A idéia a seguir não é minha; li alguma coisa a respeito há alguns lustros. Não saberia portanto dizer o quanto de tempero pessoal coloquei neste encadeamento, que explora nossa capacidade de compreensão do quase-infinito.
1. Por mais colossal que seja, a quantidade de átomos no Universo é finita.
2. Conseqüentemente, por mais incomensurável que seja (para nós), a quantidade de diferentes formas que estes átomos podem se combinar é igualmente finita.
3. O Tempo, no entanto, é infinito.
4. Existe portanto Tempo suficiente para que TODAS as combinações de TODOS os átomos ocorram. E se repitam. Infinitas vezes.
Ora, como o Tempo é infinito tanto para a frente como para trás, já passou Tempo suficiente para que todas as combinações já tenham ocorrido. Igualmente, haverá Tempo pela frente para que todas elas venham a ocorrer novamente.
Portanto, tudo que está acontecendo já aconteceu, incontáveis vezes; e vai acontecer de novo, incontáveis vezes.
Não há nada de novo! E não há, portanto, motivo para se preocupar com mesquinharias. Faça o que julgar melhor, o mais correto, o que você gostaria. Tenha coragem; você vai ter infinitas oportunidades de correr os mesmos riscos, ou de fazer as coisas diferentemente.
Vai viver sua vida inteira, igualzinha. Com a única diferença que em outra existência você tem / teve / terá olhos um pouquinho mais claros.
Vai viver sua vida inteira, igualzinha. Com a única diferença que em outra existência você saiu ontem com uma camisa verde.
Vai viver sua vida inteira, igualzinha. Com a única diferença que em outra existência você piscou o olho uma vez a menos hoje.
E assim por diante, e para os lados. Inesgotavelmente.
Eternamente.
(mar/2010)
quarta-feira, 28 de julho de 2010
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