Sempre fui um apaixonado pelo espetáculo do Futebol. Mas o início de 2011 trouxe o fim desta minha antiga relação.
Dois fatos deflagaram esta reação. O ano futebolístico ia inciar, e eu não sabia quem eram os jogadores de meu Time. Identificação ZERO do torcedor com a equipe.
E o Flamengo comprou Ronaldinho Gaúcho, e a torcida saiu comprando camisas do jogador. Identificação imediata, embora o cara JAMAIS tivesse jogado pelo time!
Finalmente meus olhos se abriram: Futebol não se trata mais de Paixão, virou Mercadologia. Indústria. Exploração. Mercenários em campo, e mercenários na condução dos Clubes. Presepeiros convertidos em estrelas porque os fabricantes de camisas precisam de heróis para vender camisas massivamente. Jogadores que descaradamente simulam faltas inexistentes para cavar penalties inexistentes ou expulsões imerecidas. E se a falcatrua der certo, ele ainda é cumprimentado pelos companheiros e aclamado pela torcida!
Torcedores e torcidas que se enfrentam, se agridem e se matam. Sair pelas ruas com a camisa de seu time de coração se tornou um risco à integridade física.
Acabou a motivação ingênua e inocente. Futebol não é mais alegria e prazer, mas hipocrisia e guerra. Pessoas comemorando a infelicidade de seus semelhantes.
Perdeu a graça. A Indústria matou a paixão do Futebol. Ou pior: construiu uma paixão manipulável.
De minha parte, Adeus.
Foi bom enquanto durou; mas do jeito que está, não vai me fazer falta nenhuma.
Nota: talvez eu esteja sendo naïve ao condenar exclusivamente o Futebol. Os restaurantes não mais são conduzidos por aqueles grandes apaixonados pela cozinha, mas viraram redes; as farmácias não mais são geridas por farmaceuticos interessados, mas viraram redes. E assim por diante: o que antes era Paixão, agora é Indústria. E lucro gordo. “No money, no good...”
(fev/2011)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Concordo em gênero, número e grau. A coisa tá triste....
ResponderExcluir