quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

As funções do Relógio de Pulso

Li certa vez que Adriane Galisteu teria dito algo como “um relógio de pulso realmente elegante não pode fazer nada além de indicar as horas; não pode nem mesmo ser à prova d’água!”.

Estou sempre vestindo algum relógio de pulso; mas curiosamente, já há décadas faço um grande esforço para não olhar as horas neles.

Explico: acho que é possível ver as horas em todo canto, e que portanto não seria necessário usar um relógio de pulso para isto. Assim, para comprovar esta teoria, busco as horas nos pulsos alheios (mas nunca perguntando, o que também seria cretinice demais: eu com um relógio no pulso perguntando as horas para os outros? xaveco pobre!), nos “outdoor-displays”, nas telas de terminais públicos. E reservo os ornamentos de meu pulso de rato para funções mais nobres, das quais a principal são os despertadores (meus relógios de pulso necessitam ter vários despertadores, se possível com função “snooze”). Uso também os cronômetros progressivos e regressivos (principalmente para jogos de Futebol de Botão, e para marcar o tempo de espera em filas e restaurantes; quando alguém diz “vai demorar 10 minutinhos” eu aciono o cronômetro na cara da pessoa); horário mundial (sabe lá o que é estar no Nepal com fuso horário de 8h45m de diferença?); e uma agenda básica para registrar alguns números que precisam estar sempre (literalmente) à mão.

A partir destes requisitos básicos, meus relógios têm algumas funções específicas: desenho do mapa celeste em qualquer data (utilizável em aniversários para traçar o mapa astral da Aniversariante, caso tenha interesse); altímetro, termômetro, bússola e barômetro (estes “triple-sensor” são imbatíveis em viagens); ou mesmo aqueles com ponteiros para visualização rápida ou no escuro (mas sempre com plataforma digital por baixo, algo como o DOS por trás do Windows).

Desta forma, evitar olhar as horas em meu pulso e tentar encontrá-la à volta acabou por se tornar um pequeno e desafiante divertimento para mim.

Aposto que a Adriane Galisteu nunca pensou nisto!...

(dez/2010)

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