Li certa vez que Adriane Galisteu teria dito algo como “um relógio de pulso realmente elegante não pode fazer nada além de indicar as horas; não pode nem mesmo ser à prova d’água!”.
Estou sempre vestindo algum relógio de pulso; mas curiosamente, já há décadas faço um grande esforço para não olhar as horas neles.
Explico: acho que é possível ver as horas em todo canto, e que portanto não seria necessário usar um relógio de pulso para isto. Assim, para comprovar esta teoria, busco as horas nos pulsos alheios (mas nunca perguntando, o que também seria cretinice demais: eu com um relógio no pulso perguntando as horas para os outros? xaveco pobre!), nos “outdoor-displays”, nas telas de terminais públicos. E reservo os ornamentos de meu pulso de rato para funções mais nobres, das quais a principal são os despertadores (meus relógios de pulso necessitam ter vários despertadores, se possível com função “snooze”). Uso também os cronômetros progressivos e regressivos (principalmente para jogos de Futebol de Botão, e para marcar o tempo de espera em filas e restaurantes; quando alguém diz “vai demorar 10 minutinhos” eu aciono o cronômetro na cara da pessoa); horário mundial (sabe lá o que é estar no Nepal com fuso horário de 8h45m de diferença?); e uma agenda básica para registrar alguns números que precisam estar sempre (literalmente) à mão.
A partir destes requisitos básicos, meus relógios têm algumas funções específicas: desenho do mapa celeste em qualquer data (utilizável em aniversários para traçar o mapa astral da Aniversariante, caso tenha interesse); altímetro, termômetro, bússola e barômetro (estes “triple-sensor” são imbatíveis em viagens); ou mesmo aqueles com ponteiros para visualização rápida ou no escuro (mas sempre com plataforma digital por baixo, algo como o DOS por trás do Windows).
Desta forma, evitar olhar as horas em meu pulso e tentar encontrá-la à volta acabou por se tornar um pequeno e desafiante divertimento para mim.
Aposto que a Adriane Galisteu nunca pensou nisto!...
(dez/2010)
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