Um princípio básico das pistas expressas em rodovias é
que devem ser utilizadas por veículos que irão percorrer longas distâncias. Uma
pista expressa não se destina a tráfego local, e desta forma deve ter muitos acessos porém poucas saídas.
Embora isto seja completamente óbvio, não é o que se vê
nas extremidades da principal estrada do Brasil, a Rodovia Presidente Dutra (BR
116). Tanto em Guarulhos/SP como na Baixada Fluminense/RJ, o que temos é uma
quase impossibilidade de acesso às pistas expressas. Desta forma, tais pistas
se tornam expressas não por efetivamente o serem, mas simplesmente porque não
se consegue acessá-las!
(Nota: esta foto não é da situação à qual me refiro,
mas dá uma exata dimensão do que acontece.)
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Pelo lado do Rio, quem chega à Dutra pela Linha
Vermelha - que deveria ser um desafogo à pesada Avenida Brasil - necessitará tartarugar
pela pista lateral por quase uma dezena de quilômetros antes da agulha para a
pista expressa; igualmente em São Paulo, a não ser que chegue à Dutra pela
pista expressa da Marginal Tietê, o motorista e seus passageiros se verão
forçados a caramujar pela pista local, competindo com e tomando o espaço de
todo o trânsito local e para Minas Gerais (via Fernão Dias, que sai de
Guarulhos).
Desta forma, o tráfego local fica tumultuado por
aqueles que vão para longe, e aqueles que vão para longe ficam tumultuados pelo
tráfego local. E a pista expressa fica vazia!
É de uma imbecilidade irritante. Como dizia o Macaco
Sócrates no programa Planeta dos Homens, “não precisa explicar... eu só queria
entender”!
(set/2013)
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