A televisão ocupa posição para lá de terciária em minha escala de prioridades. E assim passei um longo período – vários anos – sem ter uma. Até que um dia minha Mãe tomou as dores e me deu um aparelho, considerando que se acontecesse alguma coisa importantíssima eu não poderia “ficar fora do mundo”. Fazia sentido; aceitei o presente, e coloquei a TV na sala.
O tempo passou, e eu continuava sem ver TV. Achei então que o motivo era o fato da peça estar na sala:
- “Se fosse no quarto eu veria muito mais”, raciocinei. E comprei um aparelho que ficou aboletado na estante em frente a minha cama.
Mas nada ainda de ver TV.
Mais um tempo, e em uma viagem aos EUA encontrei uma mini-TV com 5 polegadas, baratíssima! E imaginei: se esta TV estivesse no banheiro eu poderia vê-la durante as abluções matinais ou toaletes vespertinas. A solução para o problema! Bem-intencionado, trouxe o trambolhinho em um vôo internacional.
Neca.
Desisti então de me forçar a ver TV. Mas a partir daí as pessoas que iam a minha casa passaram a comentar:
- “NOSSA, como você vê TV! Tem em todo canto! Até no banheiro!!!”
(fev/2012)
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