Além da desagradável convivência diária com vaidades,
ganâncias, covardias e irracionalidades características do serumano, a atividade profissional regular implica 3 coisas que nunca foram minhas preferidas:
- acordar cedo;
- cortar o cabelo; e
- fazer a barba todos os dias.
ACORDAR CEDO
Eu adoraria dormir 8 horas por dia (e poderia dormir
até 10 horas ou mais). Sem nenhuma dificuldade para pegar no sono, poderia dormir até de pé no Metrô. Coloco 2 despertadores
diariamente, pois estou ciente que no dia em que não acordar com o despertador irei
dormir para sempre. Mas desde que saí da casa de meus Pais em 1982, (com
raríssimas exceções) nunca mais dormi além de 5 horas em uma noite: a ansiedade
diária e a produtividade noturna me levam a deitar tarde, e o senso de dever a
acordar cedo. E se estiver trabalhando, mais cedo ainda.
CORTAR O CABELO
Coitado do Sansão! Cabelo curto, barba feita e não pode nem dormir em paz! |
Não é à toa que os nobres antigos usavam cabelos
longos. E nem que Sansão perdeu a força quando Dalila lhe cortou os cabelos.
Cabelos são imponentes, belos, gostam de vento, são antenas captadoras de
energia e força. Até mesmo o meu, uma gaforinha pixaim que exige um
Michelangelo para esculpí-lo. “Savage is beautiful”; mas não aos olhos dos
Chefes e Pares (vide “covardia” aí acima). Felizmente não preciso chegar ao
extremo de passar gel no cabelo, como fazem... algumas pessoas. A passar gel,
prefiro passar fome.
FAZER A BARBA DIARIAMENTE
Uma barbicha de alguns dias é confortável para a pele e
razoavelmente interessante visualmente (remeber, “savage is beautiful”). Conceitualmente
ideal seria o cidadão passar a semana de barba e cortá-la somente aos sábados,
em homenagem e reverência a sua Musa. Mas o que a vida profissional acarreta é
exatamente o oposto: o Cabra (ou Bode) faz a barba todos os dias “úteis”, e dá
um descanso à pele somente no final de semana. A Patroa que se dane!
CONCLUSÃO
Muuuuuu!
(SP, set/2014)
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