quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Pista Expressa


Um princípio básico das pistas expressas em rodovias é que devem ser utilizadas por veículos que irão percorrer longas distâncias. Uma pista expressa não se destina a tráfego local, e desta forma deve ter muitos acessos porém poucas saídas.

Embora isto seja completamente óbvio, não é o que se vê nas extremidades da principal estrada do Brasil, a Rodovia Presidente Dutra (BR 116). Tanto em Guarulhos/SP como na Baixada Fluminense/RJ, o que temos é uma quase impossibilidade de acesso às pistas expressas. Desta forma, tais pistas se tornam expressas não por efetivamente o serem, mas simplesmente porque não se consegue acessá-las!

(Nota: esta foto não é da situação à qual me refiro,
mas dá uma exata dimensão do que acontece.)
Pelo lado do Rio, quem chega à Dutra pela Linha Vermelha - que deveria ser um desafogo à pesada Avenida Brasil - necessitará tartarugar pela pista lateral por quase uma dezena de quilômetros antes da agulha para a pista expressa; igualmente em São Paulo, a não ser que chegue à Dutra pela pista expressa da Marginal Tietê, o motorista e seus passageiros se verão forçados a caramujar pela pista local, competindo com e tomando o espaço de todo o trânsito local e para Minas Gerais (via Fernão Dias, que sai de Guarulhos).

Desta forma, o tráfego local fica tumultuado por aqueles que vão para longe, e aqueles que vão para longe ficam tumultuados pelo tráfego local. E a pista expressa fica vazia!

É de uma imbecilidade irritante. Como dizia o Macaco Sócrates no programa Planeta dos Homens, “não precisa explicar... eu só queria entender”!

(set/2013)

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