Dizem que o Ser Humano utiliza somente 15% de sua capacidade cerebral... mas isto não é verdade.
Os estados presentes de consciência e inconsciência é que utilizam estes 15%. Nos restantes 85% está você mesmo/a, após sua morte física, revendo tudo o que fez e deixou de fazer, todo o Bem e todo o Mal que causou ao longo da vida, todas as alegrias e frustrações que gerou, revivendo todo o seu egoísmo, covardia e preguiça.
85% de seu cérebro é você - agora com a Consciência Cósmica que sempre teve porém renegava - repassando cada segundo de sua vida, sem poder agir mas apenas se observando, se julgando e se criticando. Nenhum julgamento pode ser mais incisivo, certeiro e profundo do que o seu próprio. Ninguém pode se criticar e se envergonhar mais de seus atos do que você mesmo/a.
Há um Observador Impiedoso dentro de seu crânio, e é você mesmo/a. Ele não tem a quem inventar ou pedir desculpas, e pretextos pueris não o convencem. É bom que, enquanto tem controle consciente sobre seus atos, você esteja gerando bons momentos, ações e lembranças para quando for reviver tudo de novo...
... segundo a segundo...
(ago/2010)
terça-feira, 31 de agosto de 2010
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Eletrodoméstico velho
Mamãe sempre falou que "nada mais velho do que um eletrodoméstico velho".
Levei muitos anos para entender isto; somente após morar sozinho pude alcançar a sabedoria daquelas palavras.
Mas a "evolução" tecnológica vai nos forçando a atualizar a expressão.
Eletrodomésticos cada vez mais novos vão ficando cada vez mais velhos cada vez mais rápido.
Consertos não se pagam, pois custam (sempre) a metade do preço do produto novo. É tabelado: querendo saber quanto custará o conserto de seu eletrodoméstico semi-novo quebrado, veja o preço de um novo e calcule de 40% a 60%. E a durabilidade do conserto é exatamente igual à "garantia" oferecida: 3 meses.
Nada mais velho do que um eletrodoméstico semi-novo.
O "lavou tá novo" só serve para aquilo, mesmo. De resto, é "quebrou joga fora".
(ago/2010)
Levei muitos anos para entender isto; somente após morar sozinho pude alcançar a sabedoria daquelas palavras.
Mas a "evolução" tecnológica vai nos forçando a atualizar a expressão.
Eletrodomésticos cada vez mais novos vão ficando cada vez mais velhos cada vez mais rápido.
Consertos não se pagam, pois custam (sempre) a metade do preço do produto novo. É tabelado: querendo saber quanto custará o conserto de seu eletrodoméstico semi-novo quebrado, veja o preço de um novo e calcule de 40% a 60%. E a durabilidade do conserto é exatamente igual à "garantia" oferecida: 3 meses.
Nada mais velho do que um eletrodoméstico semi-novo.
O "lavou tá novo" só serve para aquilo, mesmo. De resto, é "quebrou joga fora".
(ago/2010)
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sábado, 28 de agosto de 2010
O Presidente Washington Luís e a Decoração de Ambientes
Já eu, considero que “decorar é colocar estantes”!
(ago/2010)
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
O Segredo dos Seus Olhos
Embora seus olhos fossem castanhos, tinham alguns pigmentos verdes que lhes davam uma levíssima coloração glauca. Mas somente mediante meticulosa observação era possível notar este detalhe.
Com o tempo ele aprendeu que quando alguma Mulher lhe perguntava:
-"Seus olhos são verdes?"
era sinal de que ela o fitara longamente, e isto era uma manifestação de interesse. A pergunta se tornou uma espécie de sinalizador de interesse feminino; um "facilitador" de interpretação das intenções delas.
Certa vez ele estava saindo com uma Menina que parecia interessada. Mas não conseguia ter certeza se ela realmente estava atraída ou não (é muito difícil para um Homem saber se a Mulher está interessada ou não, pois muitas vezes - talvez a maioria - ela só está exercitando e testando seu poder de sedução, só conquistando o pobre mané para depois deixá-lo largado e frustrado e sair da história com uma revigorante sensação de Ser Gostosa) (outro dificultador é que os Homens costumam achar que todas as Mulheres estão a fim dele) (e talvez estejam mesmo, como saiu certa vez na Revista NOVA, "se os Homens soubessem o que se passa na cabeça das Mulheres seriam 10 vezes mais ousados"), mas enfim, ele não sabia se ela esta a fim ou não. E pela primeira e única vez na vida resolveu queimar aquele precioso cartucho:
-"Qual é a cor dos meus olhos?"
-"Ahnnn... Cor de merda?"
(ago/2010)
Com o tempo ele aprendeu que quando alguma Mulher lhe perguntava:
-"Seus olhos são verdes?"
era sinal de que ela o fitara longamente, e isto era uma manifestação de interesse. A pergunta se tornou uma espécie de sinalizador de interesse feminino; um "facilitador" de interpretação das intenções delas.
Certa vez ele estava saindo com uma Menina que parecia interessada. Mas não conseguia ter certeza se ela realmente estava atraída ou não (é muito difícil para um Homem saber se a Mulher está interessada ou não, pois muitas vezes - talvez a maioria - ela só está exercitando e testando seu poder de sedução, só conquistando o pobre mané para depois deixá-lo largado e frustrado e sair da história com uma revigorante sensação de Ser Gostosa) (outro dificultador é que os Homens costumam achar que todas as Mulheres estão a fim dele) (e talvez estejam mesmo, como saiu certa vez na Revista NOVA, "se os Homens soubessem o que se passa na cabeça das Mulheres seriam 10 vezes mais ousados"), mas enfim, ele não sabia se ela esta a fim ou não. E pela primeira e única vez na vida resolveu queimar aquele precioso cartucho:
-"Qual é a cor dos meus olhos?"
-"Ahnnn... Cor de merda?"
(ago/2010)
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
O Porta-Retratos
Em 1986 / 1987 trabalhei na Usina Monte Alegre em Mamanguape, na Paraíba, a 60km de João Pessoa na BR 101 no caminho para Natal.
Durante vários meses morei na casa grande da Usina, que tinha diversos cômodos enormes. Eu era o único residente fixo da casa, pois as 3 mucamas que cuidavam da casa e da comida iam embora à noite, deixando-me sozinho naquele imenso casarão escuro.
Nesta época cheguei inclusive a acordar no meio de uma noite com um fragor altíssmo e impressionante, um estrépito trepidante que derrubava as louças e panelas na cozinha, e que passou após longos segundos. Na manhã seguinte soube que se tratara de um terremoto a algumas centenas de quilômetros... foi uma das mais impressionantes experiências de minha vida.
Não sei dormir sem ler na cama, e a casa não dispunha de abajures nas mesinhas de cabeceira. Assim, após a leitura de final do dia, antes de dormir eu tinha que me levantar para desligar a luz do quarto no interruptor junto à porta - um tremendo corta-sono. Mas o casarão dispunha de uma dispensa abarrotada de coisas velhas do tipo panelas, ferragens, fiação, aparelhagens, etc, em um labiríntico emaranhado irresistível para um Engenheiro Mecânico.
Em um sábado me dispus a enfrentar a tal dipensa-ferro-velho com o objetivo de encontrar as peças necessárias para montar / construir um abajur. Comecei a revirar e retirar as coisas, e de forma absolutamente inesperada acabei por encontrar...
... um antigo e pesado porta-retratos com uma foto do casamento de meus Pais, tirada 30 anos antes no Rio de Janeiro!
Fiquei estarrecido e incrédulo olhando aquela peça perdida no interior da Paraíba, e obviamente decidi incorporá-la. Limpei o porta-retratos e o coloquei em meu quarto. Quase 20 anos mais tarde, esta foto foi utilizada no convite para a festa das Bodas de Ouro deles (caso não saiba, fique ciente de que festas de Bodas de Ouro não são organizadas pelo casal, mas sim por seus Descendentes).
Evidente e descaradamente, isto foi um presente dos Deuses. A foto e o porta-retratos original adornam hoje minha sala.
E complementando a história, eu encontrei as peças e montei um abajur-frankenstein. É uma pena que não tenha tirado uma foto dele.
(ago/2010)
Durante vários meses morei na casa grande da Usina, que tinha diversos cômodos enormes. Eu era o único residente fixo da casa, pois as 3 mucamas que cuidavam da casa e da comida iam embora à noite, deixando-me sozinho naquele imenso casarão escuro.
Nesta época cheguei inclusive a acordar no meio de uma noite com um fragor altíssmo e impressionante, um estrépito trepidante que derrubava as louças e panelas na cozinha, e que passou após longos segundos. Na manhã seguinte soube que se tratara de um terremoto a algumas centenas de quilômetros... foi uma das mais impressionantes experiências de minha vida.
Não sei dormir sem ler na cama, e a casa não dispunha de abajures nas mesinhas de cabeceira. Assim, após a leitura de final do dia, antes de dormir eu tinha que me levantar para desligar a luz do quarto no interruptor junto à porta - um tremendo corta-sono. Mas o casarão dispunha de uma dispensa abarrotada de coisas velhas do tipo panelas, ferragens, fiação, aparelhagens, etc, em um labiríntico emaranhado irresistível para um Engenheiro Mecânico.
Em um sábado me dispus a enfrentar a tal dipensa-ferro-velho com o objetivo de encontrar as peças necessárias para montar / construir um abajur. Comecei a revirar e retirar as coisas, e de forma absolutamente inesperada acabei por encontrar...
... um antigo e pesado porta-retratos com uma foto do casamento de meus Pais, tirada 30 anos antes no Rio de Janeiro!
Fiquei estarrecido e incrédulo olhando aquela peça perdida no interior da Paraíba, e obviamente decidi incorporá-la. Limpei o porta-retratos e o coloquei em meu quarto. Quase 20 anos mais tarde, esta foto foi utilizada no convite para a festa das Bodas de Ouro deles (caso não saiba, fique ciente de que festas de Bodas de Ouro não são organizadas pelo casal, mas sim por seus Descendentes).
Evidente e descaradamente, isto foi um presente dos Deuses. A foto e o porta-retratos original adornam hoje minha sala.
E complementando a história, eu encontrei as peças e montei um abajur-frankenstein. É uma pena que não tenha tirado uma foto dele.
