domingo, 29 de setembro de 2013
Risco e Recompensa
"Os que não ousam jamais saberão."
(Carlos Couto, Niteroi - citado por João Augusto "Deck" em O GLOBO, 29/set/2013)
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
O Império das Formigas

Têm um plano de dominação já concluído: todas as
edificações da Raçumana foram aliviadas de todos os seus fatores de segurança
estrutural, e apoiam-se cada uma em um único grão de areia. Todos os prédios e
construções do Planeta, dos quais tanto nos orgulhamos, estão cada um sustentados
por um singelo grão de areia, cada qual com sua formiga de guarda. A uma ordem
central tais grãos serão removidos de forma simultânea, e todas as construções
ruirão concomitantemente. Os cerumanos sobreviventes ficarão ao relento, e as colônias
de formigas dominarão também a superfície.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013
Pista Expressa
Um princípio básico das pistas expressas em rodovias é
que devem ser utilizadas por veículos que irão percorrer longas distâncias. Uma
pista expressa não se destina a tráfego local, e desta forma deve ter muitos acessos porém poucas saídas.
Embora isto seja completamente óbvio, não é o que se vê
nas extremidades da principal estrada do Brasil, a Rodovia Presidente Dutra (BR
116). Tanto em Guarulhos/SP como na Baixada Fluminense/RJ, o que temos é uma
quase impossibilidade de acesso às pistas expressas. Desta forma, tais pistas
se tornam expressas não por efetivamente o serem, mas simplesmente porque não
se consegue acessá-las!
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(Nota: esta foto não é da situação à qual me refiro,
mas dá uma exata dimensão do que acontece.)
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Pelo lado do Rio, quem chega à Dutra pela Linha
Vermelha - que deveria ser um desafogo à pesada Avenida Brasil - necessitará tartarugar
pela pista lateral por quase uma dezena de quilômetros antes da agulha para a
pista expressa; igualmente em São Paulo, a não ser que chegue à Dutra pela
pista expressa da Marginal Tietê, o motorista e seus passageiros se verão
forçados a caramujar pela pista local, competindo com e tomando o espaço de
todo o trânsito local e para Minas Gerais (via Fernão Dias, que sai de
Guarulhos).
Desta forma, o tráfego local fica tumultuado por
aqueles que vão para longe, e aqueles que vão para longe ficam tumultuados pelo
tráfego local. E a pista expressa fica vazia!
É de uma imbecilidade irritante. Como dizia o Macaco
Sócrates no programa Planeta dos Homens, “não precisa explicar... eu só queria
entender”!
(set/2013)
Marcadores:
Perplexidades Cotidianas,
Street Life
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
Aqui JAZZ
Sou apaixonado por Música desde sempre. Acredito que é
na Música que a Humanidade mais se aproxima da Divindade; trata-se da única
Arte que produzimos que pode ser compreendida por outras Inteligências (as
Ciências Exatas também podem, mas aí não se trata de uma Arte que produzimos
mas sim de algo que desvendamos).
Desde cedo, no entanto, descobri que eu não era um
Músico. Foi muito fácil de ver: jamais consegui um reles batuque decente em pontas
de mesas ou em caixas de fósforos, coisa que Gloug - Irmão mais novo - conseguia
com facilidade e perfeição. O último prego no esquife se deu quando, ainda
teenagers, ele comprou sua primeira guitarra: qualquer música de anúncio de
televisão ele reproduzia de imediato, de ouvido, no ato; já eu não conseguia extrair
um reles dó-ré-mi daquele instrumento infernal atulhado de cordas e escalas. Todos
temos algumas limitações contra as quais é perda de tempo e falta de humildade nos
rebelarmos, e desde então aprendi a adorar a Música sem ser necessário que a
performasse. Afinal, acredito também que cada um de nós tem um - e apenas um -
Dom. Quem se mete a explorar um Dom que não tem acaba eclipsando o Dom que tem;
exemplos claros na Música são o baterista Phil Collins e os guitarristas Jimi
Hendrix, Eric Clapton e Frejat, que se meteram a cantar e neste quesito são os desastres que todos conhecem...
Com o passar dos anos observei existirem alguns
sintomas de que “o Cabra é um Músico”. Características que se repetem em todos
os Músicos e que não compartilho, reforçando que eu não sou um Músico. Por exemplo:
- gostar de rodinha de violão
- gostar de Prince
- gostar de Jazz
- “Eu gosto de Jazz... mas prefiro Música!”

