quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

No dia que o Sol arrotar...

... ou tiver soluços, poderemos ter problemas para os quais não nos precavimos.

Sempre admirei Santos Dumont por um teste que fez durante o desenvolvimento do avião. Ele pendurou um motor em uma árvore e o ligou, pois não sabia o que poderia acontecer ao funcionamento de um motor que não estivesse em contato direto com o solo. Quanta humildade, e quanta precaução! Tantas coisas podem acontecer além de nossos minúsculos conhecimento e expectativas, e tão pouco ou nada nos preocupamos com elas.

Cada vez mais dependemos de memória eletrônica. Cada vez menos temos backups físicos. Mas o Sol pode, de uma hora para outra, emitir um pulso eletromagnético (ou coisa que o valha) que apague toda a memória eletrônica que temos. Imagine-se a Humanidade sem toda a sua cultura! De um momento para o outro perdermos toda nossa evolução, nossa história, nossa tecnologia. De volta ao Planeta dos Macacos.

Esta preocupação já existiu no passado, dada nossa dependência da Eletricidade. Mas ali não estava em jogo nosso Conhecimento, mas simplesmente nossa fonte de acionamento. Aqui, a coisa é mais grave.

É claro que este peido solar fatal pode não acontecer nunca. Afinal, o motor de Santos Dumont funcionou quando pendurado em uma árvore; e embora ainda não saibamos explicar a Eletricidade, ela permanece sempre presente. Mas ainda é cedo para saber que não dependemos de backups físicos ou mecânicos para nossa memória eletrônica. E talvez nunca nos seja possível ter tal certeza.

(O pior é que no dia que nossa memória eletrônica se apagar, este texto vai junto! Eu nem mesmo vou poder dizer: - "Veja, eu avisei"!)

(dez/2009)

Um comentário:

  1. Como gosto de ser lembrada da tolerancia, paciencia, sensatez... vc me alertou da precaução... !!!

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