Recebo de SdCR um maravilhoso texto atribuído a Baruch
Spinoza. Fico maravilhado e não posso deixar de registrá-lo aqui, com o devido
crédito ao Autor e o respectivo agradecimento à Remetente.
“Pare de rezar e desfrute da vida, trabalhe, cante, divirta-se
com tudo o que fiz para Você. Minha casa não são estes tempos lúgubres, escuros
e frios que você mesmo construiu e que diz ser minha morada. Minha casa são as
montanhas, os rios, os lagos e as praias; é aí que vivo. Deixe de culpar-me por
tua vida miserável, eu nunca disse que você era pecador e que tua sexualidade
fosse algo mau. O Sexo é um presente que te dei para que possas expressar teu
Amor, teu êxtase, tua alegria. Não me culpe daquilo que te fizeram acreditar. Não
leia livros religiosos. Leia-me em um amanhecer, na paisagem, no olhar de teus
amigos, nos olhos de uma criança. Deixe de ter medo de mim. Deixe de me pedir
perdão. Eu te enchi de paixões, de prazeres, de sentimentos, de livre arbítrio.
Como posso castigar-te se fui eu quem te fez? Esquece-te dos mandamentos, pois
são artimanhas para manipular-te. Não posso te dizer agora se há outra vida...
ainda não. Viva como se não houvesse, como se esta fosse a única oportunidade
de amar, de existir. Deixe de crer em mim. Quero que me sintas quando beijares
tua amada, acariciares teu cachorro ou tomares banho de mar. Deixa de adorar-me:
não sou tão ególatra...”
(Traduzido da versão
em castellano por MFG).
(Amsterdam, Século XVII)
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