quarta-feira, 18 de março de 2015

Too Sexy Are My Boots


A precoce aposentadoria de minhas trekking boots NIKE AIR KARST (apenas 19 aninhos!) me leva a redigir esta lamurienta ode a minhas amadas botas de caminhada.

Já cheguei a ter 10 pares destes calçados, estando atualmente reduzido a apenas 5. Segue breve análise e opinião pessoal a respeito.
 
NIKE AIR KARST
Fui aos EUA em março de 1996 para comprar as botas (e outros equipamentos) com os quais faria o Caminho de Santiago naquele junho. Passei horas e dias em um colossal galpão da SPORTS AUTHORITY experimentando todos os tipos e tamanhos de botas – eu não tinha nenhum conhecimento técnico a respeito (ainda não tenho, mas aprendi a fingir). Gostei tanto da Air Karst que comprei DUAS, uma utilizada na Peregrinação e em trekkings seguintes, e sua irmã gêmea que agora se aposenta. A NIKE não produz mais calçados de caminhada (ou mesmo calçados em geral) que atendam a meu gosto, grande perda. Adeus, Darling!

HI-TEC
A mais recente aquisição, adoro a marca, calçados muito bons, bonitos e baratos. Não é produto de grife, mas para real trekkers. Tenho atualmente uma TOTAL TERRAIN MID WP (WP signigicando “waterproof”) extremamente firme e aderente, que recomendo principalmente para day-trips.

Salomon Revo seamless GC
SALOMON
Subi o Everest (bem, não exageremos: fui até o Kala Patthar) com uma REVO 3DFIT Seamless Ground Control. O ápice da tecnologia naquele 2008: totalmente soldada a laser, sem nenhuma costura; sola em duas peças articuladas (contagrip), sendo o calcanhar de movimentação independente. Abraçava meu pé até acima do tornozelo, eu costumava dizer que caso explodisse uma bomba atômica perto de mim, meus pés sobrariam.

Tenho também uma Salomon QUEST preta excelente para caminhadas em terrenos acidentados, envolve e protege muito bem o pé e o calcanhar. Como curiosidade, não é uma boa bota para caminhar na cidade (eu a vinha utilizando em dias de chuva, vou trocar pela Hi-Tec): a borracha dura da sola escorrega em solo liso, o que é agravado pela grande quantidade de reentrâncias que a tornam perfeita para terrenos acidentados porém inadequada para chão liso; há pouca área de contato.

VASQUE
Ganhei uma Vasque BREEZE na Nova Zelândia. Linda, segura, confortável e confiável. Boa para cidade e outdoor. Ao menos com base nesta minha única experiência, highly recommended.

COLUMBIA
Tive duas, ambas elegantérrimas, ambas com aparência sólida e bastante confortáveis. Mas... resistiram pouco tempo e as colas se soltaram. Ainda assim, gosto e confio em seus produtos.

Vasque Breeze
Revestimento de GORE-TEX
Abomino. Dizem que evita a entrada de água (é verdade) e que o pé respira (é mentira). O pé fica abafado, suado, xexelento. Eu preferia as botas sem esta GORO-ROBA, mas ficou impossível comprar alguma sem este tipo de tecnologia pretensiosa e incômoda.  

OTHER
Algumas outras são “marcas-butique”, facilmente encontráveis em lojas próprias ou de grife em Shoppings, ou também em pés sem bolhas de dondocas no Guarujá e em Campos do Jordão. Preocupam-se mais com estética do que com proteção. Outras ainda – não vou mencionar as marcas – podem até ser esteticamente atraentes, ou com aparência de “ferozes”, mas pecam por serem de pisadas muito duras. Talvez algum dia venham a ser boas, ao menos são promissoras.

HOSPITAL DO TÊNIS
Na Fradique Coutinho, em São Paulo. Excelente para recuperar botas,  e também mochilas e malas. Sim, meus equipamentos (e meu corpo) sofrem. Mas dá-se um jeito...

(SP, mar/2015)

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