Há alguns meses alguma “inteligência rara” entre os responsáveis
pela sinalização das ruas de São Paulo City teve a “brilhante idéia” de aumentar
o tempo em que o sinal para pedestres fica piscando, avisando que vai fechar
para os transeuntes e abrir para os carros.
Tínhamos antes disto um tempo bem ajustado e adequado
deste sinal piscante. Caso o tempo médio de travessia de uma rua fosse de (digamos)
8 segundos, o sinal começava a piscar cerca de (digamos) 8 ou 10 segundos
antes de fechar para o pedestre e abrir para os carros. Isto era informação útil: quem chegasse à beira
de uma rua, estando a ponto de atravessá-la porém o sinal de pedestres começasse
a piscar, SABIA que tinha o tempo justo para seguir para o outro lado, sem
remanchar. Igualmente – e mais importante: se ao chegar a um cruzamento o
Pedestre encontrasse um sinal de pedestres já piscando, ele sabia que não daria
tempo de atravessar, e portanto esperava a oportunidade seguinte.
A partir daí reduziu-se o tempo de sinal verde para o Pedestre e aumentou o piscante para algo
como 16 segundos ou coisa que o valha, mantendo-se o mesmo total. Mas o que aconteceu a partir daí? A pessoa mal começa
a atravessar e o sinal já está piscando! A maioria sai correndo.
Ou então quando o Pedestre se aproxima do cruzamento e
encontra o sinal piscando, ele NÃO SABE se ainda tem um loooongo tempo pela
frente ou se está perto do fim de seu intervalo. Se ficar parado pode fazer
papel de idiota, e se tentar atravessar pode ser buzinado, xingado ou
atropelado.
Acabou a informação útil. “Pensaram”, e a transformaram
em inútil!
E o pior de tudo: alguns sinais são assim, mas outros
não. O Pedestre nunca sabe qual o comportamento que aquele sinal terá, e
conseqüentemente qual comportamento ele deverá assumir. Começou a piscar: e
agora, me apresso ou não há pressa?
Seria bem mais racional colocar sinais de pedestre com
contagem regressiva, não?
Mas talvez seja exatamente por isto que não o fazem.
Dumb and Dumber!
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