Não vejo qualquer sentido em o sobrenome do Pai ser o mais importante e mandatório, qualquer que seja o sexo da criança.
Isto podia funcionar quando os Homens detinham o poder, época que já passou. O casamento e a fidelidade somente interessam ao macho da espécie, que assim pode afirmar com (quase) certeza que “o filho é Meu”. Se não houvesse fidelidade e todos transassem com todos, a Mulher continuaria sabendo quem são seus filhos, mas o Homem perderia este conhecimento. Casamento e Fidelidade interessam primordialmente ao Homem, que assim pode “carimbar” seu filho com seu sobrenome.
Uma vez que (conceitualmente) não vivemos mais sob a lei do mais forte, sugiro que os sobrenomes sejam passados de Homem para Homem e de Mulher para Mulher. A Filha recebe o sobrenome feminino de sua Mãe, que por sua vez foi batizada com o de sua própria Mãe e da Avó. Igualmente o sobrenome masculino passa do Avô para o Pai e deste para o Filho. Teríamos assim “linhagens” consistentes e identificáveis: “as Gurgel são feiticeiras poderosas”, “os Sepa são conhecedores da alma”, “as Brandão são Mulheres completas”, “os Oliveira são excelentes goleadores”, etc.
Na estrutura atual, não temos transmissão de conhecimentos, ou nada que escape ao andar de bêbado dos sexos de filhos, netos e bisnetos. Os sobrenomes são um carimbo casuístico e pouco úteis, à única exceção da identificação pessoal. As nobres linhagens se perdem no acaso.
(jan/2010)
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
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na espanha é ao contrario
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