(ago/2010)
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
O Molusko
Em 1985 fui com meus Pais ao Egito.
Um dos mais célebres souvenirs de lá é a confecção de camisetas, anéis e pingentes com seu nome grafado em "hieroglyphics".
Quando fui fazer uma camiseta e indagaram meu nome, respondi: -"Marcio."
O vendedor veio então com uma grafia proposta para a camiseta. Como sou tão desconfiado quanto cauteloso, fui conferir em um manual "The easy way to read & write Hieroglyphics" que tinha comprado (e que tenho até hoje, caso você se interesse em saber a grafia de seu nome em pharaônicos hieróglifos egípcios).
Descobri que em caracteres ocidentais a grafia proposta era "MARSIO".
Reclamei então que a letra correta seria um "C" (algo como uma tina, 'basket with handle') ao invés do "S" (uma corda ou pano dobrado, 'folded cloth' ou 'cord'); mas a resposta veio com uma sabedoria esfíngica:
- "Se você grafar com "C", quem ler vai pronunciar "MARKIO". Se você quiser obter a pronúncia que nos falou, deve grafar "MARSIO". Lembre-se que a linguagem falada é muitíssimo mais antiga do que a escrita. A escrita existe para representar aquilo que falamos. Atenha-se à pronúncia de seu nome, e então defina como ele será escrito."
É claro que as camisetas e pingentes foram grafados com "S".
Isto leva a matutar sobre as reformas ortográficas, usos de acentos e também letras diferentes com o mesmo som ou ainda o uso de uma mesma letra com diferentes sons. O vendedor egípcio estava absolutamente correto: o objetivo da escrita é registrar o falado, a essência do Ser Humano são as cordas vocais e não o papel e a tinta (ou telas e bits). Assim, o importante é que aquilo que estiver escrito transmita o que se pronuncia.
Por exemplo, uma palavra grafada com trema tem uma pronúncia diferente da grafada sem o trema. O bendito trema faz diferença, e somente incultos, iletrados e preguiçosos desejarão seu fim, optando pelo empobrecimento e limitação da Língua Portuguesa e favorecendo a ignorância.
A recente reforma ortográfica favoreceu que ao ler uma palavra não saibamos como pronunciá-la. Ao invés de se tentar aumentar a cultura, optou-se pelo caminho mais fácil de dizimar as diferenças. Lembremos de "1984": quanto menor a capacidade de expressão de um povo, mais fácil controlá-lo e subjugá-lo.
Só mesmo um Presidente Molusco para aprovar uma atrocidade destas, que nivela por baixo o País e a Cultura.
E, neste caso, o "C" tem som de "K", mesmo. MOLUSKO!
Nota: Desde sua gênese, "Um Panda Em Saturno" opta pela grafia pré-Reforma Ortográfica, entendendo que assim a Língua Portuguesa é mais rica e culta.
(ago/2010)
Um dos mais célebres souvenirs de lá é a confecção de camisetas, anéis e pingentes com seu nome grafado em "hieroglyphics".
Quando fui fazer uma camiseta e indagaram meu nome, respondi: -"Marcio."
O vendedor veio então com uma grafia proposta para a camiseta. Como sou tão desconfiado quanto cauteloso, fui conferir em um manual "The easy way to read & write Hieroglyphics" que tinha comprado (e que tenho até hoje, caso você se interesse em saber a grafia de seu nome em pharaônicos hieróglifos egípcios).
Descobri que em caracteres ocidentais a grafia proposta era "MARSIO".
Reclamei então que a letra correta seria um "C" (algo como uma tina, 'basket with handle') ao invés do "S" (uma corda ou pano dobrado, 'folded cloth' ou 'cord'); mas a resposta veio com uma sabedoria esfíngica:
- "Se você grafar com "C", quem ler vai pronunciar "MARKIO". Se você quiser obter a pronúncia que nos falou, deve grafar "MARSIO". Lembre-se que a linguagem falada é muitíssimo mais antiga do que a escrita. A escrita existe para representar aquilo que falamos. Atenha-se à pronúncia de seu nome, e então defina como ele será escrito."
É claro que as camisetas e pingentes foram grafados com "S".
Isto leva a matutar sobre as reformas ortográficas, usos de acentos e também letras diferentes com o mesmo som ou ainda o uso de uma mesma letra com diferentes sons. O vendedor egípcio estava absolutamente correto: o objetivo da escrita é registrar o falado, a essência do Ser Humano são as cordas vocais e não o papel e a tinta (ou telas e bits). Assim, o importante é que aquilo que estiver escrito transmita o que se pronuncia.
Por exemplo, uma palavra grafada com trema tem uma pronúncia diferente da grafada sem o trema. O bendito trema faz diferença, e somente incultos, iletrados e preguiçosos desejarão seu fim, optando pelo empobrecimento e limitação da Língua Portuguesa e favorecendo a ignorância.
A recente reforma ortográfica favoreceu que ao ler uma palavra não saibamos como pronunciá-la. Ao invés de se tentar aumentar a cultura, optou-se pelo caminho mais fácil de dizimar as diferenças. Lembremos de "1984": quanto menor a capacidade de expressão de um povo, mais fácil controlá-lo e subjugá-lo.
Só mesmo um Presidente Molusco para aprovar uma atrocidade destas, que nivela por baixo o País e a Cultura.
E, neste caso, o "C" tem som de "K", mesmo. MOLUSKO!
Nota: Desde sua gênese, "Um Panda Em Saturno" opta pela grafia pré-Reforma Ortográfica, entendendo que assim a Língua Portuguesa é mais rica e culta.
(ago/2010)
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Sinceridade
A atendente da Cafeteria era bastante extrovertida, até "saidinha". No balcão, tomando seus expressos e capuccinos, 3 elementos do sexo masculino e uma senhora japonesa.
A atendente não parava de puxar conversa com os clientes, e nem de falar alto para chamar a atenção. Até que ela falou com a senhora oriental:
-"Dona Olga, eu estou solteira!..."
A resposta da Dona Olga (o nome original foi preservado porque é claro que eu não me lembro) foi direta:
- "Também, quem manda ser feia!"
Um outro caso aconteceu diretamente comigo. Eu estava em uma loja de escrivaninhas e entrou um agitado, falador e vetusto senhor que vendia vitaminas, e que falava muitas coisas em rima. Ele perguntou em voz alta:
-"Alguém aqui conhece alguém que tenha 80 anos como eu?"
-"Eu! Meu Pai", disse a Vendedora.
-"Eu! Meu Pai", disse eu.
O ancião me olhou espantado, e falou:
-"Seu Pai não se molhou no Dilúvio, mas sujou o pé na lama. Você é tão velhinho, e ainda tem Pai?!?"
(ago/2010)
A atendente não parava de puxar conversa com os clientes, e nem de falar alto para chamar a atenção. Até que ela falou com a senhora oriental:
-"Dona Olga, eu estou solteira!..."
A resposta da Dona Olga (o nome original foi preservado porque é claro que eu não me lembro) foi direta:
- "Também, quem manda ser feia!"
Um outro caso aconteceu diretamente comigo. Eu estava em uma loja de escrivaninhas e entrou um agitado, falador e vetusto senhor que vendia vitaminas, e que falava muitas coisas em rima. Ele perguntou em voz alta:
-"Alguém aqui conhece alguém que tenha 80 anos como eu?"
-"Eu! Meu Pai", disse a Vendedora.
-"Eu! Meu Pai", disse eu.
O ancião me olhou espantado, e falou:
-"Seu Pai não se molhou no Dilúvio, mas sujou o pé na lama. Você é tão velhinho, e ainda tem Pai?!?"
(ago/2010)
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Lady in Red
Mary Stuart (ou Stewart, a "Mary Queen of the Scots" da 'Sad Song' do Lou Reed) foi responsável por um dos mais elegantes gestos de que já tive notícia.
Para sua decapitação em 1587 ela trajou roupa vermelho forte.
Elegância terminal!
(ago/2010)
Para sua decapitação em 1587 ela trajou roupa vermelho forte.
Elegância terminal!
(ago/2010)
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Etiqueta e Elegância
sábado, 21 de agosto de 2010
21 de agosto de 1898
Morar em uma cidade que não sua cidade natal traz um enorme benefício: a pessoa expande um pouco seu bairrismo e provincianismo, e sua pequenez passa a ser um pouco mais globalizada, embora ainda concêntrica.
Isto ocorre também no que se refere à torcida por clubes de Futebol.
Assim, aprendi que:
- no Mundo, torço pela América do Sul (prefiro que a Argentina seja Campeã do Mundo do que a Alemanha; afinal, são sul-americanos contra europeus);
- na América do Sul, sou Brasil;
- no Brasil, sou Rio;
- e no Rio, sou VASCO!
Parabéns aos nobres cruzmaltinos por este 21 de agosto em que o Clube completa 112 anos (e eu completo 1 ano como sócio do Clube!).
(21/ago/2010)
Isto ocorre também no que se refere à torcida por clubes de Futebol.
Assim, aprendi que:
- no Mundo, torço pela América do Sul (prefiro que a Argentina seja Campeã do Mundo do que a Alemanha; afinal, são sul-americanos contra europeus);
- na América do Sul, sou Brasil;
- no Brasil, sou Rio;
- e no Rio, sou VASCO!
Parabéns aos nobres cruzmaltinos por este 21 de agosto em que o Clube completa 112 anos (e eu completo 1 ano como sócio do Clube!).
(21/ago/2010)
Pasta dental Signal
Aconteceu nos anos 60.
Ele era um menino de 10 anos, e morava no Posto 5 em Copacabana.
Certa manhã de um sábado em dezembro, em seu primeiro dia das férias de final do ano, a campainha de sua casa tocou. Seus Pai & Mãe foram abrir, e era a Demonstradora de um novo produto que estava sendo lançado: a pasta dental Signal, a primeira a ter listras, que eram vermelhas e azuis sobre a pasta branca: um assombro! (Naquele tempo, este tipo de abordagem - um desconhecido Demonstrador de produtos bater diretamente à porta de uma casa - era perfeitamente habitual, e não implicava nenhuma preocupação ou risco.)
A Demonstradora deixou algumas amostras grátis, pequenos tubinhos de Signal.
