segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Lagom


Ouvi há alguns anos no Rádio uma definição que me marcou; perdi no entanto o contato, por anos não lembrava da palavra-chave, dissociei.

Versava sobre guardar para si as dificuldades que não dizem respeito aos outros. Não atormentar-lhes as Vidas com coisas que não lhes interessam. O exemplo dado na transmissão radiofônica foi: após um vôo, a pessoa está esperando sua mala na Esteira de Bagagens. O tempo passa, um monte de bagagens passam, e nada da(s) sua(s). A pessoa então se vira e começa a reclamar para quem a acompanha: blah, blah, blah, blah. Ora, a outra pessoa certamente está passando pelo mesmo perrengue, pela mesmíssima preocupação, pela mesma insegurança e pelo mesmo desconforto – e ainda precisa ficar ouvindo as queixas de outrem?!? Não, não faça isto. Guarde suas queixas para si própria / próprio. Não precisa azucrinar a vida do Outro. Keep it to yourself; facilite a Vida dos Demais.

Achei aquilo incrível!, maravilhoso. Mas não sabia como encontrar, por mais que pesquisasse.

Recentemente reencontrei: É LAGOM. Porém não é exatamente como lembrava: não é hindu ou butanês ou similar como eu imaginava, mas uma Filosofia sueca. E o princípio primordial, embora igualmente Nobre, não é aquele que Eu imaginava: neste LAGOM Sueco atual a Essência é “não ter nada além do que precisa”. Ter somente o necessário, viver sem acúmulo de excessos, educar a Mente para tal. É belo.

Mas bem que Eu gostava daquela Idéia de não ter mais que ouvir lamúrias desnecessárias...

(Lagoa 20200913 Quaren Times)

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