Posteriormente (por volta do século VI) teria ainda surgido uma variante desta frase que tenta explicá-la através da substituição da palavra “camelo” por “corda de navio” (kámelos por kámilos, em grego). Mas esta versão é igualmente estúpida, pois também impossibilita os ricos de “entrarem no Reino dos Céus” – afinal, nem um camelo nem uma corda podem em hipótese alguma passar por um buraco de agulha.
A explicação real é bem mais simples!
Naquela época, as cidades eram cercadas. Os acessos eram feitos através de portões grandes - para a passagem de animais, caravanas, exércitos, mercadorias, etc. - e de portões pequenos, para as pessoas. Para aumentar a segurança, somente os portões pequenos ficavam abertos à noite.
Estes portões menores eram chamados de "agulhas".
Desta forma, a frase correta "é mais fácil um camelo passar por uma agulha (e não “por um buraco de agulha”) do que um rico entrar no reino do Céu" passa a fazer muito mais sentido. Jesus jamais teria dito que seria impossível para um rico ir para o Céu - o que ficaria implícito se imaginarmos um camelo ou mesmo uma corda de navio passando por um buraco de agulha. Ele disse que é difícil – em função do apego aos bens materiais – mas não impossível.
Ademais, na própria religião católica existem pessoas ricas que se tornaram santos.
(nov/1999)
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