Pessoas que fazem Cerimônia podem até ter a boa
intenção de achar que estão fazendo um Bem ao(s) outro(s), mas na verdade estão
criando um tremendo transtorno com base em desinformação.
Imaginemos um diálogo entre duas pessoas que NÃO fazem
Cerimônia:
- “Você quer ‘A’ ou ‘B’?”
- “Quero ‘A’.”
- “Eu também!”
Questão resolvida, e todos felizes.
O mesmo diálogo, agora entre dois cerimoniosos renitentes:
- “Você quer ‘A’ ou ‘B’?”
(“Hmmm... Eu quero ‘A’ mas acho que ele quer ‘B’, então
vou dizer que quero ‘B’ para deixá-lo feliz.”)
- “Quero ‘B’.”
(“Hmmm... Eu queria ‘A’ mas já que ele quer ‘B’, então
vou concordar para deixá-lo feliz.”)
- “Eu também!”
Questão resolvida, e todos infelizes!
Costumo dizer: não preciso que um interlocutor responda
por mim; EU respondo por mim. Só quero saber o que O OUTRO deseja, para juntos
chegarmos a um consenso com base em informações verdadeiras.
Conjugando duas definições que aparecem no “Aurélio 5ª
edição versão 7.0”, “Cerimônia” é o “embaraço ou constrangimento resultante da
exigência de portar-se (com) formalidades e cortesias entre pessoas que não se
tratam com familiaridade.”
Muito faz quem pouco atrapalha!
(SP, set/2014)
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