Já tendo passado por 2 ou 3 dos chamados períodos sabáticos, tenho alguma vivência para comentar o tópico.
A coisa começa sempre da mesma forma: quando sabem que você vai sair de seu Trabalho sem embarcar imediatamente em outro, as pessoas começam a te perguntar e falar:
- "Está maluco?!?"
- "Você não fica com medo?"
- "Mas o seu emprego é tão bom..."
- "Pense bem!"
- "Entendo seus motivos, mas agora não é o momento. A crise!..." (o Mundo está SEMPRE em crise)
- "Mas você vai fazer o quê?..."
Passado algum tempo, as mesmas pessoas notam que você está bem e feliz, não morreu, está vivendo melhor, dormindo mais, comendo direito, lendo, freqüentando o cinema, saindo à noite sem culpa, ajudando os demais, arrumando sua vida, escrevendo um Livro, encontrando as pessoas, enfim, está muito mais produtivo. E aí o papo muda:
- "Como você está bem!"
- "Estou tão de saco cheio do que faço..."
- "Eu queria ter a sua coragem..."
Nós NUNCA paramos de trabalhar. Paramos, isto sim, de ganhar dinheiro; mas o Trabalho é ininterrupto. É até pior: você deixa de ter horário para trabalhar, TUDO passa a ser horário de trabalho para suas novas (e muito mais úteis e interessantes) atividades.
Isto é importante: nunca deixar de fazer, de atuar, de progredir, de trabalhar. O desenvolvimento é constante. Discordo terminalmente desta expressão "período sabático". A intenção não pode ser de descansar, parar, cessar; a pessoa deve aprender, mudar, crescer. Você está desenvolvendo algo, gestando; e depois de tal interregno, no outro lado deve sair um você melhorado.
O período é gestático.
(nov/2010)
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
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Devia ser assim sempre, mesmo quando estamos "ganhando dinheiro".
ResponderExcluirBem vido de volta, Márcio! Estarei sempre lendo e apreciando suas crônicas cotidianas. Grande abraço, Pedro Paulo.
ResponderExcluirPS: Daqui a pouco, espero estar comemorando o FLUZÃO! Não será na Paulista como já fizemos mas certamente na Astolfo Dutra. Afinal, desde a era Romerito, estamos a seco. IH!!! Lembrei: em 84 foi contra seu Vascão. Desculpe, foi sem querer.
Caríssimo Marcio, esse texto salvou minha vida ...hoje! Tks
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