Em um (ótimo) programa de consultas psicológicas no rádio, surge a pergunta:
- “Doutor, tenho quarenta e poucos anos. Em que idade ocorre a ‘crise de meia-idade’, aos 40 ou aos 50?”
O questionamento me marca mais do que a resposta, e passo imediatamente a ruminar que o que acontece é que passamos a vida inteira em crise! Não existe uma crise da meia-idade, uma crise dos 30 anos (ou ‘do retorno de Saturno’, para os mais elaborados), ou crise de 7 anos de casamento, ou da adolescência, ou do fim da adolescência, ou whatever. A vida toda é uma interminável – e crescente – crise. Daí fica-se inventando um ou outro apelido que classifique este ou aquele momento, e nós pobres manés compramos a idéia.
– “Ah, agora estou na crise dos 25 anos...”
Nada disto!
Sorry, kid: você passa a vida inteira em crise. A única coisa que muda é o nome.
(fev/2012)
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
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