quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Comemorando o gol

É comum vermos na televisão jogadores comemorando gols correndo em direção às câmeras de tv e urrando: - “Meu filho eu te amo!” ou então levantando as camisas para mostrar underwear com frases do tipo “Só Jesus salva”.

Imagine um Caixa de Banco gritando “Eu amo meu filho!” depois de autenticar uma ficha de compensação. Ou então o próprio jogador de futebol correndo na direção das câmeras e bradando:
- “A comida da Mamãe é uma delícia!”
- “O restaurante da Mamãe é ótimo!”
- “Eu adoro coca-cola!”
- “Quero te comer, Gisele Bündchen!”
E assim vai.

Como estabelecer limites? Pessoalmente acho que não existem limites: ou vale tudo, ou não pode nada. É absolutamente ridículo ver a seleção brasileira com camisetas religiosas após uma conquista. Não é “a pátria de chuteiras”; não estão me representando. E, mais importante, não é para isto que estão sendo pagos e filmados.

Alguém já disse que o importante é a obra, e não o artista. Se imprensa e televisão continuarem exibindo este tipo de comportamento, ele continuará se perpetuando. Não é que a culpa seja dos meios de comunicação; mas a responsabilidade é. Não havendo divulgação, não haverá o gesto ignóbil.

O que remete a alguns comentáros em entrevistas após uma vitória: -“ Deus estava conosco”. Isto significa então que Ele não estava com os outros?!?

(jan/2010)

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