sexta-feira, 5 de julho de 2019

Yin e Yang


Não confunda

a Entidade que ocupa atualmente o Corpo

da Pessoa com quem um dia Você se relacionou

com

a Pessoa com quem um dia Você se relacionou.

São Criaturas diferentes!

A Pessoa com quem Você se relacionou não existe mais!

Na verdade, ela somente existiu durante a Relação de Vocês.


Dizia-se antigamente (talvez ainda se diga) que para saber como uma Mulher iria ficar no Futuro, uma boa pista seria olhar para sua Mãe.

Este mesmo Raciocínio talvez se aplique / aplicasse aos Homens, não sei dizer.

Mas um paralelo que certamente pode ser estabelecido é quanto à forma que Você será tratado quando se tornar um Ex-Celentíssimo.

(Disclaimer: este Ensaio é redigido com viés masculino, mas entendo que possa ser vertido para um ponto de vista feminino sem alterações ou prejuízo.)

Para saber como Você será tratado quando se tornar um Ex, basta observar como Ela trata hoje os Ex dela.

Acho curioso como algumas muitas Pessoas não conseguem terminar bem seus Relacionamentos. Alguém foi importante para Você, por diversos fatores. O Relacionamento pode ter acabado, mas aquelas características continuam fazendo parte daquela Pessoa; e não é por não mais estarem juntos que Você deixou de admirá-la.

Mas... não. Alguns muitos somente conseguem passar do Amor diretamente para o Ódio, ou talvez Raiva, até mesmo total Indiferença. Como assim??? Não consigo entender. Wishful thinking: talvez a Entrega tenha sido tão grande que a única defesa possível seja o completo distanciamento, o Muro, a Parede, o Congelamento. Mas é claro que estou especulando.

Pessoalmente considero que a melhor forma de acabar um Relacionamento seria continuarem Amigos. Uma Pessoa que te conhece e que Você conhece, em quem Você confia e que pode confiar em Você, Pessoas que já foram tão próximas (é claro que me refiro a términos civilizados de Relação). Que continuem a cuidar Um do Outro, sem ressentimentos. Ninguém melhor para fazê-lo, para cuidar de nós e igualmente ajudarmos, do que quem nos conhece e que conhecemos tão bem.

Mas não, prefere-se destruir tudo e recomeçar do zero; prefere-se inventar o isqueiro.

“Tudo para sempre, ou nada nunca mais.”

Felizmente existem algumas poucas – e preciosas – exceções.


(Nota: “inventar o isqueiro” é uma expressão que ouvi há décadas de um Professor na Engenharia da PUC/RJ. Refere-se a despender colossais recursos de tempo e energia para “inventar” ou “descobrir” algo que já existe, puramente por resistência a reverenciar o que já foi feito anteriormente. Adorei o conceito, e nunca o esqueci.)

(Ipanema 20190619)

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