segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Morando dentro de um Escritor


Para aqueles que não têm a compulsão de transformar tudo o que pensam em Textos, explico um pouco como a coisa funciona.

Você tem Idéias o tempo todo. Permanentemente ordena-as em formato de texto compreensível, encadeado, lógico, racional, explicado; isto inclusive substitui com louvor uma Análise, é Você consigo mesmo, full-time, face-to-face, é obrigatório fazer sentido, tem que explicar (para quem acha que sou exigente saiba que sou DEZ VEZES mais exigente comigo mesmo, é uma masmorra viver dentro deste marcio).

Você faz Agendas. Anota em Cadernos, em moleskines, nas Notas do Celular, grava mensagens-lembrete para si mesmo, escreve textos em Blocos de Fichário, arquiva-os, escreve textos no Computador, não posta a metade, mas ESCREVE. Você escreve, passa a Vida redigindo dentro de seu Cérebro, e quando dá Você transcreve, e quando dá Você posta ou publica. Tem dezenas de Cadernos Universitários caligrafados em Casa.

Tudo que acontece em sua Cabeça é em forma de texto (“Eu fiquei pensando no que te diria se te encontrasse em um outro ambiente, e já que não estamos aqui...”, etc). Cada Discurso é um texto.

A essência: então o Cara é um Escritor! Se Outros lêem ou não, isto já escapou a sua alçada; ele ESCREVE, é um Escritor, o que não obrigatoriamente implica ser um Escritor lido.

Quando estiver se descrevendo como um Escritor, portanto, Ele não estará inventando nem se gabando ou extrapolando, mas simplesmente registrando aquilo que sente.

Se sente um Escritor.


(Ninho de Águia madrugada de 20200906 parabéns pelos 65 anteontem DAVI-O!)

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