Ele jamais se esqueceu do sabor daquela pasta: inesperada, gratuita, diferente, surpreendente, branca com listras vermelhas e azuis, e com um marcante sabor de uma manhã de um sábado primeiro dia de férias.
Pelo resto da vida procurou e consumiu aquela pasta de dentes. Quando ela saiu do mercado brasileiro, continuou procurando e utilizando produtos similares e importados.
Fica o toque para quem quiser conquistar um cliente "for life".
(ago/2010)
Ele era um menino de 10 anos, e morava no Posto 5 em Copacabana.
Certa manhã de um sábado em dezembro, em seu primeiro dia das férias de final do ano, a campainha de sua casa tocou. Seus Pai & Mãe foram abrir, e era a Demonstradora de um novo produto que estava sendo lançado: a pasta dental Signal, a primeira a ter listras, que eram vermelhas e azuis sobre a pasta branca: um assombro! (Naquele tempo, este tipo de abordagem - um desconhecido Demonstrador de produtos bater diretamente à porta de uma casa - era perfeitamente habitual, e não implicava nenhuma preocupação ou risco.)
A Demonstradora deixou algumas amostras grátis, pequenos tubinhos de Signal.
Ele jamais se esqueceu do sabor daquela pasta: inesperada, gratuita, diferente, surpreendente, branca com listras vermelhas e azuis, e com um marcante sabor de uma manhã de um sábado primeiro dia de férias.
Pelo resto da vida procurou e consumiu aquela pasta de dentes. Quando ela saiu do mercado brasileiro, continuou procurando e utilizando produtos similares e importados.
Fica o toque para quem quiser conquistar um cliente "for life".
(ago/2010)
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Terno e Gravata
Curioso como as pessoas podem se curvar à Moda sem colocar um pingo de gosto pessoal ou uma gota de bom gosto no que quer que seja que ela dite.
Quando os paletós de ternos tinham apenas 2 botões, rezava (ou melhor, ordenava) a Moda que o botão inferior ficasse aberto. Quando tais jalecos passaram a dispor de 3 botões, o mesmo mandamento se manteve, agora com os dois botões superiores fechados mas mantendo-se o inferior aberto. Até mesmo quando se arriscou um quarto botão nos blazers, o inferior teimava em permanecer aberto.
Ora, tal Moda é simplesmente PAVOROSA! Paletós-jalecos-blazers com o último botão aberto sempre me deram a impressão de asas de uma barata, fechadas em cima e abertas em baixo. E pior, de falta de personalidade, pois todo mundo usa tal medonhice e ninguém questiona o motivo; ninguém enfrenta as convenções. Jamais vi alguém (que não eu mesmo) com o último botão fechado - e ainda se alardeia que a escravatura foi abolida...
Qual o motivo desta "moda"? Simplesmente para que gordos e barrigudos possam ficar mais relax e à vontade! Convenhamos, isto é nivelar por baixo. Literalmente!
Portanto, se você não é pançudo, tem algum bom gosto e também um mínimo de personalidade própria, convoco-o a fechar as asas da barata, ooops, a fechar o botão inferior de seu paletó!
O mesmo se dá com as gravatas. De repente a moda ficou sendo gravatas listradas em diagonal. Todas iguais, só mudam as cores. Ora, gravatas com litras diagonais são igualmente HEDIONDAS! Você vai a um evento qualquer, por mais chique que seja, e TODOS estão usando gravatas com a mesma estampa! Parece uma vitrine das Camisarias Colombo!
Ou então gravatas brilhantes, atualmente igualmente comuns tanto em Casamentos como em vitrines da Square Modas. Que fim levou a personalidade , o bom gosto, ou simplesmente o gosto pessoal?
Eu, hein...
(ago/2010)
Quando os paletós de ternos tinham apenas 2 botões, rezava (ou melhor, ordenava) a Moda que o botão inferior ficasse aberto. Quando tais jalecos passaram a dispor de 3 botões, o mesmo mandamento se manteve, agora com os dois botões superiores fechados mas mantendo-se o inferior aberto. Até mesmo quando se arriscou um quarto botão nos blazers, o inferior teimava em permanecer aberto.
Ora, tal Moda é simplesmente PAVOROSA! Paletós-jalecos-blazers com o último botão aberto sempre me deram a impressão de asas de uma barata, fechadas em cima e abertas em baixo. E pior, de falta de personalidade, pois todo mundo usa tal medonhice e ninguém questiona o motivo; ninguém enfrenta as convenções. Jamais vi alguém (que não eu mesmo) com o último botão fechado - e ainda se alardeia que a escravatura foi abolida...
Qual o motivo desta "moda"? Simplesmente para que gordos e barrigudos possam ficar mais relax e à vontade! Convenhamos, isto é nivelar por baixo. Literalmente!
Portanto, se você não é pançudo, tem algum bom gosto e também um mínimo de personalidade própria, convoco-o a fechar as asas da barata, ooops, a fechar o botão inferior de seu paletó!
O mesmo se dá com as gravatas. De repente a moda ficou sendo gravatas listradas em diagonal. Todas iguais, só mudam as cores. Ora, gravatas com litras diagonais são igualmente HEDIONDAS! Você vai a um evento qualquer, por mais chique que seja, e TODOS estão usando gravatas com a mesma estampa! Parece uma vitrine das Camisarias Colombo!
Ou então gravatas brilhantes, atualmente igualmente comuns tanto em Casamentos como em vitrines da Square Modas. Que fim levou a personalidade , o bom gosto, ou simplesmente o gosto pessoal?
Eu, hein...
(ago/2010)
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Visitas no Hospital
Em nov/00 fiz uma operação de hérnia inguinal na Casa de Saúde São José no Rio de Janeiro. Foi uma laparoscopia onde se injeta ar na pança do indivíduo, que incha como um balão (-"Seu saco ficou parecendo um melão!", me disse animadoramente um Primo Médico que assistiu à intervenção). Com isto os órgãos internos se descolam ligeiramente uns dos outros, e quando este ar é retirado eles reassumem posições e pontos de contato que não são exatamente os mesmos nos quais estiveram arranjados ao longo dos (neste caso) 44 anos anteriores. Resultado: dores PAVOROSAS nas horas e dias seguintes à operação enquanto os órgãos se rearrumam. Para que se tenha uma idéia, eu nem mesmo conseguia espirrar: quando um espirro vinha e começava, o organismo "desistia" no meio, tamanha era a dor na barriga; e ficava um meio-espirro, só a primeira metade, um espirro broxado.
No pós-operatório, meu Quarto na Casa de Saúde parecia uma festa: ao pé da cama, cerca de 12 ou 15 familiares conversavam animadamente enquanto eu no leito me contorcia de dores na barriga. Me senti em um velório - o meu próprio! -, quando as pessoas aproveitam o encontro inesperado para colocar as conversas em dia. Só faltava o whisky.
O pior foi quando um compadecido membro da Família acercou-se de minha cabeceira e me falou, compreensivo e complacente:
- "Se estiver com gases, peide à vontade, não faça cerimônia por nossa presença..."
Porra, quanto carinho e consideração para comigo! Eu efetivamente ESTAVA cheio de gases, mas evidentemente não iria metralhá-los diante dos outros. A barriga doía, e eles então SABIAM que eu estava mal!
A partir de então decidi que eu JAMAIS iria visitar outras pessoas no Hospital.
Em outubro de 2003 nasceu Maria, filha de MFF (vide texto "Welcome Maria") e o pessoal da Administradora onde eu trabalhava organizou uma visita à nossa Companheira de Trabalho na Maternidade. Comentei então minha história traumática com nossa Chefe ADM, explicando porquê eu não iria. Mas ela respondeu:
-"Você tem inteira razão, não se deve visitar pessoas no Hospital... EXCETO no caso de nascimento de Bebês! Na Maternidade o Bebê está limpinho, o quarto arrumado, a Mãe não tem nada para fazer. Em casa é uma bagunça!, é ela quem vai dar os banhos, arrumar a casa, fazer o café, tentar encontrar as coisas... Visita a recém-nascido se faz no Hospital, e não na casa da pessoa."
Faz sentido!
(ago/2010)
No pós-operatório, meu Quarto na Casa de Saúde parecia uma festa: ao pé da cama, cerca de 12 ou 15 familiares conversavam animadamente enquanto eu no leito me contorcia de dores na barriga. Me senti em um velório - o meu próprio! -, quando as pessoas aproveitam o encontro inesperado para colocar as conversas em dia. Só faltava o whisky.
O pior foi quando um compadecido membro da Família acercou-se de minha cabeceira e me falou, compreensivo e complacente:
- "Se estiver com gases, peide à vontade, não faça cerimônia por nossa presença..."
Porra, quanto carinho e consideração para comigo! Eu efetivamente ESTAVA cheio de gases, mas evidentemente não iria metralhá-los diante dos outros. A barriga doía, e eles então SABIAM que eu estava mal!
A partir de então decidi que eu JAMAIS iria visitar outras pessoas no Hospital.
Em outubro de 2003 nasceu Maria, filha de MFF (vide texto "Welcome Maria") e o pessoal da Administradora onde eu trabalhava organizou uma visita à nossa Companheira de Trabalho na Maternidade. Comentei então minha história traumática com nossa Chefe ADM, explicando porquê eu não iria. Mas ela respondeu:
-"Você tem inteira razão, não se deve visitar pessoas no Hospital... EXCETO no caso de nascimento de Bebês! Na Maternidade o Bebê está limpinho, o quarto arrumado, a Mãe não tem nada para fazer. Em casa é uma bagunça!, é ela quem vai dar os banhos, arrumar a casa, fazer o café, tentar encontrar as coisas... Visita a recém-nascido se faz no Hospital, e não na casa da pessoa."
Faz sentido!
(ago/2010)
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Bienal do Livro
Sempre compareci às Feiras e Bienais de Livros em finais de semana, mas neste agosto de 2010 tive a oportunidade de comparecer à Bienal do Livro de São Paulo em uma 3ª feira.
O estacionamento no Anhembi está custando R$25 para carros (algo como US$15), ou R$15 para minha moto (US$9). Mais caro do que muitos livros - é como se você fosse a uma Churrascaria e o estacionamento custasse mais do que o próprio espeto!
