quinta-feira, 23 de maio de 2013

Steven Wilson live in Sampa


21/maio/2013, Teatro Bradesco (SP)

Praticamente não houve anúncio. Vi certa vez um documentário que explicava que na selva nenhum animal pode dormir profundamente, pois certamente será (desagradavelmente) surpreendido. Pelo jeito, na cidade grande também não dá: quando você descobre, o show já foi. Fato é que STEVEN WILSON, faz-tudo e muro-de-arrimo do PORCUPINE TREE (uma das poucas grandes Bandas Progressivas recentes) se apresentaria em São Paulo em uma noite de segunda-feira.

Como o profundo conhedor e Amigo Aldo é fã inconteste e inveterado da banda (e apaixonado pelo Steven Wilson, incansável produtor batalhador remixador e resgatador do material progressivo de outras bandas) e o Sr. Star também gosta do Porco-Espinho, a oportunidade pareceu ser uma obrigação. Impus uma condição: só iria no lugar mais barato, uma frisa no 3º andar ao módico preço de 1 galo. Estrella topou, e lá fomos nós de moto.

O que aconteceu com nossos ingressos fica como um well-kept secret; pergunte diretamente ao Estrella ou a mim. Só adianto que foi coisa boa - e uma lição para o futuro...

O show começou pontualmente, e a meia hora inicial foi nada menos do que INSUPORTÁVEL. A coisa mais pretensiosa que já vi: instrumentos ligados e em silêncio no palco deserto, ao fundo uma projeção em preto-e-branco de uma foto de um Planeta, na frente do qual passavam algumas nuvens em câmara lentíssima. O som ambiente era algo que Estrella descreveu como “Kitaro com diarréia”. O Planeta se transformava lentamente em uma máscara (como na capa do disco) e voltava, vagarosa e interminavelmente. Com 15 minutos de execução (que pareceram duas horas) ninguém agüentava mais, e começaram palmas e em seguida apupos. Foi todo mundo ficando PUTO e começando a xingar. Aquilo deveria ser um preâmbulo durante a entrada das pessoas no Teatro, e não um início de gig. Após uma eternidade de mais 15 minutos entram os músicos, sob palmas efusivas - ou melhor, aliviadas - da audiência que não lota o Teatro. Início muito bom, pesado, limpo, bem executado, instrumental perfeito, muito bom mesmo!

Começa a segunda música, e Steven interrompe o show: - “STOP!”. As luzes se acendem, ele se dirige ao microfone e à plateia: -“Sorry guys, this is a disaster, it’s all screwed up. Can we, uh, RESTART the show?” Aponta para o baixista e diz: - “And it is YOUR fault!”

A platéia não sabe o que manifestar, eu grito -“NOOOOOO!”, troçando com o medo de um repeteco daquela meia hora que durou vinte. Mas o cara COMEÇA O SHOW DE NOVO, e aí já estamos envolvidos pela música e dá para ver que É MUITO BOM.
(Nota: fiquei com a impressão de que esta parada pode ter sido armação para desconcertar ou capturar a platéia. Porque a verdade é que a segunda execução daquela primeira música foi diferente da primeira versão: por exemplo, não teve o longo solo de teclados de Mr. Wilson. Uma interrupção dramática... e programada. Fica todo mundo achando admirado: “nossa, quanto perfeccionismo!”)

Prossegue o show. Um guitarrista excelente, som altíssimo, distorção e peso na medida. Um dos shows mais altos que já ouvi, todos os órgãos do corpo vibram. SW se comporta como um Maestro, passeando descalço e sem parar pelo palco, e tocando ora guitarra, ora baixo, ora bateria. Ás vezes só canta e às vezes não faz nada, fica sentado olhando. Um interessante side effect de shows ao vivo é que a expectativa te leva a re-ouvir os discos da Banda. Em função de shows recentes eu voltei a ouvir a discografia do Nektar e do Porcupine Tree; e desde já estou ouvindo Black Sabbath, em preparação para a gig dentro de 5 meses.

- “É... muitcho... bom... extar de volta aqui nechte país... (longa pausa, gestos pedindo paciência)... ma... ra... vi... josso!”
E completou:
- “Uff! This took me HOURS of rehearsal!”

