Um dos grandes problemas de morar junto com outras
pessoas é que você acaba vendo muito mais televisão do que veria se morasse
sozinho/a. Você passa inocentemente pela sala, sem a menor intenção de ver TV,
mas alguém está com ela ligada e então puf!,
você é capturado/a pelas facilidades da imagem em movimento e de desativação do
cérebro.
Esta história aconteceu em algum momento entre 1971 e
1982, quando morei em Ipanema com meus Pais e Irmãos.
Chego em casa e lá está o Brother-do-Meio assistindo
futebol (coisa que ele sempre adorou) na TV. E puf!, fui aprisionado.
Aconteceu então uma jogada “1. esquisita, extravagante, estrambótica,
excêntrica, 2. desajeitada, desengonçada, 3. escangalhada, afolozada”, segundo
o AURÉLIO. O locutor – creio que Luciano do Valle, se não era fica a homenagem –
descreveu assim:
e deixou a frase incompleta, no ar.
Mas o Brother completou:
- “... escalafobético!!!”
Eu nunca tinha ouvido aquela palavra na vida, e antes
que pudesse externar um “what the fuck?”, ouço Luciano do Valle completar seu raciocínio:
- “... escalafobético!!!”
Caraca, até aquele momento a palavra não existia, e
de repente ela aparece duas vezes em seguida?!?
De vez em quando os “Gamemakers” nos dão pistas de que tudo isto que vivemos é uma grande Matriz.
Esta foi uma destas vezes.
(Rio, abr/2015)
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