A entrada foi emocionante. Imaginava que o Pavilhão fosse estar meio deserto, mas qual! Usam os dias de semana para levar Escolas, e a Bienal estava absolutamente lotada de ruidosas crianças! Fiquei comovido por estar em ambiente tão monumental, completamente lotado por meus amados livros e com a algazarra dos excitados petizes; deixei-me levar pela ilusão de que a agitação era por causa dos livros...
Estando acostumado a muitas Feiras de Livros, fiquei extremamente decepcionado com o evento: em 95% dos casos os preços são os mesmos das lojas físicas. Trata-se apenas de um enorme "lojão", que se aproveita da afluência para vender (muito) mais a um preço superior ao da internet. Fui preparado para adquirir diversas peças mas acabei passando muitas horas no garimpo e resgatando pouquíssimas peças - com destaque para um "Planolândia" por R$5 (US$3)! Um grande e inesperado achado foi o stand da PLAYTOY, de apaixonados por antigos jogos de tabuleiros - o stand tem PILHAS de preciosidades. Eles resgatam peças inestimáveis como o maravilhosamente lúdico "Tapete Voador" da GROW, de 30 anos atrás (tenho um em perfeito estado, mas adquiri 2 peças adicionais...). Os jogos da GROW desta época eram espetaculares (o "Jockey" é imbatível, claro que com as regras ligeiramente melhoradas por mim, como aliás sempre fiz com todos os Jogos...). Eles têm até mesmo um "Yam" original. Não resisti e adquiri um "Aventura na Selva" (também da GROW) e agradeci ao Fabio e ao Miguel: graças a eles, minha ida à Bienal foi mais do que justificada.
Esperava encontrar Editoras e Gráficas - por pura vaidade planejo editar 2 livros -, mas quase nada. No que mais se tropeça são vendedores de assinaturas de revistas que te abordam no meio dos corredores com o manjadíssimo "já retirou o seu brinde?". Alguns poucos stands valem a pena, mas creio que nada se compare às Feiras do Livro nas praças públicas do Rio.
O traje oficial dos Escritores é jeans e blaser, e portanto não se espante se você passar a me ver trajado desta forma. Afinal, se você quiser ser Diretor é necessário primeiramente se portar como um, mesmo ainda sendo Gerente...
Mas quem sabe volto lá uma vez mais. Afinal, trata-se de um Mundo em extinção - é um googol de títulos e lançamentos, e ninguém mais tem tempo para quase nada que não seja seu próprio umbigo. Mas é este o Mundo que me fascina; vou acabar junto com os Livros.
(ago/2010)
O estacionamento no Anhembi está custando R$25 para carros (algo como US$15), ou R$15 para minha moto (US$9). Mais caro do que muitos livros - é como se você fosse a uma Churrascaria e o estacionamento custasse mais do que o próprio espeto!
A entrada foi emocionante. Imaginava que o Pavilhão fosse estar meio deserto, mas qual! Usam os dias de semana para levar Escolas, e a Bienal estava absolutamente lotada de ruidosas crianças! Fiquei comovido por estar em ambiente tão monumental, completamente lotado por meus amados livros e com a algazarra dos excitados petizes; deixei-me levar pela ilusão de que a agitação era por causa dos livros...
Estando acostumado a muitas Feiras de Livros, fiquei extremamente decepcionado com o evento: em 95% dos casos os preços são os mesmos das lojas físicas. Trata-se apenas de um enorme "lojão", que se aproveita da afluência para vender (muito) mais a um preço superior ao da internet. Fui preparado para adquirir diversas peças mas acabei passando muitas horas no garimpo e resgatando pouquíssimas peças - com destaque para um "Planolândia" por R$5 (US$3)! Um grande e inesperado achado foi o stand da PLAYTOY, de apaixonados por antigos jogos de tabuleiros - o stand tem PILHAS de preciosidades. Eles resgatam peças inestimáveis como o maravilhosamente lúdico "Tapete Voador" da GROW, de 30 anos atrás (tenho um em perfeito estado, mas adquiri 2 peças adicionais...). Os jogos da GROW desta época eram espetaculares (o "Jockey" é imbatível, claro que com as regras ligeiramente melhoradas por mim, como aliás sempre fiz com todos os Jogos...). Eles têm até mesmo um "Yam" original. Não resisti e adquiri um "Aventura na Selva" (também da GROW) e agradeci ao Fabio e ao Miguel: graças a eles, minha ida à Bienal foi mais do que justificada.
Esperava encontrar Editoras e Gráficas - por pura vaidade planejo editar 2 livros -, mas quase nada. No que mais se tropeça são vendedores de assinaturas de revistas que te abordam no meio dos corredores com o manjadíssimo "já retirou o seu brinde?". Alguns poucos stands valem a pena, mas creio que nada se compare às Feiras do Livro nas praças públicas do Rio.
O traje oficial dos Escritores é jeans e blaser, e portanto não se espante se você passar a me ver trajado desta forma. Afinal, se você quiser ser Diretor é necessário primeiramente se portar como um, mesmo ainda sendo Gerente...
Mas quem sabe volto lá uma vez mais. Afinal, trata-se de um Mundo em extinção - é um googol de títulos e lançamentos, e ninguém mais tem tempo para quase nada que não seja seu próprio umbigo. Mas é este o Mundo que me fascina; vou acabar junto com os Livros.
(ago/2010)
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Proposta Indecente
O lançamento do filme "Proposta Indecente" com Demi Moore e Robert Redford em 1993 me levou a fazer uma enquete entre amigos e conhecidos do sexo masculino:
- "Se o Robert Redford oferecesse 1 milhão de dólares para uma “noitada sem limites” com você OU com sua Esposa, à sua escolha, quem você enviaria para o abate?"
Mas esta questão era demasiadamente etérea, e obtive poucas respostas objetivas. Alterei-a então para uma mais incisiva:
- "Se o Robert Redford oferecesse 1 milhão de dólares para uma noitada com você, você topava?"
Aqui tive várias boas respostas, mas as melhores foram de um Bom Amigo de quem não vou citar o nome (nem mesmo as iniciais!).
Na primeira vez que questionei, ele respondeu com uma outra pergunta:
- "Alguém ia ficar sabendo???"
Alguns meses depois, após nova indagação:
- "É sem beijo, né?!?"
Passado mais algum tempo, a nova resposta foi:
- "O perigo é gostar!..."
Ou seja: está respondido!
(ago/2010)
- "Se o Robert Redford oferecesse 1 milhão de dólares para uma “noitada sem limites” com você OU com sua Esposa, à sua escolha, quem você enviaria para o abate?"
Mas esta questão era demasiadamente etérea, e obtive poucas respostas objetivas. Alterei-a então para uma mais incisiva:
- "Se o Robert Redford oferecesse 1 milhão de dólares para uma noitada com você, você topava?"
Aqui tive várias boas respostas, mas as melhores foram de um Bom Amigo de quem não vou citar o nome (nem mesmo as iniciais!).
Na primeira vez que questionei, ele respondeu com uma outra pergunta:
- "Alguém ia ficar sabendo???"
Alguns meses depois, após nova indagação:
- "É sem beijo, né?!?"
Passado mais algum tempo, a nova resposta foi:
- "O perigo é gostar!..."
Ou seja: está respondido!
(ago/2010)
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Um dia ideal de trabalho
RS, Guru de Assuntos Corporativos, questiona qual seria meu dia ideal de trabalho.
Há mais de 1 ano venho pensando na resposta, que muda com a Lua.
Atualmente, meu dia ideal de trabalho seria: me sento no trono pela manhã, e os casos do Mundo me vêm sendo trazidos e explicados. E eu só dou as sentenças:
- "Decapitem."
- "Cortem as mãos."
- "Castrem."
- "Vai morar debaixo da ponte."
E assim por diante.
Mas o Guru de Assuntos Corporativos RS não deixa barato:
- "Tudo bem. Mas sentar no trono não paga salário..."
(ago/2010)
Há mais de 1 ano venho pensando na resposta, que muda com a Lua.
Atualmente, meu dia ideal de trabalho seria: me sento no trono pela manhã, e os casos do Mundo me vêm sendo trazidos e explicados. E eu só dou as sentenças:
- "Decapitem."
- "Cortem as mãos."
- "Castrem."
- "Vai morar debaixo da ponte."
E assim por diante.
Mas o Guru de Assuntos Corporativos RS não deixa barato:
- "Tudo bem. Mas sentar no trono não paga salário..."
(ago/2010)
domingo, 15 de agosto de 2010
Cara ou coroa
Os costumes mudam com o passar do tempo. Às vezes, até 100%.
Pelo que ouvimos falar, (muito) antigamente os casais usavam um lençol que isolava os parceiros durante a cópula (não há como usar outro termo para uma transa com uma aberração destas), com apenas um furo no meio para o “contato imprescindível”. O motivo seria o pudor.
Hoje em dia é exatamente o oposto! Graças à falta de confiança nos parceiros de transas fortuitas, as pessoas têm “full contact”, exceto nos próprios órgãos sexuais, que ficam (pelo que ouvimos falar) isolados por plastificação, graças a grotescas e terrivelmente incômodas camisas de vênus!
Aí está um ponto em que estou de acordo com diversas igrejas e religiões, que condenam os preservativos...
(ago/2010)
Pelo que ouvimos falar, (muito) antigamente os casais usavam um lençol que isolava os parceiros durante a cópula (não há como usar outro termo para uma transa com uma aberração destas), com apenas um furo no meio para o “contato imprescindível”. O motivo seria o pudor.
Hoje em dia é exatamente o oposto! Graças à falta de confiança nos parceiros de transas fortuitas, as pessoas têm “full contact”, exceto nos próprios órgãos sexuais, que ficam (pelo que ouvimos falar) isolados por plastificação, graças a grotescas e terrivelmente incômodas camisas de vênus!
Aí está um ponto em que estou de acordo com diversas igrejas e religiões, que condenam os preservativos...
(ago/2010)
sábado, 14 de agosto de 2010
O cachê da Playboy
Não acredito nestes cachês estratosféricos que são anunciados para as modelos da Playboy. Acredito que o que leva as Moças a posarem para a revista não é dinheiro, mas pura e exclusivamente a Vaidade (justificadíssima...). Mesmo a Playboy não pagando nada, elas se sentiriam felizes e orgulhosas por estamparem capas, posters e recheios.
