Muita gente gosta de vender férias, mas financeiramente falando este é um mau negócio.
Para demonstrar isto utilizaremos uma série de simplificações, mas o raciocínio se mantém mesmo que todos os detalhes legais sejam considerados.
Suponhamos que fosse possível vender 1 mês inteiro de férias. O trabalhador teria portanto duas opções para seu ano laboral:
1) se não vender as férias, trabalha 11 meses e descansa 1, recebendo 13 salários;
2) vendendo as férias, ele trabalha 12 meses e recebe 14 salários.
Ora, a opção 2 representa uma redução no valor do salário mensal! É matemática elementar:
(14/12) < (13/11).
No primeiro caso você recebe 1,1818 salário por mês trabalhado, enquanto no segundo recebe 1,1667. A redução é de 1,3%.
Ou seja, vender férias pode aumentar o ganho nominal anual, mas reduz o ganho unitário por hora, dia ou mês de trabalho.
E, como atribuem ao Nelson Rodrigues, “nunca vi ninguém em seu leito de morte dizer que deveria ter trabalhado mais”...
(fev/2011)
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não esqueça do terço das férias!
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