domingo, 16 de janeiro de 2011

Namaste

Como já aconteceu – ou ainda vai acontecer – com a maioria das pessoas, já estive “do lado de cá” de um falecimento. O processo durou várias semanas, ao longo das quais eu acompanhava – principalmente durante as madrugadas – meu Avô que se ia.

Foi uma transição serena, que me deixou uma marca profunda: eu tinha a nítida sensação (diria mesmo ‘percepção’, ‘compreensão’, até ‘certeza’) de que estava “do outro lado” ou "do lado de cá" de um nascimento. Era claro e evidente que a centelha de vida dentro dele se preparava para se libertar daquele invólucro, daquela casca, e “nascer” em alguma outra forma de compreensão que algum dia todos atingiremos.

Então eu finalmente percebi que efetivamente existe uma alma, anima, espírito ou qualquer nome que demos a esta centelha interior de vida que está além de nosso corpo físico, e que apenas habita transitoriamente esta casca, aproveitando a experiência para aprender, se divertir, evoluir, alavancar, auxiliar, ou tudo junto. E que não faz sentido recorrermos a “deuses” ou esperar qualquer coisa deles: “Deus” está dentro de nós, somos uma célula Dele, uma parte de um Todo. Estamos aqui para realizar, não para pedir. Não peça nada a um Deus ou Deuses, não se coloque nas mãos Dele(s), de algo exterior a você; Ele não é externo a você, não está “fora”, está dentro, é você mesmo/a. Depende de nós, depende de você; você é Deus, para si mesmo(a) e para os outros.

Cumpra bem o seu papel.

(jan/2011)

Nenhum comentário:

Postar um comentário