Acho que o cachê da Playboy é ZERO! Os números que são anunciados são só para dar um pretexto socialmente aceitável (“é trabalho!”) à coisa...
(ago/2010)
Acho que o cachê da Playboy é ZERO! Os números que são anunciados são só para dar um pretexto socialmente aceitável (“é trabalho!”) à coisa...
(ago/2010)
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Machine Sublime
VIVE LA FÊTE
COMITE CLUB, Baixo Augusta, São Paulo, 05 de agosto de 2010
Há vários anos espero para ver um show da dupla belga VIVE LA FÊTE ao vivo. Quase cancelei a subida ao Campo Base do Everest em outubro de 2008 quando soube que iriam tocar em São Paulo naquele mês: afinal, o Everest continuaria lá, mas não sabia quando conseguiria ver o VLF novamente...
Finalmente consegui presenciar o espetáculo de electronic-dance-techno-guitar in loco. Na última hora o Amigo FM decidiu sacrificar horas preciosas de sono, e compareceu ao evento. Marcado inicialmente para as 22hs de uma 5ª feira em um Clube azul para 600 pessoas (quase um Aeroanta) na região central de São Paulo, o espetáculo ficou prometido para a meia-noite mas só começou à 01h30m da matina.
Sob uivos da platéia de todas as idades, iniciaram o show com “Nuit Blanche”, com os 4 músicos totalmente vestidos de preto com uma faixa preta de “Maquilage (c’est Camouflage)” sobre os olhos em estilo Pris, a replicante 'pleasure model' de Daryl Hannah em BLADE RUNNER. Já a louraça vocalista ELS PYNOO trajava colete militar preto... e calcinha! A sucessão de hits só era abafada pela performance exuberante de Els, que não pára de se mexer um único instante, jogando a cabeça e os cabelos de um lado para o outro ininterruptamente. Um jogo magistral de luzes, e a guitarra de DANNY MOMMENS cuspindo riffs como se fosse um Angus Young do techno dance. O baixista lembra um Robert Smith um pouco mais "recheado", o que imediatamente remete ao comentário de SIOUXE sobre o guitarrista do THE CURE quando estes excursionaram junto aos BANSHEES: "ele parece uma salsicha empanada". O tecladista executa o ritmo hipnotizante que caracteriza o VIVE LA FÊTE, e como todas as músicas são razoavelmente parecidas, a todo momento FM brada:
- "É desta música que eu gosto!"
Em determinada altura o ritmo muda um pouco, e ele reclama contrariado:
- "Eu gosto mais daquela outra..."
Quando a execução seguinte retoma a batida característica, ele balbucia com um sorriso de criança marota no rosto:
- "É esta!!! É desta que eu gosto!"
Passam por “La Vérité” e “Machine Sublime”, e tocam até mesmo “Jesus Christ Superstar”. Para mim o ponto alto é a espetacular “Noir Désir”, que executam sem os ups and downs do gran finale original, pelo contrário transformando tudo em uma avalanche sonora, um rolo compressor musical debaixo dos uivos e urros lacerados da loura lasciva de cacinha. Antológico, impagável, inesquecível.
A última música é a irresistível e envolvente “Ev’rybody Hates Me (‘cause I Rock’n’Roll)” do disco novo. Els apresenta então os músicos pelos primeiros nomes, faz biquinho francês para gemer "obrrigadô" e se retira do palco. Os 4 músicos começam a levar som pesado e o fazem por quase 1/2 hora, brincando com o prazer de uma "jam" ao vivo. Encerram com uma versão de "I Wanna Be Your Dog" dos STOOGES na qual o tecladista soca seu keybord com o punho fechado, extraindo o som do piano original da música através de um único movimento repetitivo que mais parece uma masturbação sem imaginação. Mas não é o fim do show: Danny Mommens, o guitarrista / composer / líder da Banda (algo como o Chris Stein da BLONDIE) desce do palco e pega uma deliciosa louraça belzebu quase platinada na platéia, e a leva para cima do palco. Coloca a guitarra nela e continua tocando o riff, abraçando-a por trás; depois pega seus braços e NO PALCO ensina a beldade a tocar a música, e enquanto ela arranha a guitarra amplificada e distorcida, desce novamente e pega OUTRA mulher na audiência e lhe entrega o microfone. Ela fica gritando "Now I wanna / be your dog!", e oferece o microfone a outras pessoas na primeira fila, que têm seu momento de Iggy. Enquanto isto, Danny abandona o palco (- "O cara vazou!" exclama sorridente e incrédulo um barbarizado FM) e o show acaba com baixo, bateria e teclados do VLF fazendo base para duas mulheres da platéia que performam na frente do palco! São 3 horas da manhã, e é a coisa mais punk que já vi na vida.
Saindo do COMITE CLUB, FM e eu subimos a Augusta que fervilha em uma madrugada gelada no inverno paulistano. Porradaria no meio do asfalto, nightclubs com luzes piscando, damas da noite, botecos e moçada. A noite vive. Voltamos para casa felizes com a experiência. Viva a Festa!
(ago/2010)
COMITE CLUB, Baixo Augusta, São Paulo, 05 de agosto de 2010
Há vários anos espero para ver um show da dupla belga VIVE LA FÊTE ao vivo. Quase cancelei a subida ao Campo Base do Everest em outubro de 2008 quando soube que iriam tocar em São Paulo naquele mês: afinal, o Everest continuaria lá, mas não sabia quando conseguiria ver o VLF novamente...
Finalmente consegui presenciar o espetáculo de electronic-dance-techno-guitar in loco. Na última hora o Amigo FM decidiu sacrificar horas preciosas de sono, e compareceu ao evento. Marcado inicialmente para as 22hs de uma 5ª feira em um Clube azul para 600 pessoas (quase um Aeroanta) na região central de São Paulo, o espetáculo ficou prometido para a meia-noite mas só começou à 01h30m da matina.
Sob uivos da platéia de todas as idades, iniciaram o show com “Nuit Blanche”, com os 4 músicos totalmente vestidos de preto com uma faixa preta de “Maquilage (c’est Camouflage)” sobre os olhos em estilo Pris, a replicante 'pleasure model' de Daryl Hannah em BLADE RUNNER. Já a louraça vocalista ELS PYNOO trajava colete militar preto... e calcinha! A sucessão de hits só era abafada pela performance exuberante de Els, que não pára de se mexer um único instante, jogando a cabeça e os cabelos de um lado para o outro ininterruptamente. Um jogo magistral de luzes, e a guitarra de DANNY MOMMENS cuspindo riffs como se fosse um Angus Young do techno dance. O baixista lembra um Robert Smith um pouco mais "recheado", o que imediatamente remete ao comentário de SIOUXE sobre o guitarrista do THE CURE quando estes excursionaram junto aos BANSHEES: "ele parece uma salsicha empanada". O tecladista executa o ritmo hipnotizante que caracteriza o VIVE LA FÊTE, e como todas as músicas são razoavelmente parecidas, a todo momento FM brada:
- "É desta música que eu gosto!"
Em determinada altura o ritmo muda um pouco, e ele reclama contrariado:
- "Eu gosto mais daquela outra..."
Quando a execução seguinte retoma a batida característica, ele balbucia com um sorriso de criança marota no rosto:
- "É esta!!! É desta que eu gosto!"
Passam por “La Vérité” e “Machine Sublime”, e tocam até mesmo “Jesus Christ Superstar”. Para mim o ponto alto é a espetacular “Noir Désir”, que executam sem os ups and downs do gran finale original, pelo contrário transformando tudo em uma avalanche sonora, um rolo compressor musical debaixo dos uivos e urros lacerados da loura lasciva de cacinha. Antológico, impagável, inesquecível.
A última música é a irresistível e envolvente “Ev’rybody Hates Me (‘cause I Rock’n’Roll)” do disco novo. Els apresenta então os músicos pelos primeiros nomes, faz biquinho francês para gemer "obrrigadô" e se retira do palco. Os 4 músicos começam a levar som pesado e o fazem por quase 1/2 hora, brincando com o prazer de uma "jam" ao vivo. Encerram com uma versão de "I Wanna Be Your Dog" dos STOOGES na qual o tecladista soca seu keybord com o punho fechado, extraindo o som do piano original da música através de um único movimento repetitivo que mais parece uma masturbação sem imaginação. Mas não é o fim do show: Danny Mommens, o guitarrista / composer / líder da Banda (algo como o Chris Stein da BLONDIE) desce do palco e pega uma deliciosa louraça belzebu quase platinada na platéia, e a leva para cima do palco. Coloca a guitarra nela e continua tocando o riff, abraçando-a por trás; depois pega seus braços e NO PALCO ensina a beldade a tocar a música, e enquanto ela arranha a guitarra amplificada e distorcida, desce novamente e pega OUTRA mulher na audiência e lhe entrega o microfone. Ela fica gritando "Now I wanna / be your dog!", e oferece o microfone a outras pessoas na primeira fila, que têm seu momento de Iggy. Enquanto isto, Danny abandona o palco (- "O cara vazou!" exclama sorridente e incrédulo um barbarizado FM) e o show acaba com baixo, bateria e teclados do VLF fazendo base para duas mulheres da platéia que performam na frente do palco! São 3 horas da manhã, e é a coisa mais punk que já vi na vida.
Saindo do COMITE CLUB, FM e eu subimos a Augusta que fervilha em uma madrugada gelada no inverno paulistano. Porradaria no meio do asfalto, nightclubs com luzes piscando, damas da noite, botecos e moçada. A noite vive. Voltamos para casa felizes com a experiência. Viva a Festa!
(ago/2010)
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Aviso: “Inception” (“A Origem”) é uma PORCARIA!
Este texto não contém ‘spoilers’, pois é impossível estragar algo que já é tão péssimo.
“Inception” (“A Origem”) é um filme sobre o mundo dos sonhos que consegue não ser onírico. Confunde “fantasia” com “forçação”. Só pancadaria, gratuita e desnecessária. Erraram no ator: não devia ser o DiCaprio, mas sim o Vin Diesel. Ou então o Van Damme.