A base do show é o disco solo “The Raven that Refused to Sing”, que parece ser muito bom (mas infelizmente será impossível ouví-lo em casa na mesma altura...). Alguns trechos remetem a Genesis “Trespass”, outros a “Supper’s Ready”. Um pedaço eu JURO que era “Stairway to Heaven”! Às vezes no entanto fica excessivamente barulhento, ou como praguejava Mr. Star: - “Isto aí é DREAM THEATER!” É isto aí, Aldo: você conseguiu fazer o Estrella assistir o DT...

- “Did you ever have the strange feeling that you went to a Disco party and you’re the only one dancing? That’s how I feel playing to a seated audience. It’s weird! It’s a rock’n’roll show! Sort of... So, if you’d like to, stand up!”

Metade da audiência se levantou. Quem estava sentado mais para trás, na parte inclinada da platéia, pôde optar por continuar sentado/a com a visão primorosa do show primoroso. Era possível ir à frente e retornar ao confortável assento onde o som estava mais bem distribuído. Diversas formas de assistir a um show simplesmente sensacional.

Todos se abaixam para o solo de teclado, como ocorreu na véspera no solo de bateria do David Jackson & Alex Carpani Band na Virada Cultural.

Eu tinha resistência a Steven Wilson e Porcupine Tree por imaginar que seria muita guitarra e pouco teclado - um mal de Bandas "Progressivas" cujo cara principal é guitarrista - mas me enganei. A “tecelagem” de teclados é quase onipresente.

Baixa uma tela semi-transparente na frente do palco e os músicos contnuam tocando atrás, sendo vistos de forma difusa. Este recurso já foi (melhor) exploado pelo NINE INCH NAILS na excursão “Live Beside You In Time”. Mas é sem dúvida um belíssimo efeito.

- “The next  song is composed of many long and very pretentious moments of silence NOT intended to audience participation. So, in case you have something to say or scream, please do it now.”
A platéia começou a urrar nomes de músicas do Porcupine Tree.
- “You are mentioning names of songs I don’t know!”
Um gaiato a meu lado grita:
- Toca Raul!!!”

SW conversa bastante com a platéia, explica a história de cada música; foi extremamente simpático e acessível durante toda a apresentação.

Na hora do bis, Steve anuncia:
- “I don’t have any hits (gargalhadas) and this is a GOOD thing, because I can play any fucking thing that I want! I have many solo works under many names, among which the first three Porcupine Tree records (delírio). Porcupine Tree started as a solo project - like this, today.”
E manda uma música que faz a galera sing along aos urros.

Continuo com minha opinião de décadas: a Música Progressiva é a EVOLUÇÃO da Música Clássica. Em entrevista dada em 2012, Clem Burke (baterista do BLONDIE) comentou (em interpretação livre) que “o Rock é o Jazz atual. Se tornou uma coisa de nicho, de gueto; é boa e tem seus seguidores fiéis, mas não é mais o mainstream, e não irá muito além disto”. O Rock Progressivo é ainda mais nicho e gueto, coisa de nerd terminal; é portanto com imensa satisfação que encontro um novo veio (embora com muita coisa exagerada e desnecessáriamente cacofônica, como diz a 7-yr old Fernanda Estrella).

Com duração superior a 3 horas, este foi meu 4º (excelente) show em menos de 48 horas. É possível que o fim da gig tenha sido igual à meia hora inicial, com a projeção e o som ambiente “music for elevators” que ouvi já de dentro do banheiro.

Esteja  você em Baltimore, San Luis Obispo, Lisboa, Florianópolis, Rio de Janeiro, Miami, Júpiter ou wherever, se vir o anúncio não deixe da assistir ao show do Steven Wilson. Com ou sem o Porcupine Tree.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

... mas não perde a piada


Ele era meu Amigo havia muito tempo.
Ela era minha Namorada havia pouco tempo.
Os prefixos dos celulares de ambos eram os mesmos.
Natural, portanto, que ao telefonar para ela certo dia eu me confundisse e inadvertidamente ligasse para ele.
- “Alô.”
Estranhei aquela voz masculina. Titubeante, perguntei:
- “A Sicrana está?”
Ele entendeu rápido a situação, e mandou:
- “Ela está com a boca cheia!...”

