Era a primeira vez que saíam juntos. Combinaram ir ao
último filme de Woody Allen no Cine Bristol, na Avenida Paulista.
Ele ficou perplexo durante a sessão. Ela fazia
comentários totalmente fora de contexto e em voz alta durante o filme; gargalhava sozinha em momentos onde o riso não tinha o menor sentido; chamava a
atenção e certamente incomodava os vizinhos de projeção (provavelmente até os mais
distantes). Talvez ela estivesse simplesmente Feliz, mas ele se sentiu constrangido e envergonhado, e até grato pelos demais não
reclamarem (“pessoas educadas não têm nariz nem ouvidos”), e ainda durante a
projeção concluiu que não teria como ir com ela - que era uma gracinha - ao
cinema novamente.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9vwI9fXpNWzLma8wFEUXLEAXNqNQblA9gvhAcD0_6Yq8AI8dJSN4IIaeVuV95N8OezoIN9cc0C5eTzZgsvH3wDkh5Z6UDGpehGQp29FJkqq1abYtr2MtvcoyQ4bWq-a47lOkL7Zra0Mfg/s200/Blue+Jasmine.jpg)
“Nem tudo que acontece uma vez, acontecerá uma segunda;
mas aquilo que acontece duas vezes, certamente ocorrerá uma terceira.”
Ele não tinha como evitar que uma coisa acontecesse uma
vez em sua vida; mas era responsável por impedir que se repetisse.
(Sobre o filme, ele
nunca tinha sido fã de Cate Blanchett mas achou sua interpretação superb. E o Bobby Cannavale não era a cara do Till Lindemann, do
RAMMSTEIN?!?)
(SP, nov/2013)
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