É uma pena, pois idéia, orçamento e recursos são excelentes. Além de Marion Cotillard: o filme só não é nota zero porque ela está maravilhosa! Uma condescendente nota 1, portanto.
A grande vantagem de assistir “Inception” é que é a única sessão de cinema atualmente em que você não precisa ver o trailer de “Inception”!
A única coisa admirável no filme é que esta coooisa cause admiração em algumas pessoas cujas opiniões eu respeito!...
Mas se trata de um plot ilógico, que apela para soluções estrambóticas, irracionais, inaceitáveis e escalafobéticas, coisa de roteirista com Q.I. rasteiro. Não é que eu não aceite fantasias: muito pelo contrário, meu Mundo é inteiramente de Fantasia – e portanto eu sei do que falo, e o terreno em que piso. Me apresente um plot lógico – por exemplo, uma fadinha minúscula na qual só cabe um único pensamento e que joga um pó mágico de pirlimpimpim que quando você tem um pensamento feliz você voa – e OK, eu aceito! Mas não aquele monte de coisa forçada, ilógica, mal resolvida e sem criatividade nenhuma.
Vamos lá (e aqui talvez seja necessário você ter visto o filme, ou talvez deixar de ler se não o viu e planeja fazê-lo):
- levar máquinas para dentro dos sonhos?
- estas máquinas influenciarem a cabeça de outra pessoa??
- o que é aquele exército treinado, armado e violento à espreita para defender um cara que nem sabia que estava sonhando???
- o que é aquele limbo ridículo que se alguém sonhar que morre estando dopado não consegue mais sair????
- era fácil convencer Marion que ela não estava sonhando: era só mostrar que ela sabia e se lembrava como tinha chegado a qualquer um daqueles momentos (ao contrário do que acontece nos sonhos);
- quando sonhamos somos influenciados pelo que acontece no exterior porque nossos sentidos estão efetivamente percebendo o que ocorre no mundo físico. Assim, se você recebe água na cara ou se cai da cama, seus nervos, músculos, proprioceptores e sistema vestibular de equilíbrio dentro do ouvido interno estão efetivamente percebendo o que ocorre fisicamente no mundo real, e o transmitem para o sonho. Mas dizer que o que ocorre em um “nível 1 de sonho” seja retransmitido para o “nível 2 de sonho” não faz o menor sentido: o corpo físico não está percebendo coisa nenhuma, e portanto não tem como repassar nada para o sub-sub-consciente!
- e se repassa, porque o “nível 3 de sonho” não percebia? Porque o pessoal na fortaleza ártica não ficou flutuando no ar?
Passei boa parte do filme desejando ir embora, e só não fui porque esperava que acontecesse alguma coisa – qualquer coisa! – interessante, uma reviravolta, etc. Mas não acontece porra nenhuma, ao menos nada inteligente, apenas situações forçadas e pouco criativas, completamente estúpidas para forçar uma tensão que não existe. Um filme pretensioso e mal engendrado.
Propaganda enganosa. Uma completa perda de tempo.
(ago/2010)
“Inception” (“A Origem”) é um filme sobre o mundo dos sonhos que consegue não ser onírico. Confunde “fantasia” com “forçação”. Só pancadaria, gratuita e desnecessária. Erraram no ator: não devia ser o DiCaprio, mas sim o Vin Diesel. Ou então o Van Damme.
É uma pena, pois idéia, orçamento e recursos são excelentes. Além de Marion Cotillard: o filme só não é nota zero porque ela está maravilhosa! Uma condescendente nota 1, portanto.
A grande vantagem de assistir “Inception” é que é a única sessão de cinema atualmente em que você não precisa ver o trailer de “Inception”!
A única coisa admirável no filme é que esta coooisa cause admiração em algumas pessoas cujas opiniões eu respeito!...
Mas se trata de um plot ilógico, que apela para soluções estrambóticas, irracionais, inaceitáveis e escalafobéticas, coisa de roteirista com Q.I. rasteiro. Não é que eu não aceite fantasias: muito pelo contrário, meu Mundo é inteiramente de Fantasia – e portanto eu sei do que falo, e o terreno em que piso. Me apresente um plot lógico – por exemplo, uma fadinha minúscula na qual só cabe um único pensamento e que joga um pó mágico de pirlimpimpim que quando você tem um pensamento feliz você voa – e OK, eu aceito! Mas não aquele monte de coisa forçada, ilógica, mal resolvida e sem criatividade nenhuma.
Vamos lá (e aqui talvez seja necessário você ter visto o filme, ou talvez deixar de ler se não o viu e planeja fazê-lo):
- levar máquinas para dentro dos sonhos?
- estas máquinas influenciarem a cabeça de outra pessoa??
- o que é aquele exército treinado, armado e violento à espreita para defender um cara que nem sabia que estava sonhando???
- o que é aquele limbo ridículo que se alguém sonhar que morre estando dopado não consegue mais sair????
- era fácil convencer Marion que ela não estava sonhando: era só mostrar que ela sabia e se lembrava como tinha chegado a qualquer um daqueles momentos (ao contrário do que acontece nos sonhos);
- quando sonhamos somos influenciados pelo que acontece no exterior porque nossos sentidos estão efetivamente percebendo o que ocorre no mundo físico. Assim, se você recebe água na cara ou se cai da cama, seus nervos, músculos, proprioceptores e sistema vestibular de equilíbrio dentro do ouvido interno estão efetivamente percebendo o que ocorre fisicamente no mundo real, e o transmitem para o sonho. Mas dizer que o que ocorre em um “nível 1 de sonho” seja retransmitido para o “nível 2 de sonho” não faz o menor sentido: o corpo físico não está percebendo coisa nenhuma, e portanto não tem como repassar nada para o sub-sub-consciente!
- e se repassa, porque o “nível 3 de sonho” não percebia? Porque o pessoal na fortaleza ártica não ficou flutuando no ar?
Passei boa parte do filme desejando ir embora, e só não fui porque esperava que acontecesse alguma coisa – qualquer coisa! – interessante, uma reviravolta, etc. Mas não acontece porra nenhuma, ao menos nada inteligente, apenas situações forçadas e pouco criativas, completamente estúpidas para forçar uma tensão que não existe. Um filme pretensioso e mal engendrado.
Propaganda enganosa. Uma completa perda de tempo.
(ago/2010)
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Backstage Pass
RHANA ABREU
CANECÃO RJ, 30 de julho de 2010
GGF sempre disse que iria tocar no palco do Canecão (RJ) quando fizesse 50 anos.
Sua idéia era contratar uma Banda - os Titãs, ou talvez o Skank - para o show principal. E ele com amigos faria um show secundário, de abertura. Convidaria outros amigos para cantar. Há anos me perguntou o que eu cantaria no Canecão em seus 50 anos, o que me fez pensar: Cheap Trick? The Cars? Golden Earring? Mas até parece que eu não o conheço...
Há males que vêm para o bem. GGF quase quebrou a perna jogando futebol, e precisou operar o joelho. Inerte na cama, optou por aprender a tocar decentemente a guitarra que já arranhava. E o fez por intermédio da obra e graça de RHANA ABREU e sua Banda. Quando ficou bom (da perna, não na guitarra) foi convidado a tocar alive on stage aqui e ali, uma vez ou outra, em uma ou outra música, só para sentir o gostinho. Mas ele gostou do gostinho e foi fundo no Business. Começou a empresariar a Banda e a se dedicar mais às aulas. Assumiu o posto de guitarra base. A Banda foi crescendo, e ele junto. Open airs. Lançamento de CD. Programa do Jô. Troca de formação. Acústicos. Até que, no mês de seu cinqüentenário... um convite para tocar no Canecão!
Na condição de fotógrafo amador, ganhei backstage pass com acesso a camarins e Palco. E pude presenciar na totalidade um evento marcante para quem tem Rock nas veias e sinapses. As entrevistas com Rhana e Banda nos camarins. Os músicos dando os últimos retoques em seus instrumentos no palco, por trás da cortinas fechadas, eu lá, ouvindo o ruído da audiência de mais de mil pessoas do outro lado do pano. Rhana convoca todos para orar. Concentração... anunciação... e o show começa. Estou no palco, minha alma não cheira a talco, estou concentrado nas fotos e pouco consigo acompanhar o show, o foco é só no visual. Mas dá para perceber o amadurecimento de GGF na guitarra e de Rhana como frontwoman. A única vez que os havia visto fora 1 ano antes em um open-air em Cambuquira tumultuado por bêbados que desfilavam na boca do palco e pediam aos gritos:
- "Toca Raul!"
- "Toca Zé Ramalho!"
- "Toca Pink Floyd!"
Como vivemos em um País onde os direitos de poucos se sobrepõem aos de muitos (e assim 200 pés-rapados conseguem interromper o trânsito na Via Dutra, ou então 200 pés-rapados conseguem bloquear a Avenida Paulista, e assim por diante) os 8 bêbados conseguiram tumultuar um puta show ao ar livre. Mas não hoje: por mais que esteja concentrado nas fotos não consigo conter o entusiasmo nas versões ARRASADORAS de "Ovelha Negra", "Ideologia" e "Que País é Este", durante o set 'Homenagem'. É curioso: estas versões destas músicas são muito superiores às originais, e também àquelas feitas por outros intérpretes, o que me leva a concluir que NÃO É a qualidade das versões que faz o sucesso de uma Banda...
Após o show volto aos camarins do Canecão, que estão em festa. Belas e decotadas Sereias, muitos músicos, amigos e penetras. Pai & Mãe de Cazuza estão lá, e recebem uma procissão de fãs e admiradores do poeta que foi meu porta-voz, e pelo visto de muita gente; algo como Maria e José recebendo caravanas de fiéis após a morte de seu Filho. Me juntei às conversas, contei coisas que tinha visto Cazuza fazer ao vivo nos mais de 30 shows dele que vi, e ouvi ótimas histórias também.
Às 3 da manhã estou conversando com o filho de Rhana no palco vazio do Canecão deserto. Às 4 estou com GGF na Pizzaria Guanabara no Baixo Leblon. Ele sempre falou que iria tocar no Canecão quando fizesse 50 anos. E sempre falou também de um outro plano ainda mais audacioso e estratosférico, que não tenho dúvidas que vai se realizar. Quando isto ocorrer, aqui será registrado.
Provavelmente quando ele fizer 60 anos...
