quinta-feira, 5 de abril de 2012

Apelidos Genéricos


Confesso minha enorme dificuldade com apelidos genéricos, ou seja: aqueles que são usados por todos, indiscriminadamente e sem a menor criatividade. Entendo um apelido com origem pessoal ou particular, como por exemplo alguém chamar um Pedro de “Potamus”. Mas daí a todo mundo passar a chamá-lo de Potamus, não me faz o menor sentido.

O pior é quando somos apresentados a um apelido:
- “Este é o Lico.”
Porra, eu nem conheço o cara e já vou ter que chamá-lo de “Lico”?!? Tenha paciência!

Ou então em sérias reuniões de trabalho, onde ficam todos se chamando de Cadu, Jô, Má, Vi ou que outros raios os partam. Reunião de trabalho, galera! Não é rodinha de biriba no Clube!

Ainda por cima eu gosto dos nomes próprios, que sempre são bem mais bonitos do que os apelidos. Em São Paulo há um pieguíssimo hábito de chamar as pessoas pela primeira sílaba de seus nomes: Rosana vira “Rô”, e Juliana se transforma em “Jú”. Você está em um ambiente de trabalho e ouve alguém chamando “Má”, e não sabe se estão convocando o Marcos, o Marcio, o Marcelo, a Marcela ou a Macaca. Os Pais passam meses quebrando a cabeça escolhendo um nome, para ele virar uma sílaba???

Alessandra sempre me dava carona tarde da noite, após as aulas de Mestrado. Certa vez ela desabafou:
- “Só existem duas pessoas no Mundo que me chamam de ‘Alessandra’: Mamãe quando está brava; e você!”


(05/abril/2012)

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