ele?

Escreva um poema.

Escreva um Blues (“You who wiped me from your memory / like a greasepaint mask...”, escreveu Derek William Dick na fenomenal “Incubus”).

Escreva um Blog.

Encontre Outra (eu pedi para ser xingado).

Fique com Ela assim mesmo, assimétrico (minha Mãe sempre diz que em geral “em uma relação há um que ama e outro que se deixa amar”).


"... just like a greasepaint mask..."
Espere até ela ficar velha, baranga e acabada, e aí só vai ter você mesmo (“vai demorar”, ele respondeu).

Ela é que está certa, porquê alguém se apaixonaria por você? Ou por alguém mais? Uma relação sem amarras emocionais é muito menos problemática a longo prazo.

Incapaz de encontrar uma solução racional para a sinuca emocional (ou seria o contrário?), deixei-o sonhando com o Amor eterno porque irrealizado, e fui ver os fogos de Copacabana.

Talvez dentro de outra dúzia de anos tenhamos novidades...

(Rio, jan/2014)


quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Dressed to Toast


Já aprendi que existem duas situações em que eu certamente vou acabar bêbado.

Quando estou todo vestido de preto.

E na única noite em todos os anos em que estou todo vestido de branco.

Enjoy 2015, Galera!

(RJ, 01/jan/2015)