(ago/2010)
CANECÃO RJ, 30 de julho de 2010
GGF sempre disse que iria tocar no palco do Canecão (RJ) quando fizesse 50 anos.
Sua idéia era contratar uma Banda - os Titãs, ou talvez o Skank - para o show principal. E ele com amigos faria um show secundário, de abertura. Convidaria outros amigos para cantar. Há anos me perguntou o que eu cantaria no Canecão em seus 50 anos, o que me fez pensar: Cheap Trick? The Cars? Golden Earring? Mas até parece que eu não o conheço...
Há males que vêm para o bem. GGF quase quebrou a perna jogando futebol, e precisou operar o joelho. Inerte na cama, optou por aprender a tocar decentemente a guitarra que já arranhava. E o fez por intermédio da obra e graça de RHANA ABREU e sua Banda. Quando ficou bom (da perna, não na guitarra) foi convidado a tocar alive on stage aqui e ali, uma vez ou outra, em uma ou outra música, só para sentir o gostinho. Mas ele gostou do gostinho e foi fundo no Business. Começou a empresariar a Banda e a se dedicar mais às aulas. Assumiu o posto de guitarra base. A Banda foi crescendo, e ele junto. Open airs. Lançamento de CD. Programa do Jô. Troca de formação. Acústicos. Até que, no mês de seu cinqüentenário... um convite para tocar no Canecão!
Na condição de fotógrafo amador, ganhei backstage pass com acesso a camarins e Palco. E pude presenciar na totalidade um evento marcante para quem tem Rock nas veias e sinapses. As entrevistas com Rhana e Banda nos camarins. Os músicos dando os últimos retoques em seus instrumentos no palco, por trás da cortinas fechadas, eu lá, ouvindo o ruído da audiência de mais de mil pessoas do outro lado do pano. Rhana convoca todos para orar. Concentração... anunciação... e o show começa. Estou no palco, minha alma não cheira a talco, estou concentrado nas fotos e pouco consigo acompanhar o show, o foco é só no visual. Mas dá para perceber o amadurecimento de GGF na guitarra e de Rhana como frontwoman. A única vez que os havia visto fora 1 ano antes em um open-air em Cambuquira tumultuado por bêbados que desfilavam na boca do palco e pediam aos gritos:
- "Toca Raul!"
- "Toca Zé Ramalho!"
- "Toca Pink Floyd!"
Como vivemos em um País onde os direitos de poucos se sobrepõem aos de muitos (e assim 200 pés-rapados conseguem interromper o trânsito na Via Dutra, ou então 200 pés-rapados conseguem bloquear a Avenida Paulista, e assim por diante) os 8 bêbados conseguiram tumultuar um puta show ao ar livre. Mas não hoje: por mais que esteja concentrado nas fotos não consigo conter o entusiasmo nas versões ARRASADORAS de "Ovelha Negra", "Ideologia" e "Que País é Este", durante o set 'Homenagem'. É curioso: estas versões destas músicas são muito superiores às originais, e também àquelas feitas por outros intérpretes, o que me leva a concluir que NÃO É a qualidade das versões que faz o sucesso de uma Banda...
Após o show volto aos camarins do Canecão, que estão em festa. Belas e decotadas Sereias, muitos músicos, amigos e penetras. Pai & Mãe de Cazuza estão lá, e recebem uma procissão de fãs e admiradores do poeta que foi meu porta-voz, e pelo visto de muita gente; algo como Maria e José recebendo caravanas de fiéis após a morte de seu Filho. Me juntei às conversas, contei coisas que tinha visto Cazuza fazer ao vivo nos mais de 30 shows dele que vi, e ouvi ótimas histórias também.
Às 3 da manhã estou conversando com o filho de Rhana no palco vazio do Canecão deserto. Às 4 estou com GGF na Pizzaria Guanabara no Baixo Leblon. Ele sempre falou que iria tocar no Canecão quando fizesse 50 anos. E sempre falou também de um outro plano ainda mais audacioso e estratosférico, que não tenho dúvidas que vai se realizar. Quando isto ocorrer, aqui será registrado.
Provavelmente quando ele fizer 60 anos...
(ago/2010)
terça-feira, 10 de agosto de 2010
As 'Nêga'
Pego um táxi, e no trajeto o assunto recai sobre Amantes. O cara tem uma Amante há 14 anos! Pergunto curioso:
- "Alguma vez você confundiu o nome delas?"
A resposta é categórica:
- "Eu não! Chamo as duas de 'Nêga'..."
(ago/2010)
- "Alguma vez você confundiu o nome delas?"
A resposta é categórica:
- "Eu não! Chamo as duas de 'Nêga'..."
(ago/2010)
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
A vida útil das baterias
Os celulares estão ficando com tantos “gadgets” dependurados, que a vida útil das baterias está retornando ao que era no início de sua era. Lá pelo final dos anos 80 tínhamos que sair não somente com o celular “tijorola”, mas também com uma bateria reserva, pois elas duravam somente algumas horas e você ficaria na mão se não tivesse uma “spare”. Bem, atualmente estamos quase de volta a estes tempos.
O falecimento da bateria de um celular LG com apenas 10 meses de uso me levou (furioso) à Rua Santa Ifigênia, no centro antigo de São Paulo. Quem não conhece esta região deve se programar para visitá-la: me senti em Hong Kong, tamanha a quantidade de eletrônicos, computadores, celulares e equipamentos de som e luz empilhados e espalhados por toda a rua e adjacências. Tem de tudo, e a todos os preços e qualidades.
Como diferenciar uma bateria original de uma de “primeira linha”, ou segunda, ou terceira? O jeito de aprender é conhecendo. E visitei uns 50 muquifos, examinando cuidadosamente cada bateria que me ofereciam com meus óculos de leitura com 1,5 grau.
Conversando com os vendedores-especialistas e lendo os manuais dos celulares, acabei por aprender diversas recomendações sobre a vida útil das baterias, que aqui compartilho:
- Não acredite em quem diz que “agora as baterias não têm mais efeito memória”: elas têm, sim, sejam de Lithium, Nióbio, Íon, Condomium ou whatever. Assim, ao utilizar uma bateria, espere sempre que ela chegue ao esgotamento (indicador de “bateria fraca”) antes de recarregá-la.
- Ao recarregar, recarregue TODA a bateria de uma vez. Não ficar dando mini-cargas, que só deixam a bateria “mal acostumada”e “preguiçosa”.
- Não deixe a bateria conectada ao carregador após estar cheia. Isto faz com que ela “inche”, e a estraga em prazo curto. Ou seja, não deixar a bateria carregando overnight, e sim acompanhar a carga.
- É melhor recarregar com o telefone desligado.
- Na primeira e segunda cargas, deixar carregar por 6 – 8 horas, mesmo que antes disto o painel acuse “carga completa”. Somente nas demais cargas desligar imediatamente após estar “fully charged”.
Não sou nenhum expert em baterias, mas ouvi estas diretrizes de diversos vendedores diferentes. Tudo é bastante óbvio e intuitivo, e certamente mal não faz. Também li coisas parecidas nos manuais. É claro que estes procedimentos dão trabalho, e a decisão é sua; se preferir, você pode levar uma bateria de reserva. Neste caso, bem-vindo aos anos 80!
(ago/2010)
O falecimento da bateria de um celular LG com apenas 10 meses de uso me levou (furioso) à Rua Santa Ifigênia, no centro antigo de São Paulo. Quem não conhece esta região deve se programar para visitá-la: me senti em Hong Kong, tamanha a quantidade de eletrônicos, computadores, celulares e equipamentos de som e luz empilhados e espalhados por toda a rua e adjacências. Tem de tudo, e a todos os preços e qualidades.
Como diferenciar uma bateria original de uma de “primeira linha”, ou segunda, ou terceira? O jeito de aprender é conhecendo. E visitei uns 50 muquifos, examinando cuidadosamente cada bateria que me ofereciam com meus óculos de leitura com 1,5 grau.
Conversando com os vendedores-especialistas e lendo os manuais dos celulares, acabei por aprender diversas recomendações sobre a vida útil das baterias, que aqui compartilho:
- Não acredite em quem diz que “agora as baterias não têm mais efeito memória”: elas têm, sim, sejam de Lithium, Nióbio, Íon, Condomium ou whatever. Assim, ao utilizar uma bateria, espere sempre que ela chegue ao esgotamento (indicador de “bateria fraca”) antes de recarregá-la.
- Ao recarregar, recarregue TODA a bateria de uma vez. Não ficar dando mini-cargas, que só deixam a bateria “mal acostumada”e “preguiçosa”.
- Não deixe a bateria conectada ao carregador após estar cheia. Isto faz com que ela “inche”, e a estraga em prazo curto. Ou seja, não deixar a bateria carregando overnight, e sim acompanhar a carga.
- É melhor recarregar com o telefone desligado.
- Na primeira e segunda cargas, deixar carregar por 6 – 8 horas, mesmo que antes disto o painel acuse “carga completa”. Somente nas demais cargas desligar imediatamente após estar “fully charged”.
Não sou nenhum expert em baterias, mas ouvi estas diretrizes de diversos vendedores diferentes. Tudo é bastante óbvio e intuitivo, e certamente mal não faz. Também li coisas parecidas nos manuais. É claro que estes procedimentos dão trabalho, e a decisão é sua; se preferir, você pode levar uma bateria de reserva. Neste caso, bem-vindo aos anos 80!
(ago/2010)
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Segundo Piloto
Anos atrás circulou um rumor que o salário do Rubens Barrichello na Ferrari seria "subvencionado" pela Rede Globo. Afinal, sem um piloto brasileiro de ponta – ou ao menos em uma equipe de ponta – as corridas de Fórmula 1 perderiam todo o apelo para o público brasileiro, e a audiência cairia abaixo até mesmo de outras Fórmulas. Assim, para a Globo era mais barato pagar os tais US$ 5,5 milhões por temporada do Barrica do que perder 10 vezes mais em patrocínios, audiência e status. Fazia sentido. Pelo lado da Ferrari, bastava ter 1 piloto de ponta, era o suficiente; o outro assento era então vendido, para abaixar os custos e faturar algum.
