Ouvi
há alguns anos no Rádio uma definição que me marcou; perdi no entanto o
contato, por anos não lembrava da palavra-chave, dissociei.
Versava sobre
guardar para si as dificuldades que não dizem respeito aos outros. Não
atormentar-lhes as Vidas com coisas que não lhes interessam. O exemplo dado na
transmissão radiofônica foi: após um vôo, a pessoa está esperando sua mala na
Esteira de Bagagens. O tempo passa, um monte de bagagens passam, e nada da(s)
sua(s). A pessoa então se vira e começa a reclamar para quem a acompanha: blah,
blah, blah, blah. Ora, a outra pessoa certamente está passando pelo mesmo
perrengue, pela mesmíssima preocupação, pela mesma insegurança e pelo mesmo
desconforto – e ainda precisa ficar ouvindo as queixas de outrem?!? Não, não faça
isto. Guarde suas queixas para si própria / próprio. Não precisa azucrinar a
vida do Outro. Keep it to yourself; facilite a Vida dos Demais.
Achei aquilo
incrível!, maravilhoso. Mas não sabia como encontrar, por mais que pesquisasse.
Recentemente
reencontrei: É LAGOM. Porém não é exatamente como lembrava: não é hindu ou
butanês ou similar como eu imaginava, mas uma Filosofia sueca. E o princípio
primordial, embora igualmente Nobre, não é aquele que Eu imaginava: neste LAGOM
Sueco atual a Essência é “não ter nada além do que precisa”. Ter somente o
necessário, viver sem acúmulo de excessos, educar a Mente para tal. É belo.
Mas bem que Eu
gostava daquela Idéia de não ter mais que ouvir lamúrias desnecessárias...
(Lagoa
20200913 Quaren Times)
Nenhum comentário:
Postar um comentário