terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Despedida 2


Viva as coisas como se estivesse se despedindo delas.

Olhe as coisas como se estivesse se despedindo delas.

Você está se despedindo delas.

Despeça-se.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Ambição


As ambições variam... mas não tanto.
Ter um emprego.
Ter um bom emprego.
Ser Chefe.
Ser Dono.
Conquistar uma Mulher.
Conquistar muitas Mulheres.
Ter um carro.
Ter um puta carro.
Ter vários puta carros!
Impressionar os Outros (Amigos, Vizinhos, colegas de trabalho)
Sair em revista /  na capa da revista.
Ser reconhecido como um ícone / guru / modelo de comportamento pessoal ou profissional.
Alimentar a prole.
Educar a Família.
Mandar nos outros.
Viajar para New York.
Ser famoso!
Etc etc etc.

Quem não tiver nenhuma destas aspirações ou outras necessidades similares receberá uma pecha de “falta de ambição”; atualmente, ser ou estar satisfeito é um defeito. Quem não deseja algo diferente (ou além) daquilo que tem, quem é feliz ao invés de insatisfeito... tem um problema pessoal!

Talvez uma ambição diferente disto tudo.

“Iluminar 8 bilhões de pessoas.”

Para conseguir isto, só há um jeito.

(nov/2013)


segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

A Resposta do Brasil


Minha pergunta “Se você fosse renascer e pudesse escolher qualquer País do Mundo para tal, escolheria o Brasil?” foi incluída na Pesquisa “Pergunte ao Brasil” da Rádio CBN / Ibope, cujo resultado foi divulgado hoje (vide links abaixo).

Confesso ter ficado surpreso com os 61% que optariam por repetir a experiência. A meu ver, a pergunta trazia embutidas duas outras questões: qual o nosso nível de conhecimento de outras culturas; e qual o nível de medo, apego e pieguice do brasileiro. Creio que qualquer um que conheça o funcionamento de outros Países não pode estar satisfeito com a colossal falta de Respeito a que somos permanentemente submetidos - o que é bem menor em outros Países. O desrespeito às Leis, a falta de Organização, Segurança, Serviços Públicos e Cultura são exacerbados no Brasil. Eu sinceramente temia a pergunta por considerar que a resposta viesse a expor uma completa desilusão do Povo Brasileiro com seu País.

Como mencionei acima, a meu ver este resultado aponta muito mais falta de conhecimento e pieguice do que uma real satisfação com o que temos. É claro que esta é uma visão muito pessoal.

Duas considerações adicionais:

Não incluí na pergunta original um questionamento sobre o País onde a Pessoa preferiria nascer por considerar que a resposta teria  um viés muito acentuado das limitadas experiências pessoais. “Viajar é  ter a ilusão que seríamos felizes se vivêssemos naquele lugar”; assim, quem teve uma boa lua de mel em Paris possivelmente votaria na França; ou então - como ocorreu - a massiva subserviência brasileira aos EUA (aliada aos pacotes turísticos para a Disney e as compras em New York) provavelmente levariam à escolha que acabou efetivamente ocorrendo.

Quanto à minha pergunta original, caso fosse decomposta em duas: “Você está satisfeito em ser a Pessoa que é?” e “Caso nascesse em outro País, conseguiria voltar a ser a Pessoa que é?”, isto sim poderia explicar ou justificar um desejo de repetição desta “brazilian experience”...

Link para a pergunta:
Link para o resultado da Pesquisa:

(16/dez/2013)

domingo, 15 de dezembro de 2013

PQP!


Aconteceu com um Casal Amigo (que conta a história às gargalhadas).

O almoço daquele sábado foi uma antológica e completíssima feijoada no sítio de conhecidos. Passaram toda a tarde e o início da noite comendo e bebendo até se empanzinarem, muito além da conta (o comedimento - tanto em comida como em bebida - jamais foi o forte dele).

Chegaram em casa em estado de quase-catalepsia, e logo estavam deitados e dormindo.

Ele acordou no meio da noite, sentindo a revolta daquilo tudo na barriga: era um maremoto.

Ela - como sempre - dormia pesadamente, e então ele resolveu se valer do próprio banheiro da suíte onde estavam. Afinal, era um caso urgente! E nem mesmo fechou a porta.

O material desabou com gosto, com peso e com barulho. MUITO peso, e MUITO barulho.

Ainda sentadinho, no silêncio da noite, ele a ouviu resmungar:
- “Puta que pariu.”