Isto ficou mais evidente quando posteriormente vieram a ocorrer os eventos Schumacher / Barrica, onde (graças a um piti na reta de chegada que certamente não fazia parte do acordo) ficou claro para o Mundo que o brasileiro efetivamente era um Segundo Piloto. Nenhuma surpresa.
A situação se repete com o atual piloto brasileiro na Ferrari, sem tirar nem por, a única diferença sendo talvez um certo “escaldamento” por parte do público brasileiro, que não quer passar a mesma vergonha novamente. E dá-lhe acobertamento, fingimento e hipocrisia, que vinha funcionando, até que...
... até que Fernando Alonso fez uma ultrapassagem humilhante na entrada dos boxes no GP da China, na 4a. corrida desta temporada. O que fez o bravo, orgulhoso e combativo piloto brasileiro? NADA! Baixou a crista, “não quis brigar”, ficou quietinho, humilhou-se. E porquê? É óbvio: porque era - é - o Segundo Piloto da Ferrari. Provavelmente com o salário novamente bancado pela Globo, que não quer perder audiência, a Ferrari fatura, etc. Nada mudou desde os tempos do Barrica: a Massa ainda é a mesma!
Curiosamente, o evento que destapou o estrume não foi uma situação de rebaixamento de um Segundo Piloto. Felipe Massa ter deixado o Alonso passar no GP da Alemanha foi absolutamente normal, pois ele não tem mais como ganhar o Campeonato, e o Alonso sim, embora seja difícil. O que queriam os altivos torcedores brasileiros, que o Massinha fechasse a porta e os dois morressem afogados abraçados? Acorda, galera!!! Puro profissionalismo, jogo de equipe. A atitude foi corretíssima. A única estupidez foi o brasileiro não ter feito a coisa de modo mais sutil, forçando a equipe a dar-lhe uma ordem pelo rádio. Causa espanto, aliás, que isto não estivesse combinado desde os boxes. É mais coerente que tal acerto - da mesma forma que no caso de Barrichello, anos atrás - já estivesse previamente definido, porém na hora da concretização a vaidade do Piloto fala mais alto, e ele faz questão de mostrar ao Mundo que "eu venceria a corrida se não tivesse que cumprir uma ordem". Naquele momento ele não pensa em repercussão negativa, apenas nos louros que estão sendo negados a sua superioridade. Se assim for, o Felipe fez massa fecal; expôs o jogo, e o futuro dele na Ferrari pode estar em perigo.
A não ser que a Rede Globo segure...
(ago/2010)
Isto ficou mais evidente quando posteriormente vieram a ocorrer os eventos Schumacher / Barrica, onde (graças a um piti na reta de chegada que certamente não fazia parte do acordo) ficou claro para o Mundo que o brasileiro efetivamente era um Segundo Piloto. Nenhuma surpresa.
A situação se repete com o atual piloto brasileiro na Ferrari, sem tirar nem por, a única diferença sendo talvez um certo “escaldamento” por parte do público brasileiro, que não quer passar a mesma vergonha novamente. E dá-lhe acobertamento, fingimento e hipocrisia, que vinha funcionando, até que...
... até que Fernando Alonso fez uma ultrapassagem humilhante na entrada dos boxes no GP da China, na 4a. corrida desta temporada. O que fez o bravo, orgulhoso e combativo piloto brasileiro? NADA! Baixou a crista, “não quis brigar”, ficou quietinho, humilhou-se. E porquê? É óbvio: porque era - é - o Segundo Piloto da Ferrari. Provavelmente com o salário novamente bancado pela Globo, que não quer perder audiência, a Ferrari fatura, etc. Nada mudou desde os tempos do Barrica: a Massa ainda é a mesma!
Curiosamente, o evento que destapou o estrume não foi uma situação de rebaixamento de um Segundo Piloto. Felipe Massa ter deixado o Alonso passar no GP da Alemanha foi absolutamente normal, pois ele não tem mais como ganhar o Campeonato, e o Alonso sim, embora seja difícil. O que queriam os altivos torcedores brasileiros, que o Massinha fechasse a porta e os dois morressem afogados abraçados? Acorda, galera!!! Puro profissionalismo, jogo de equipe. A atitude foi corretíssima. A única estupidez foi o brasileiro não ter feito a coisa de modo mais sutil, forçando a equipe a dar-lhe uma ordem pelo rádio. Causa espanto, aliás, que isto não estivesse combinado desde os boxes. É mais coerente que tal acerto - da mesma forma que no caso de Barrichello, anos atrás - já estivesse previamente definido, porém na hora da concretização a vaidade do Piloto fala mais alto, e ele faz questão de mostrar ao Mundo que "eu venceria a corrida se não tivesse que cumprir uma ordem". Naquele momento ele não pensa em repercussão negativa, apenas nos louros que estão sendo negados a sua superioridade. Se assim for, o Felipe fez massa fecal; expôs o jogo, e o futuro dele na Ferrari pode estar em perigo.
A não ser que a Rede Globo segure...
(ago/2010)
terça-feira, 3 de agosto de 2010
O Fã do Fish
Em outubro de 2001, um de meus grandes ídolos, FISH (frontman da única formação decente do MARILLION, já então em carreira solo) se apresentou em São Paulo e no Rio, na excursão “Fellini Days”.
O show de Sampa no Direct TV Music Hall no dia 10/out foi espetacular. Como se trata de artista completamente “cult”, a platéia era composta prioritariamente por nerds, geeks e afins (anos depois, em um outro show dele no Olympia/SP, minha Namorada comentou: “este é o lugar perfeito para eu trazer amigas solteiras!”). Estávamos todos irmanados pela idolatria a Derek Dick, e o ambiente pré-show era de total descontração e fraternidade. Gente que nunca tinha se visto se tratava como velhos conhecidos, e acabei fazendo contato com diversos amigos de fé e irmãos camaradas.
Dois dias depois (12/out/01) o Peixe ia se apresentar no Canecão no Rio. Eu estava tão emocionado e deslumbrado com a apresentação paulista que viajei para o Rio para assistir de novo à gig, desta vez acompanhado pelo Brother Gloug (a foto anexa é exatamente deste evento, nós dois na mesa do Canecão).
Chegamos cedo ao Canecão, e quem encontro lá sentado em uma das mesas? RPAF, que eu tinha conhecido dois dias antes no show em Sampa! Estava acompanhado pela Esposa M, e tinha levado um álbum de fotos do FISH tiradas por ele.
O cara sem dúvida era muito mais fã do que eu (e olhe que sou um bitolado!...). Ele foi à Escócia para uma convenção de fãs (o fã-clube se chama The Company), na casa do próprio Fish. E tirou diversas fotos do evento. Fiquei folheando o álbum, fotos das pessoas, de músicos, da casa do Peixe... até que uma foto me despertou mais curiosidade: uma vista de cima de um vaso sanitário, aberto.
Perguntei ao Fã do Fish que foto era aquela, e ele me explicou:
- “Lá pelas tantas me deu vontade de fazer xixi, e perguntei onde era o banheiro. Me indicaram, e eu entrei na casa. Enquanto urinava, me ocorreu: É AQUI QUE O HOMEM CAGA! E tive que tirar uma foto!...”
Fã é isto!
(ago/2010)
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Lavando as calcinhas
A quase nonagenária Tia Y foi casada durante alguns anos, há mais de 60 anos. Certa vez enquanto eu ainda era criança ouvi alguém perguntar a ela:
- “E aí, vai casar de novo?”
Adorei a irreverência da resposta:
-“Eu não. Estou cansada de lavar cueca de Homem!”
Pensar neste comentário ao longo dos anos acabou por me levantar uma questão.
Especulo que atualmente a grande maioria das Mulheres - se não todas - lavem suas calcinhas durante o banho, ao contrário dos Homens que colocam suas samba-canções na máquina de lavar.
No entanto, em rápida enquete familiar que realizei, constatei que minhas Avós não tinham este hábito.
Decobri ainda que são as Mães que ensinam este ritual a suas Filhas. Mas as Mães que hoje têm 70 anos não aprenderam isto com suas próprias Mães.
Tal especulação nos leva a estreitar uma período para o início do hábito: nos anos 40 as calcinhas usadas iam para as aias, amas, lavadeiras, governantas e afins; mas nos anos 70 já eram lavadas por suas próprias usuárias.
Não consigo ir além deste ponto no raciocínio. O que aconteceu neste período para que as Mulheres desenvolvessem este hábito? Seria um obscuro efeito colateral das queimas de sutiãs?
A disseminação das máquinas de lavar nos anos 60 não levou as Mulheres a tirarem a mão da massa. O que ocorreu, então? O que levou as Mulheres da geração de minha Mãe a desenvolverem este procedimento?
Espero não ser esbofeteado na pesquisa de campo que planejo efetuar para deslindar este mistério. Tudo em prol do conhecimento!
(jul/2010)
- “E aí, vai casar de novo?”
Adorei a irreverência da resposta:
-“Eu não. Estou cansada de lavar cueca de Homem!”
Pensar neste comentário ao longo dos anos acabou por me levantar uma questão.
Especulo que atualmente a grande maioria das Mulheres - se não todas - lavem suas calcinhas durante o banho, ao contrário dos Homens que colocam suas samba-canções na máquina de lavar.
No entanto, em rápida enquete familiar que realizei, constatei que minhas Avós não tinham este hábito.
Decobri ainda que são as Mães que ensinam este ritual a suas Filhas. Mas as Mães que hoje têm 70 anos não aprenderam isto com suas próprias Mães.
Tal especulação nos leva a estreitar uma período para o início do hábito: nos anos 40 as calcinhas usadas iam para as aias, amas, lavadeiras, governantas e afins; mas nos anos 70 já eram lavadas por suas próprias usuárias.
Não consigo ir além deste ponto no raciocínio. O que aconteceu neste período para que as Mulheres desenvolvessem este hábito? Seria um obscuro efeito colateral das queimas de sutiãs?
A disseminação das máquinas de lavar nos anos 60 não levou as Mulheres a tirarem a mão da massa. O que ocorreu, então? O que levou as Mulheres da geração de minha Mãe a desenvolverem este procedimento?
Espero não ser esbofeteado na pesquisa de campo que planejo efetuar para deslindar este mistério. Tudo em prol do conhecimento!
(jul/2010)
domingo, 1 de agosto de 2010
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