Evitei comentar as manifestações de junho/2013, que me
levaram até mesmo a abandonar o Facebook (creio que deva ser grato por isto).
Mas não resisto a algumas considerações pessoais sobre o momento atual da
Política no Brasil.
Não compareci à manifestação em 15/mar/2015, preferindo
rosetar em Visconde de Mauá. Já passei da idade de ter a ingenuidade de achar
que alguma coisa (além das Mulheres) vá melhorar.
Na condição de Filósofo Idealista antes de ser um
elemento Prático e Realista, considero que a questão de um impedimento
(considero a utilização do termo "impeachment" de uma completa boçalidade
quarto-mundista) da cúpula que nos governa vá muito além e acima dos falhos aspectos
jurídicos: é conceitual. Temos um bando que deu aos brasileiros ainda mais
vergonha do que já tínhamos por termos nascido neste fim da civilização. Se
isto não é motivo filosoficamente considerável para um afastamento, então eu
sou um panda em saturno...
Há pouco mais de meio século, Juscelino Kubitschek disse:
"não tenho vergonha de mudar de idéia; não tenho nenhum compromisso com o
erro". Ontem, nossa governAnta falou: "não estou aqui para pedir
desculpas, isto não é um confessionário". Esta é a diferença entre um
Estadista e... o que temos.
A tão propalada capacidade de "Gerenta" da
Presidenta deveria servir como argumento CONTRA ela, e não a favor: todos sabem
que as características para ser Presidenta são completamente diferentes das
necessárias para ser Gerenta. Ela continua sendo Gerenta, olhando somente para
seu feudinho e tentando protegê-lo, ao invés de cuidar da Empresa inteira - o
País. (Bem, talvez quem vota nos atuais governantes não saiba ou não entenda
que são necessários "skills" diferentes...)
Botar Gerenta no lugar de Presidenta só mostra o quanto
é Incompetenta.
Quanto a tais movimentos "ganharem momento",
desacredito. Esta galera-Facebook propensa a modismos acha que é fácil, que
basta seguir a onda do momento, que "já fez a sua parte" participando
de uma passeada-balada e indo depois tomar umas e outras. "Já fiz a minha
parte, agora o Governo e os políticos que façam a deles e consertem o
país". Foi com este tipo de “esforço” que as manifestações de 2013 conquistaram
seus intentos: vários hospitais “padrão-FIFA” e o fim da corrupção, conforme
exigiam.
Não é um copo meio-cheio, é um galão transbordando. De matéria
fecal. Mas tem gente que ama muito tudo isto...
(SP, 17/mar/2015)
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