Se tivermos um grupo de 100 indivíduos dos quais 2
sejam “do mal”, esta minúscula minoria conseguirá tumultuar a existência dos
demais 98%.
Um único vizinho baterista esgota a paciência mais de duas
dezenas de condôminos pacíficos. Um motorista com o carro “tunado” inferniza a
vida de mil moradores em uma cidade pequena.
Um único camarão estragado em uma caldeirada estraga
todos os outros 100 que estão lá dentro.

Políticos que poderiam se valer da rara e iluminada
oportunidade de ajudar milhões de companheiros de jornada optam por prejudicá-los,
apenas para locupletarem os próprios bolsos.
Abandonemos a quimera à qual somos condicionados de que
o Bem é mais forte. Não é, pelo contrário: o Mal é mais forte em uma proporção
empírica de 50 para 1. O Bem só vence (de vez em quando) por ser maioria, e não por ser mais
forte.
O que não deixa de ser um consolo.
(SP, set/2014)
Excelente teu ponto sobre quão fraca é a vitória do bem no cinema. Infelizmente, eu tenho a percepção de que, um filme de 2 horas não consiga contar as quantas sequencias de estórias necessárias para o bem vencer o mal por motivos diferentes dos métodos Chuck Norris.
ResponderExcluirRepare, Koreivo, que até o Van Damme se deu mal quando passou para o lado do Mal (em "Mercenários 2")!
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