domingo, 6 de novembro de 2011

O Rock Liberta

Nascido 14 anos à minha frente, RN me dá um súbito, inesperado, surpreendente – e acima de tudo esclarecedor – depoimento sobre o Rock.

Segundo ele, o Rock foi extremamente libertador – principalmente para as Mulheres!

Antes do advento do Rock, as Mulheres eram prisioneiras de algum convite masculino para poderem chegar à Pista de Dança. Elas ficavam à volta da Pista ansiosas por um chamado que se não chegasse as deixaria plantadas e frustradas por toda a noite. Com a chegada do Rock, elas passaram a não mais depender de tal convocação para evoluir pelos Salões. E mais, passaram a inclusive poder recusar o convite de rapazes com os quais não desejam dançar! O Rock lhes trouxe portanto... Liberdade.

E também para os Homens. Antes era necessário ter jeito para a coisa, fazer aulas, aprender os passos. E quantos passos! Eram vários para o Bolero, tantos para o Tango, e assim por diante. Quem não soubesse fazia feio, seja dentro da pista ou então por ficar fora dela. Com o Rock, “você vê até o mais desengonçado se sacudindo pela pista”, analisa o depoente.

É verdade. Me lembra uma palestra de AA – então Presidente nacional de um grande Banco internacional – que assisti, na qual ele proferiu um raciocínio que me marcou para sempre:
- “Aquele que respeita suas limitações, jamais se livrará delas.”

A sabedoria deste pensamento revolve o meu pensamento desde então. Quantas e quais limitações eu estaria / estava / estou respeitando, e carregando a carga de seus karmas por toda esta minha vida?

Logo me saltou a Dança à cabeça. Nunca fui muito dançarino, por achar – como ainda acho – os homens bastante ridículos na Pista, principalmente se comparados às Mulheres (que nascem sabendo rebolar com naturalidade, graça e sedução) e aos “All Blacks”, que também destilam elasticidade e molejo absolutamente espontâneos nas Pistas. Em resumo: eu nunca dançava, mas gostaria: e esta era uma limitação pessoal que eu respeitava. E que naquele momento aprendi que precisava enfrentar.

Hoje, graças ao Rock e a AA eu me sacudo desengonçadamente pelas Pistas de Dança – basta que as guitarras das Músicas sejam boas.

Quando me encontrar em um Show ou um Baile, você constatará que RN está coberto de razão: o Rock libertou as Mulheres.

Libertou os desengonçados.

Me libertou.

(nov/2011)  

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