Isto REALMENTE aconteceu comigo, creio que por volta de
1991.
Um Amigo – vamos nomeá-lo “Ricota”, pois já foi chamado
assim em um outro texto (*)
– me convidou para pa ssar um par de dias em AIURUOCA (Minas Gerais), que na
época era um quase Centro Místico. Topei entusiasmado, viagens à Natureza me
encantam; gosto de viajar para visitar não as obras da Raçumana, mas sim para conhecer
o Planeta.
Ricota apascentando |
Ficamos em uma Pousada ovo-lacto-vegetariana (escolha
dele), com um café da manhã mais saudável do que saboroso sendo disponibilizado
em um horário igualmente benfazejo – algo como CINCO da matina. Não recordo se antes
tínhamos orações ou cânticos, viva a memória seletiva.
No Bico do Papagaio |
Passei dois dias toureando as Mulheres e ouvindo cada uma
se queixar furiosamente dele enquanto estava com a outra; Ricota sempre gostou
de Mulheres com temperamento forte, imagine-se então em uma situação destas. A
única coisa que consegui impor foi uma escalaminhada à Pedra do Papagaio, e
mesmo assim na base do “eu vou, quem não quiser ir que fique”.
Um detalhe pitoresco no trajeto de volta: algumas vacas
bloqueavam a estrada de terra da Pousada. Quando se afastaram para passarmos,
Ricota parou ao lado de uma delas, encarou-a fixamente e soltou um longo e
poderoso mugido. Pois não é que a Vaca (também) se apaixonou pelo Amigo e
começou a nos seguir pela estrada? E a medida que Ricota acelerava o veículo, a
Vaca começou a GALOPAR atrás de nós, ou melhor, atrás dele! Picanha gosta de
Ricota!
Se rolou alguma coisa entre eu e alguma das duas
Furiosas? Nem me passou pela cabeça. Creio que nem pelas delas.
Mas provavelmente passou pela cabeça do Ricota...
(SP, fev/2015)
Ótemo !!!
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