“Jazz” (1978) foi o disco que me fez gostar do QUEEN,
tendo sido apresentado por RDu (que também me apresentou o KISS com “Hotter
than Hell” e o AEROSMITH em “Rocks”, além de LINDA LOVELACE em “Deep Throat”). Terei
sido influenciado pelo 3-fold poster (dimensões 30x90 cm) encartado no álbum com
as Fat Bottomed Girls em uma Bicycle Race... NUAS? Possivelmente; com certeza a
agradável ousadia me deixou mais predisposto a ouvir a bolacha.
Trata-se de um disco tremendamente variado, cada música
completamente diferente da anterior e da seguinte, e todas complementares. Li
um interessante comentário a respeito de “Jazz”: é como se o QUEEN dissesse
“você não gosta da música que fazemos? Então ouça isto”! E tacou aquela
profusão de sons variados, letras inteligentes e divertidas, vocais,
instrumental e produção irrepreensíveis. Jamais ouço somente uma ou algumas
músicas do disco: sempre o ouço inteiro, de ponta a ponta, como uma verdadeira
Suíte. Tem seus muitos altos e alguns baixos, indeed, mas... não dá para
interromper.

Na música “More of that Jazz” que encerra o álbum,
Roger Taylor assume os vocais e em um meddley que revive 1 segundo de cada
música do disco, detona:
“Only
football gives us thrills /
Rock and
Roll just pays the bills /
(...) Give
me no more, no mooore, no móóóóóre... of that Jazz!”
É este o disco, caro RGarcia.
(set/2013)
terça-feira, 17 de setembro de 2013
Consumismo
Comprar alguma coisa:
- toma tempo
- consome / esvai / exaure seus recursos
- atulha / entulha / entope sua casa com mais átomos.
Um Professor meu dizia que “quando você compra alguma
coisa, esta coisa também te compra”.
Pense bem, portanto.
(set/2013)
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Um Aspecto Positivo das Doenças
Na Livraria da Travessa de Ipanema encontro FWolf, que
como eu reside em São Paulo. E em um brief encounter ele me passa um grande
ensinamento.
Estou morando na casa de meus Pais no Rio há 2 meses,
devido a uma cirurgia a que Papai (83 anos) foi submetido. Virei Enfermeiro. Wolf
perdeu sua Mãe há menos de 1 ano, e conta que em função da doença dela também
passou 2 meses no Rio, também como Enfermeiro.
E conclui: a doença traz um aspecto positivo que não
imaginaríamos. Nos força a uma convivência com pessoas queridas e importantes que
não teríamos de outra forma.
E, em alguns casos - como foi o dele - propicia até mesmo
uma Despedida.
(16/set/2013, SP)
(16/set/2013, SP)
domingo, 15 de setembro de 2013
O Início do Fim
Ouço na Rádio CBN:
- “E atenção! O
site da CNN informa que a Terra pode estar sendo vítima de um ataque
alienígena...”
A Rádio sai do ar.
Todas as Rádios saem do ar; as transmissões de televisão, então a internet, e logo os
telefones. De uma hora para outra, estamos todos nós isolados de nós mesmos.
Compreendo que ouvi
a última transmissão que foi feita por esta Raça.
Compreendo que ouvi o início do fim.
E que o Fim será rápido.
Ao
menos sei o que está acontecendo.
Quantos não sabem?
(14/set/2013, SP)
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