sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Areias Escaldantes

Sempre que possível vou à Praia em Ipanema. Não levo quase nada: vou apenas de short, com a chave de casa amarrada no cordão da cintura e uma nota de 10 no bolso de trás. E mais nada, nem camiseta, nem havaianas, nem livro ou revista, sequer protetor solar. Assim posso entrar no Mar quantas vezes quiser e lá ficar pelo tempo que for sem me preocupar com posses na areia. Adoro ir à Pedra do Arpoador, mergulhar lá no fundo e voltar nadando para a areia firme, o que seria impossível se eu tivesse deixado algum pertence na beira. Em outras palavras: sempre vou descalço para a Praia.

Em 1995 eu ia viajar para o Egito, e o Amigo Fabio Star me pediu que lembrasse dele “quando estiver atravessando o Deserto”.

Me lembrei destas palavras não somente quando passava pelo Saara, mas também posteriormente cruzando o deserto do Caminho de Santiago e também nas 2 semanas que passei no Atacama. Aquele foi sem dúvida um pedido estratégico.

Mas a recordação mais freqüente ocorre quando vou à Praia de Ipanema. Toda santa vez que atravesso as areias escaldantes entre o calçadão e a beira-Mar, é fogo nos pés e Estrella na cabeça!

(fev/2011)

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