São 3 os fatores que interferem no desempenho de um time de futebol:
- qualidade técnica;
- sorte; e
- influência da arbitragem.
O peso de cada um destes fatores pode variar ao longo de uma competição ou de uma partida, mas será seu balanço que definirá o resultado final.
O fator Sorte aparece aqui e ali, tanto favorável quanto desfavorávelmente. Pode ser em algumas bolas na trave, em um chute que desvia em outro jogador e entra ou sai, em um quique falso que atrapalha uma finalização ou engana o goleiro. A Sorte pode influenciar o resultado de alguns jogos, mas sozinha é praticamente impossível que leve uma equipe a ser campeã em um torneio em pontos corridos.
A Qualidade Técnica é (ou deveria ser) o fator mais importante, pois é o resultado de trabalho, investimento, empenho, inteligência. É um fator que entra em campo em todos os jogos de uma equipe – e que portanto deveria levar um time ao sucesso ou fracasso em uma competição bem pensada e corretamente administrada.
Infelizmente temos testemunhado o fator que deveria ser neutro influir cada vez mais nos resultados. Pode ser infelicidade, como pode ser má-fé; cada um chegue à conclusão ditada por sua observação e consciência. Para meu modo pessoal de ver o Mundo e a Vida, o Futebol vai se tornando uma usina de decepções com esta Raça na qual fui jogado. Um constante estilhaçar da confiança na pureza, honestidade, respeito e grandeza de “meus semelhantes”.
Fico impressionado que pessoas possam se orgulhar por conquistas claramente dirigidas e imerecidas. Quando vejo pessoas considerarem as vitórias mais importantes do que a honestidade, concluo que este comportamento diz mais a seu respeito do que qualquer outra coisa.
Jogadores que simulam penalties ou que cavam expulsões de atletas inocentes são louvados. Vozes covardes se elevam em favor de arbitragens pérfidas, defendendo-as com argumentos rasteiros somente por terem favorecido equipes de grande penetração política, social ou financeira. Reclamar de político desonesto é “ter espírito cívico”, mas de juiz ladrão é “choro”.
Vivemos uma Sociedade baseada em “vencer, não importa a que custo”. Pelo jeito, a Honra anda com custo baixo.
Se é que vale alguma coisa.
(abr/2012)
Excelente texto, perspicaz como de costrume. Arrisco, entretanto, adicionar um quarto fator: momento. Uma seqüência de bons resultados tende a aumentar a auto-confiança até dos cabeças-de-bagre da equipe. Aumento de auto-confiança tende a levar a maior ímpeto, mais criatividade, disposição para assumir maiores riscos, mais dedicação, mais chutes a gol, mais dribles. Já uma seqüência de derrotas tende a diminuir a auto-confiança, e daí decorre um rosário de pequenos detalhes que contribuem para que se forme a espiral da tragédia. Sou palmeirense. Sei do que estou falando...
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