Por motivos diversos (sempre tenho motivos diversos para fazer qualquer coisa), sou usuário de Centrum há muitos anos.
Adquiro uma embalagem com 130 cápsulas aproximadamente a cada 6 meses.
Me é fácil, portanto, acompanhar de cabeça a evolução do preço do produto.
Há alguns anos tal “pack” custava pouco mais de 60 reais.
Com o passar do tempo passou para 70, e depois 80. Vá lá.
Mas recentemente – certamente com o intuito de alavancar a participação de mercado – contrataram um megafamoso apresentador de programas juvenis de auditório para anunciar o polivitamínico. Resultado: o preço passou para algo entre 110 e 120 contos.
Não se trata de uma questão financeira, mas conceitual: não vou pagar um overprice para bancar o sorriso do megafamoso apresentador de programas juvenis de auditório me vendendo algo do que eu já era cliente há muito tempo. Não é por causa de seu sorriso polido que eu vou continuar comprando a mesma coisa.
E assim, graças a esta política comercial, o produto perde clientes antigos.
Mas creio que isto esteja em perfeita sintonia com o pensamento empresarial atual: o cliente novo vale muito mais do que um antigo.
Hoje estimula-se muito mais a infidelidade do que a fidelidade. Afinal, é muito mais fácil investir no curto prazo do que no longo.
(dez/2009)
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CAra, eu tava pensando nisso quando vi anúncio de apartamento feito pela Gisele.
ResponderExcluirImagine quanto o apê vai ter que incorporar no preço...