(22/mai/2013)

terça-feira, 21 de maio de 2013

VAN DER GRAAF GENERATOR (ou quase) na Virada Cultural SP 2013 (3 de 3)


(Palco São João, domingo 19 de maio de 2013, 18hs)

Quando eu soube, foi difícil acreditar: DAVID JACKSON iria tocar na virada Cultural! O saxofonista de meu venerado VAN DER GRAAF GENERATOR, banda progressiva que considero a mais complexa de se entender e gostar. Cabem algumas explicações: egresso dos anos 70 (claro), o VdGG era formado por 2 tecladistas, um baterista e este saxofonista. Sempre tive imensa dificuldade em alcançar a profundidade de suas músicas, sendo que no caso de alguns álbuns cheguei a levar décadas para entender (parcialmente); no caso de outros, continuo tentando! O que acaba sendo um alívio no marasmo que se tornou a Música, que se soma à covardia de bandas antigas e famosas ainda em atividade que repetem ad nauseam setlists exauridos há décadas.

O grande gênio e mentor é (pois o VdGG continua ativo) o compositor Peter Hammill. David Jackson deixou a Banda em 2006, e eu não tinha idéia do que passou a fazer a partir de então.

Terminado o show do NEKTAR, eu dispunha de um intervalo de 30 minutos. Dos banheiros químicos mais próximos escorria um volumoso carpete de urina, exalando um odor de uréia que deixava a área inaproximável. Em busca de banheiros menos entupidos e fétidos acabei vagando pela Avenida São João. Damas da noite, travestis e demais habitueés faziam suas festas, passeando, bebericando, curtindo, acompanhando os eventos. Muitos casais homo, talvez a maioria. Parei no simpático boteco Cantinho da Mesquita onde uma TV passava ao vivo os 15 minutos finais de Santos x Corinthians, a final do Paulistão. Pedi minha bebida de sempre (vodka com suco de maracujá coado e açúcar), que o barman “deixa comigo!” preparou nas seguintes proporções: meio copo (dos grandes) com maracujá coado, açúcar e gelo; e o restante meio copo (dos grandes) de smirnoff. Desnecessário dizer que 6 horas mais tarde eu ainda estava bêbado... Encontrei um cara com uma camiseta do Van der Graaf. -“Como você conseguiu?”, perguntei estupefacto (pois não encontro camisetas deles nem em Londres); “mandei fazer, é claro!” foi a resposta, é claro. Estava acompanhado por um corinthiano que deixou de ver a Final para assistir NEKTAR e DAVID JACKSON:
- “Perder isto? COMO???”

Acompanho o jogo até o fim, saio do Cantinho da Mesquita e me dirijo ao palco com sua exígua audiência. Vejo outro cara com outra camiseta do Van der Graaf, me aproximo e repito a pergunta: -“Como você conseguiu?”. A roda de amigos se abre e lá estão os mesmos dois que eu encontrara no boteco. -“Olha ele aí de novo!”, me saúdam, e o que se segue é uma saraivada: -“Ele é a cara do Peter Hammill!”; “vamos tirar uma foto com o Peter Hammill”, etc. Já fui confundido com o Ritchie em um show do Marcelo Nova, agora virei Peter Hammill. (E a resposta a minha pergunta foi a mesma: -“Mandei fazer, é claro”. É claro.)

Às 18h15m, David Jackson e a italiana ALEX CARPANI BAND ocupam o palco. A Itália foi o país onde o VdGG fez mais sucesso. Não gosto de sax (que chamo de “cornetas”), mas não sabia que existiam tantas lágrimas dentro de mim até ver e ouvir David Jackson tocando a 10 metros de distância. Tocavam Van der Graaf Generator; era um show de covers somente de músicas do VdGG!!!

Ao final da primeira música, a platéia grita algo que jamais imaginei ouvir (ou gritar):
- “AUMENTA O SAX!”
Apresentações (em italiano):
- “Em homenagem a vocês, hoje estamos com um baixista brasileiro: Gabriel Costa, do VIOLETA DE OUTONO!”