Esperançoso de que se tratasse de um muxoxo noctâmbulo, ele indagou em um cândido sussurro:
- “O que foi, meu Amor?”

Da escuridão do quarto veio a resposta implacável:
- “PUTA QUE PARIU!!!”


(SP, dez/13) 

sábado, 14 de dezembro de 2013

1972


Todos os estilos musicais têm seus períodos áureos de criatividade. Let’s talk about Rock.

Aconteceu há cerca de 1 lustro. Meu Irmão tinha cerca de meio século de vida, e seu Filho a metade.

O Brother - que a esta altura já possuía bem mais do que mil discos - chega em casa e anuncia:
- “Comprei 2 CDs.”

Meu Sobrinho, já escolado, responde de imediato:
- “Aposto que são de 1972!”

O Brother conclui a história:
- “Eu olhei... e não é que eram mesmo!?!”

(dez/13)

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

O Caramujo

 
Existe um ponto a partir do qual a Pessoa desiste completamente de ser compreendida.

A partir daí, quando se enrola em lençóis ou edredons à noite, não é do frio que ela está se resguardando.


(13/dez/13)

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

O Gênio do Crime


(1)
Todos devem ter lido “O Gênio do Crime”, de João Carlos Marinho, na infância ou pré-adolescência - e quem não o fez, deve fazê-lo imediatamente!

Trata-se de uma deliciosa história de detetive-mirim envolvendo álbuns de figurinhas. Existe uma quadrilha que falsifica e vende as figurinhas difíceis, o que leva a editora do álbum praticamente à falência, pois quem completa o álbum ganha bons prêmios. Para ajudar o dono da Editora, uma turma de garotos da 5ª série (liderada pelo inteligentíssimo Bolachão, também conhecido como “O Gordo”) decide investigar a falcatrua.  

Sem querer estragar a ótima história, o chefe da quadrilha é um gênio do crime - porém o Bolachão também é genial, e o que acontece é um duelo de inteligências. A “Turma do Gordo” não consegue descobrir onde se esconde a quadrilha porque quando o cambista das figurinhas falsas vai embora ao final de cada dia de "expediente”, ele faz cada vez um trajeto diferente, pegando diversos ônibus e parando a cada instante para olhar para trás e verificar se está sendo seguido, o que torna a perseguição impossível. Bolachão tem então uma sacada genial: o cambista pode desconfiar, disfarçar e dar várias voltas quando está indo embora; mas certamente quando vem “trabalhar” o deslocamento é direto, sem rodeios ou disfarces. Ele cria então o sistema de “seguir ao contrário”: no início do dia ele observa de onde o atravessador está chegando; no dia seguinte, se posta naquele lugar para ver de onde ele veio, e assim sucessivamente cada vez mais para trás. Até que...

O livro foi lançado em 1969 e já vendeu mais de 1 milhão de exemplares em 62 edições. Permanece em catálogo.

(2)
Alguém me conta que atualmente na Suíça pouquíssimos policiais são vistos na rua. Existem no entanto câmeras de vigilância por todo lado - e poucos instantes após acontecer qualquer ocorrência, logo chega um carro da polícia ou dois ou vários, de acordo com a necessidade da situação. Desta forma, a ordem e a tranqüilidade são sempre muito bem mantidas, a baixo custo e com enorme eficiência.

(1) + (2) = (3)
Temos tido diversos arrastões em São Paulo, principalmente em restaurantes. Os meliantes já entram encapuzados, e mesmo com as câmeras de segurança se torna difícil - se não impossível - identificá-los.

Mas..

Se tivermos um sistema suíço de câmeras de vigilância nas ruas e utilizarmos o método inventado pelo Gordo, será possível seguir a gangue “ao contrário” a partir da chegada ao restaurante. Será possível visualizar de onde eles vieram; a partir daí pega-se a câmera deste local e novamente se observa de onde veio a quadrilha; e assim sucessivamente, até se encontrar o ponto onde eles colocaram as máscaras (que não deve ser muito longe do restaurante). Bingo!

Não é à toa que a Berenice era fascinada pelo Bolachão!


(dez/2013)

domingo, 1 de dezembro de 2013

Movin’ Down Life

 
♫♪ “No one knows where the river starts, or where it goes /
I’m jumping into, and leaving my clothes...” ♪♫

“Movin’ Down Life”, George Kooymans / Barry Hay
Música de abertura do Lado 1 (o outro lado era o Lado A)
do (fenomenal) disco “Grab It For A Second” (1978) do GOLDEN EARRING