segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Civilizações Extraterrenas


Um dos muitos grandes privilégios que tive / tenho nesta Existência é a contemporaneidade a Isaak Yudavich Azimov– ou melhor ainda, o perfeito ‘timing’ entre o florescimento de minha paixão pela Leitura e sua maturidade e ápice como Cientista, Escritor e Profeta.

Passados 38 anos de sua partida, graças a sua prolixidade (mais de 500 Livros) aqui e ali encontro Tomos redigidos por ele sobre os mais diversos assuntos; e lê-los é saborear uma Escrita embasada, racional, criativa, iluminada e iluminante.

Na segunda metade de julho/2020 li “Civilizações Extraterrenas” (1979), que comprei de um Mendigo na Praça Nossa Senhora da Paz (Ipanema, RJ) cerca de 2 anos antes. Trata-se de uma avaliação puramente técnica e científica (e bem-humorada e brilhante) da possibilidade de existir Vida contatável no Universo. A análise passa por formação / definição de Inteligência, evolução geológica do Universo, comunicação e deslocamento em distâncias absurdas, conteúdos de Informação identificáveis por formas completamente diferentes de raciocínio, e muitíssimo mais.

As pouquíssimas vezes na Vida (já não ocorre há décadas) em que parei de ler por breve período – usualmente devido a cansaço provocado por leituras excessivamente complicadas – Asimov sempre me pegou pela mão e me conduziu entusiasmado de volta ao Mundo dos Livros. Tenho mais de 50 Livros dele, tendo lido a maioria duas ou mais vezes.

Segue um par de passagens do “Civilizações”, ligeiramente adaptadas para fazerem sentido neste pequeno espaço.

“(...) Em geral estes fatos baseiam-se na visão de alguma coisa que os observadores não podem entender. Eles freqüentemente dizem: “Mas o que mais poderia ser?”, como se sua própria ignorância fosse um argumento decisivo. (...) Quando não conseguimos qualquer explicação plausível para um fenômeno, devemos deixá-lo provisoriamente de lado; em geral, o observador sofisticado aprende a conviver com a incerteza.”

“(...) A Humanidade (em seus melhores momentos) sempre deu valor ao Conhecimento em si mesmo. Esta aptidão é uma das formas pelas quais uma espécie mais inteligente se diferencia de uma menos inteligente, e uma cultura avançada de uma decadente.”

O fecho do Livro:

“Em nosso próprio benefício, vamos abandonar nossas disputas inúteis, intermináveis e suicidas e nos unirmos diante da tarefa real que temos pela frente: sobreviver / aprender / desenvolver, para entrar em um novo nível de Conhecimento. Vamos nos esforçar para herdar o Universo que está à nossa espera; sozinhos, se for preciso, ou na companhia de outros, se eles existirem.”

(Lagoa, madrugada de 20200803 Quaren Times)

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