A segunda música é “Sleepwalkers”. A noite cai, a smirnoff sobe, a emoção domina: o show é ESPETACULAR!!! Existe vida inteligente neste Planeta, afinal; e boa parte está concentrada na frente do Palco São João às 19hs deste domingo.

Quase toda grande Banda se baseia em 2 gênios (Page & Plant, Jagger & Richards, McCartney& Lennon), e o VdGG tinha Peter Hammill & - agora descubro - David Jackson. Não eram apenas as composições, afinal; a interpretação do corneteiro fazia TODA a diferença na música do Van der Graaf. Pois aqui os arranjos com uma banda completa (incluindo guitarra e baixo) e com uma galera jovem e cheia de energia mostra que o movimento de Mr. Jackson foi brilhante: as versões são nada menos do que primorosas, e o show é entusiasmante. Evidencia que Peter Hammill é o maior gênio musical de nossas existências. Tocam “Refugees”, e o que já era um choro descontrolado se torna convulsivo. Jamais chorei tanto em um show, jamais fiquei tão completamente emocionado. Muita gente nova olha mais para mim do que para o palco, e imagino que esteja imaginando: “what the fuck?!?”.

Foi uma demonstração de extrema coragem e conhecimento dos organizadores da Virada trazerem o NEKTAR e o DJ+ACB=VdGG; minha gratidão e reconhecimento.

David brinca com a platéia:
- “We were told not to mention Argentina here...”

Tocam “Killer”. David toca 2 saxofones simultaneamente - sua marca registrada - quase o tempo todo.

Entram então os mais de 10 minutos de “Man-Erg”. A música de minha vida, com sua melodia gloriosa e letra idem (♫♪♫ “The Killer lives inside me... / The Angel lives inside me... / I too, live inside me...” ♫♪♫) . Meu coração não resiste. Estou morto. A partir daí você pode até pensar que está conversando comigo, mas se engana: marcio ficou naquela platéia, naquele show, naquele palco. O marcio (se) acabou ali.

No solo de bateria, toda a banda se abaixa, senta, ajoelha, para que somente o batera seja visto; belo gesto.

O genial bis encerra com “Theme One” e David comanda a platéia: tocando uma flauta quase infantil, faz com que todos cantem o lá,lá-lá-lá-lá-lá do ritmo original da canção; e então ele nos acompanha! Absolutamente simples, majestoso e tocante; absolutamente lindo.

O show acaba às 19h40m. A Virada já terminou, os banheiros químicos já foram retirados, sigo para a Praça da Bandeira em busca dos ônibus mas o Centro já está bastante deserto e começa a ser ameaçador. Após 2 shows deste quilate seguidos, estou emocionalmente destroçado.

Ouça “Refugees”, ouça “Man-Erg”, e você conhecerá Van der Graaf Generator. Conhecerá Peter Hammill.

Me conhecerá.


(Nota 1: não saiu NENHUMA nota no jornal sobre estes dois shows primorosos, seja antes ou depois dos eventos, ilustrando aquela consideração sobre a dificuldade em encontrar vida inteligente neste Planeta.)

(Nota 2: eu sei que “inaproximável” não existe, mas é a palavra que melhor exprime aqueles banheiros.)

segunda-feira, 20 de maio de 2013

NEKTAR na Virada Cultural SP 2013 (2 de 3)


(Palco São João, domingo 19 de maio de 2013, 16hs)

Chego ao cruzamento de São João com Ipiranga às 16h15m, a tempo de ouvir os maravilhosos acordes iniciais da espetacular “A Tab In The Ocean” serem executados no palco que ainda dista 500 metros. Que diferença para o (excelente) show de Sidney Magal na véspera, às 23hs no Largo do Arouche. Temperatura outonal agradabíssima (ontem estava frio), sem o clima pesado de posso-ser-assaltado-a-qualquer-momento da véspera, quando as ruas estavam entupidas de pessoas, muitas das quais com aparência francamente ameaçadora - e em enormes grupos espalhados por todos os cantos e buracos. Para hoje eu imaginava que em se tratando de uma Banda Progressiva inglesa que fez sucesso principalmente na Alemanha nos anos 70, tocando no mesmo horário da final do Campeonato Paulista, eu seria o ÚNICO na frente do palco. Mas não: à medida que me aproximo, noto que as talvez mil pessoas estão deslumbradas com o que ouvem. Uma platéia principlamente da minha idade, ou quase

Sem as “liquid lights”, o NEKTAR é atualmente um quarteto. ROYE ALLBRIGHTON, fenomenal guitarrista e vocalista, membro fundador, ocupa o centro do palco e da música. O NEKTAR é a Banda Progressiva que melhor consegue ter a guitarra como instrumento principal; de maneira geral, quando o guitarrista é também o cantor e principal compositor em uma banda de Rock Progressivo, ele tende a querer se sobressair, e sua banda acaba se tornando mero suporte para toneladas de Ego. Outro membro fundador é o baterista RON HOWDEN. O tecladista alemão KLAUS (“I am an oldschool keyborder”) HENATSCH e o baixista LUX VIBRATUS (que parece saído do System Of A Down) completam a formação que hipnotizou a platéia por 80 minutos.

Foram apenas 6 músicas:
1. A Tab In The Ocean
2. (- “From the same album:”) Desolation Valley
3. (- “Remember that song, many years ago?”) Remember The Future - versão com 35 minutos!
4. Crying In The Dark / King Of The Twilight
5. Preacher
6. Recycled part 1

Durante boa parte do show fico a uns 20 metros do palco, ao lado de um pós-puberdade que tem interesse em saber o máximo a respeito daquela Banda. A certa altura, ele comenta:
- “Eu poderia ir embora agora, e este já teria sido o melhor show de minha vida!”

À minha esquerda, uma lourinha de seus 20 anos shakira-style, uma graça, dançando o show inteiro. Está com uma amiga morena baranga-style. A alturas tantas, as duas vão dançar à minha frente. Mais alguns minutos... e começam a se atracar e beijar, chupão-desentope! Impressiona a quantidade de casais de mesmo sexo nesta Virada Cultural: heterossexual, me tornei minoria...
  
Guitarra altíssima, excelente mixagem para um open-air. O final do show é uma PANCADARIA sonora absolutamente espetacular! Acabo a gig a 5 metros do palco. Ávida e inculta, a platéia brasileira grita: - “More one!”

Mas a organização do evento não pode dar mole: mais alguns minutos e teremos DAVID JACKSON & ACB (da Itália) tocando covers do VAN DER GRAAF GENERATOR!


sexta-feira, 17 de maio de 2013

O final de “Salve Jorge”


 Meu final perfeito e coerente para a novela Salve Jorge. Não vai ser nada disto, é claro!

Mustafá e Morena ficam juntos: foi ele o verdadeiro salvador dela, batalhando, se empenhando e se arriscando por ela; the knight in shining armour.

Lívia (Claudia Raia) e Theo (Raj) ficam juntos: se completam, são dois calhordas absolutos! Theo traiu quase todas as mulheres da novela!

Flavia Alessandra (Tenente Erica) fica com Fernanda Paes Leme (Tenente-veterinária Marcia): um casal sólido, unido e confiável que se formou desde o início da novela.

Russo e Rosângela ficam juntos. Foram os melhores personagens – ou melhor, os únicos inteligentes e de interesse neste desastre de ópera-sabão. Objetivos, eficientes, com visão clara do que era necessário fazer a cada momento.

O chefão da “gang internacional de tráfico de pessoas” – acima da Lívia – é o Adam (Duda Ribeiro), que através do disfarce de Serviçal sempre acompanhou sua operação de perto e de dentro. (O Coronel Nunes (Oscar Magrini) seria uma excelente alternativa.)

A Aisha se reconcilia com sua chiquérrima Mãe Berna (Zezé Polessa), que passou a vida lutando por ela.

E a Delegada Hellôôô vai trabalhar em “Malhação” para aprender que interpretar é muito mais do que trejeitos, caras, bocas, gestos exagerados e um figurino pra lá de cafona. Ô atriz canastrona!!!


(16/mai/13)